Capitulo 26- O anjo celestial

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Por Cadreel

Ando no meio da neve ainda sem entender como uma maldita mulher, pode abandonar uma criança? Mesmo em dúvida,  acabo sorrindo pela ironia da vida, já que fui abandonado por uma também.

— Chegamos pequena – Sussurro para ela que abre os olhinhos um pouco perdida e suspiro fundo pela órbita negras, me questionando com uma dúvida do que estou dizendo. — Você ficará aqui neste orfanato e não precisa se preocupar que quando o seu demônio despertar será bem vinda no meu reino, mais agora precisa ficar aqui com as velhas que tem lá dentro. Não nego que são estranhas mais pode ter certeza que nada te faltará – Explico e um sorrisinho sai do seu rosto e conjuro uma cesto na frente da porta.

Com cuidado a coloco no cesto e fico curioso para saber o nome da pequena. Seguro sua mãozinha e fecho os olhos quando ela tenta se comunicar comigo. Ambos somos seres dominantes.

— Demônio da destruição – Falo abrindo os olhos e faço carinho no seu narizinho empinado — Não sei porque te abandonaram mais saibas que fizeram a pior loucura da vida porque é uma linda menina e será um demônio incrível – Sussuro cobrindo ela melhor para nevada não a pega —Odeio dizer isso, mais que a divindade cuide do seu caminho –Faço o sinal da cruz reverso e ela faz uma careta se arrepiando por inteira — Que orgulho, recusando a benção –Elogio  me levantando e aperto a campanhia do orfanato.

Dou uma última olhado nas órbitas negras arregaladas para mim em plena madrugada e sinto a magia de longe, uma feiticeira que está vindo recebê-la. Arrumo minha gravata e ciente que no reino de Flora e Thomas ela estará segura e mesmo não gostando dos cães eles são seres bons e ela estará segura. Talvez
a maldita da mãe, se arrependam e vem buscá-la. Começo andar em passos pequenos mais paro quando escuto um chorinho ardido. Meu coração bate acelerado e tenho certeza que ela sentiu a magia da feiticeira, ótimo!

Estralo os dedos indo até a nenê que faz biquinho e soluça olhando nos meus olhos e antes da porta se abrir, acabo agindo como um adolescente igual na fez que fiz o filme de amor. Pego o cesto rápido e estralo os dedos indo para casa.

Maldição!

— Filho até que fim chegou...– Levo um susto quando o meu pai toca no meu ombro e me viro com a minha  criança nos braços— Um recém nascido, demônio? – Pergunta e suspiro meio perdido no que responder — Acho que está crianças não é sua e muito menos de Asmodeus e Black – Ele questiona — Sabe pela cor dela, lembra o bruxinho forasteiro que partiu o coração do nosso pequeno – Explica sorrindo e vejo que alguém está feliz com algo.

Minha criança faz um barulhinho e balanço os braços como aprendi quando ainda o As era um bebezinho. Cuidava dele quando o nosso pai fazia ronda noturna, jamais confiei no Sebastian que some do nada, tinha medo dele levar meu irmão.

— Já sentiu fazendo algo muito errado mais ao mesmo tempo muito certo? – Pergunto cheirando os cabelinhos da minha demônio linda — Pai, se a encontrei é minha, né?– Questiono aflito e meu pai deixa as asas dele aparecer e a escondo no meu colo.

— Creio que ganhei mais uma neta, não?– Ele fala sorrindo e se aproxima de nós pegando no dedinho dela — Toda criança precisa de nome e uma escritura de nascimento, mais você sabe muito bem Cadreel, que ela terá que ser adotada conforme as leis humanas e só depois vim para nós e tem a questão companheira.

— Mais ela é um demônio – Expresso sentindo o maldito medo no meu coração— Ninguém vai tirar ela de mim, pai nem mesmo Solange que pouco deseja este relacionamento– Digo convicto e fecho os olhos quando a mão do meu pai toca minha  face e olho espantado  — Está chorando?– Pergunto abismado.

Amor sombrio (livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora