capítulo 41- East of eden ⭐

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Pov's Rachel.

Minhas mãos tremem enquanto bato a porta do meu escritório atrás de mim, tropeçando até a mesa sem acender as luzes. Eu me movo para sentar na minha cadeira, mas imediatamente mudo a direção até que estou encarando a linha do horizonte do centro ao park da minha janela.

Racionalmente, eu sei que o que vi foi uma mulher se forçando em um homem. Racionalmente, eu sei que Ele não iniciou o beijo. Racionalmente, eu sei que se não estivéssemos mantendo nosso relacionamento em segredo, eu teria ido até eles, dado um tapa no belo rosto dela e exigido uma explicação dele. Racionalidade seria muito fodidamente bom agora. Mas, quando você vê algo assim tão terrível de doer o coração, uma repetição da performance da qual você trabalhou tão duro para se proteger, irracionalidade parece ser a emoção dominante.

Nada machuca tanto quanto o sentimento da traição. Pergunte-me, eu sei.

Minhas costas enrijecem quando a porta do meu escritório abre suavemente, e então fecha com um clique. Eu ouço a tranca se virar e depois o som das minhas cortinas sendo fechadas.

Eu sei que é ele sem nem mesmo olhar. Eu sabia que ele me seguiria. Eu queria que ele o fizesse. Eu precisava dele.

-Rach.- Meu nome ecoa dos seus lábios no silêncio que nos cerca. O que eu esperava ouvir era remorso suave. O que eu esperava ouvir era culpa paralisante. Isso, no entanto, não é o que eu estou ouvindo. O que estou ouvindo é confiança – meu nome dito em exigência.

Eu me viro para encará-lo, surpresa pela sua arrogância e curiosa para ver sua expressão. Ele parece calmo, calculista e não tão afetado por tudo isso como eu estou. Eu quase ofego, mas não dou a ele a satisfação.

-Por favor, sente-se.- Ele indica para a minha cadeira.

-Não.- Eu balanço minha cabeça, endireitando meus ombros em desafio.

-Rachel.- Ele avisa lentamente, fazendo minha pele formigar. -Sente-se.

Dessa vez eu fico de boca aberta, mas, por alguma razão, também obedeço. Minhas pernas levam meu corpo entorpecido para a cadeira, e eu me abaixo nela, mantendo meu olhar sem emoção no dele.

Posso ver seus ombros relaxarem infinitamente pela pequena vitória. Eu quero zombar dele, mas não faço isso. Eu não tenho a energia. Posso sentir minha mente fechada. Posso sentir minhas paredes subindo em defesa. Eu estive aqui antes – meu corpo reconhece isso.

-Você sabe o que viu.- Ele fala lentamente, dando um passo medido na minha direção. Eu fico olhando para ele fixamente, negando suas palavras.

-Você sabe que viu Samantha vindo até mim.-Ele continua, nada incomodado pela minha falta de reação. Eu o observo exausta enquanto ele se aproxima como um predador, rondando em direção à sua presa.

-Você sabe que foi unilateral.-Ele dá outro passo para mais perto.

-Você sabe que não foi recíproco.

Minha mente lentamente fecha cada porta que ele tem trabalhado tão forte para abrir. Eu pisco, surpresa com o quanto é fácil simplesmente voltar a não sentir nada – fácil e reconfortante, como um cobertor velho.

-O que você estava fazendo com ela no elevador?.- Minha voz é estéril de emoção, soando vazia e sem vida no silêncio que nos cerca.

-Ela me pediu para levá-la até seu carro.-Ele explica calmamente. -Eu me ofereci levá-la até o elevador, em vez disso.-Outro passo em minha direção. Apenas cerca de mais quatro antes de eu estar em perigo real.

-Por quê?.- A pergunta deixa meus lábios em um sussurro.

-Porque minha mãe me criou para ser um cavalheiro.- Ele responde sem pausar.

stuck with you - FinchelOnde histórias criam vida. Descubra agora