capítulo 46- coragem ⭐

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Pov's Rachel.

-Não há um homem aqui que não esteja olhando você.- Finn murmura enquanto gentilmente nos move ao redor da pista de dança.

-Não há mais quase ninguém.- Eu bufo, olhando para as mesas vazias ao nosso redor.

A noite passou em um turbilhão de atividades. Discursos, que eu mal prestei atenção, já que Finn me tinha arrebatada em um jogo pesado de palavras cruzadas em seu celular. Jantar, que foi muito bom – surpreendente o suficiente – Danças e bebidas e risadas e o melhor é claro, estive tão envolvida com as pessoas a minha volta que não tivesse tempo de ver Jesse e Marley  a noite toda. Eles estavam tão ocupados com fotos e conversando com o resto dos convidados que eu quase esqueci que estava no casamento deles.

-Aquele cara olhou.- Ele aponta para o Pai de Afonso, Thiago. Ele sorri de volta para nós, levantando sua taça em saudação. Eu levanto minha mão e aceno educadamente.

-Aquele é o Pai do  Jesse.-Eu dou uma risadinha.

-Pervertido.- Ele brinca, fazendo-me jogar minha cabeça para trás aos risos.

-Eu não consigo tirar meus olhos de você esta noite.-Ele diz depois de um momento, nos balançando suavemente.

Meu peito se enche de felicidade enquanto sua expressão se torna suave e suplicante. Meus olhos procuram os dele, desesperados para puxar as palavras dele, desesperados para eu mesma falá-las.

-Nem ele pode.- Ele diz suavemente, inclinando sua cabeça para o lado. Meus olhos seguem o movimento e encontram Jesse parado entre os seus amigos, olhos fixos em nós.

Viro meu olhar de volta para Marcelo  apressadamente.

-Eu nem sequer notei.- Eu admito baixinho, puxando-o para mais perto de mim, em busca do seu conforto e aconchego. Ele concorda sem objeção.

-Eu notei.

Eu não respondo, deitando minha cabeça contra o seu peito com um suspiro.

-Você deve conversar com ele, Rach.- Minha cabeça empurra para trás, olhos examinando seu rosto freneticamente.

Ele sorri docemente para mim, levantando suas mãos para passá-las sobre as minhas bochechas. Fecho meus olhos ao contato, deleitando-me com a ternura do seu gesto.

-Eu não quero falar com ele.- Mantenho meus olhos fechados, não permitindo que eles abram para enfrentar a dura realidade das suas palavras.

-Eu sei.-Sua voz soa como seu sorriso. Abro minhas pálpebras timidamente para encontrar o som refletindo em seu rosto. -Mas você deveria.

Ele puxa meu rosto para o seu e pressiona sua boca na minha tranquilizadoramente, antes de se afastar de mim completamente. Cavando a mão no bolso da sua calça, ele puxa a chave do seu carro e a entrega para mim. Olho para as chaves na minha mão sem expressão, incapaz de descobrir o significado disso.

-Eu voltarei com Sant e Britt. - Ele explica quando eu ainda estou olhando para elas sem expressão.

-O quê?.- Eu falo, olhos levantando para os dele freneticamente. -Não.

-Eu estarei esperando por você na casa dos seus pais.

-Mas...- Eu gaguejo, minha respiração deixando meu peito em suspiros rápidos.

-Vá terminar isso, baby.- Sua voz é suave, revestindo-me em doçura.

Eu quero protestar. Eu quero pleitear, mas sei que ele está certo. Eu preciso fechar esta porta sozinha. Eu não posso ter ele me dando todas as respostas o tempo todo. Eu mesma preciso fazer isto.

Eu aceno relutantemente, ganhando um sorriso largo.

Ele me puxa para ele, abraçando-me apertado enquanto eu aperto suas costas desesperadamente.

-Não demore muito, meu amor.-Ele sussurra em meu ouvido antes de colocar um beijo contra ele. Eu tremo com as suas palavras e suas implicações. Meus olhos borram com lágrimas não derramadas quando ele se afasta, colocando um beijo final em meus lábios.

Eu não quero que ele vá embora. Eu quero que ele explique suas palavras para mim. Eu quero dizer a ele como eu me sinto, mas ele desaparece antes que eu seja capaz de formar as palavras, deixando-me olhando sem expressão para o espaço que ele ocupou.

Minhas mãos fecham em torno das suas chaves, como se o pequeno pedaço dele fosse me ancorar o suficiente para fazer isto.

Para enfrentar meus demônios.

Para enfrentar aquele que me despedaçou.

stuck with you - FinchelOnde histórias criam vida. Descubra agora