Capítulo 24: Dilema.

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Boa leitura, xoxo

A R I A

 Descer do ônibus para as paradas estavam começando a virar um passatempo meu. Se você olhar de fora, de fato, parece algo chato e até mesmo banal, mas quando você está a horas dentro de um ônibus – mesmo que tenha internet e tudo mais o que você possa precisar. – sair era só um grande alívio.

Ainda mais depois de Louis estar sabendo das coisas. Me sentia meio sufocada ali, como se a todo minuto ele pudesse soltar algo sem querer e eu ter que lidar com a situação que eu mesma tinha me enfiado, mesmo que sem querer. Preço de não se ter uma máquina do tempo era bem alto as vezes.

Esticando as pernas e ficando um pouco afastada, não só dois que estavam dividindo o espaço comigo, como de todos, me sinto 100% melhor. Ninguém acha estranho ou me segue quando eu simplesmente ando para longe, contornando a lojinha de conveniência que tínhamos parado.

Entro na parte de trás, onde ainda poderia entrar, mas era menos comum e vou comprar alguma coisa para comer. Eu estava ficando muito mal acostumada com não ter que pagar nada e colocar tudo na conta de outra pessoa. Achava incrível e não estava reclamando, mas ainda assim, estranho.

Olhando para o balcão na minha frente, me encontro cheia de opções e sem surpresa alguma, todas as mais não saudáveis possíveis. Fico até surpresa de Gen não ter separado uma bacia de salada para mim dessa vez. Me sentindo extremamente mais feliz e independente, escolho em mac'n'cheese congelado que com certeza deveria ter de tudo na composição, menos macarrão e queijo e espero a moça esquentar e servir para mim, junto com um copo generoso de Coca-Cola gelada.

O prato que chega na minha frente é mais apetitoso do que eu esperava num nível surreal. O queijo não estava num tom laranja radioativo e o macarrão parecia inteiro o suficiente para ser o que prometia ser. No balcão mesmo, sentada no banquinho alto, dou a minha primeira garfada e caralho, aquilo era muito bom. Tem razão de mais da metade dos Estados Unidos ser acima do peso, eu também seria se continuasse assim.

Estava, literalmente, me deliciando com algo que eu esperava que fosse tão ruim e apenas por ser o mínimo já tinha me encantando, quando o banco do meu lado era ocupado. A sensação de deja-vu me atinge de forma tão forte que eu quase me engasgo.

Não sei se era porque eu e Louis tínhamos falado disso, mas Zayn vir sentar do meu lado depois de eu me excluir de todas as pessoas da minha vida, deu a mesma sensação do dia da sua festa de aniversário do bar, onde ele me "resgatou", por assim dizer.

- Olá. – Ele me cumprimenta com um sorriso cauteloso e eu começo a ficar preocupada. Louis tinha dito alguma coisa? Ele tinha escutado alguma coisa? Ele notou alguma coisa? Alguma coisa, alguma coisa?

- Oi. – Consigo dizer de novo depois de engolir o pedaço de céu que estava chamando de comida industrializada e a mesma moça que me atendeu coloca o seu pedido na sua frente. Ele deve ter pedido antes e agora estava recebendo.

- Eu... – Zayn parece lutar um pouquinho com as palavras, como se não soubesse o que dizer, não olhando nos meus olhos e parecendo procurar as silabas certas para se encaixarem na sua frase. – Eu te deixei sem graça? Te constrangi ou chateei mais cedo? Se sim, eu, realmente, sinto muito mesmo... – O alivio que me consome por ser "só isso" quase ganha da minha vontade de ficar admirando o quanto que ele era fofo perdido desse jeito, mas, graças aos bons céus, consigo manter a dignidade e o responder direito e não soltar um "meu deus, como você é lindo e fofo, case-se comigo e vamos ter dois filhos, por favor."

- Não, Zayn, nada disso. Está tudo bem. – O tranquilizo, bebendo um pouco do meu refrigerante que estava repousado num porta-copos com a logo da loja/lanchonete.

Famous - Zayn Malik.Onde histórias criam vida. Descubra agora