Anne
-Diana, que tipo de surpresa seria essa? -pergunto quando acabo de chegar na estação de trem.
-Você vai ver, Anne. Apenas relaxe! -ouço sua risada contagiante. -Prometo que você irá ficar... hum... bem surpresa, digamos assim. E acho que feliz?! Sei lá, você é imprevisível.
-Estou com medo da surpresa. -começo a roer minha unha. Sim, é uma mania chata.
-Pare de roer a unha, desse jeito vai chegar na carne! -consigo ver ela fazendo uma cara de nojo.
Eu e Diana somos amigas há muito tempo. Ela me ajudou muito quando minha mãe morreu e me ajudou com a XP também. Somos inseparáveis desde então.
-Certo, preciso desligar. O trem chega em 5 minutos. Adeus! -desligo o celular e o coloco no meu bolso.
O que eu vim fazer aqui? Ah, eu toco violão, como eu disse antes, e sempre quando posso, venho até à estação para tocar para as pessoas e deixá-las mais alegres.
Gilbert
Sinceramente? Eu adoro festas, mas hoje simplesmente não estou no clima. Nós estamos terminando o ensino médio e a galera resolveu fazer um luau aqui na praia.
-Blythe, vem cá, bro! Vai mesmo ficar só olhando? -meu melhor amigo, Noah, grita para que eu escute.
-Já disse que não estou no clima! -grito de volta.
-Sei de alguém que irá te animar. -ouço uma voz feminina muito conhecida por mim. Hannah Simms.
-E aí, Hannah?
-Que desânimo é esse? Se quiser, podemos ir para um lugar mais... reservado. -a última palavra foi dita num sussurro.
-Não tô afim, mas valeu. -dou um sorriso forçado.
Hannah é a menina mais popular do colégio. É líder de torcida, é claro. E bom, todo mundo diz que ela é apaixonada por mim, mas apenas acho que ela quer status. Eu quero realmente ter uma namorada que me ame de volta, que seja doce e gentil... diferente de qualquer outra garota que eu tenha conhecido. Espero encontrá-la algum dia.
-Noah, tô indo embora, cara. -jogo a latinha de cerveja na lixeira improvisada.
-Mas já? Você nem aproveitou a festa direito!
-É sério, quero ir pra casa e dormir. Até segunda, bro. -aceno apenas com a mão e vou em direção à minha casa.
Pra ir para a minha casa, tenho que passar pela estação de trem. Não vim de carro hoje, então tenho que ir andando. Acho que vai me fazer bem, preciso espairecer.
De repente, ouço uma voz desconhecida por mim, mas era a voz de um anjo! Essa pessoa cantava maravilhosamente bem, preciso ver quem está cantando e tocando violão!
Sigo a voz até a estação de trem e vejo uma garota ruiva, sentada num banquinho e cantando "18" da banda One Direction.
Me aproximo lentamente para não assustá-la e nem atrapalhá-la. Ela era divinamente linda, talvez a garota mais linda que eu já vi. Sua voz transmitia tudo que a música dizia, e já adorei isso nela.
Infelizmente, a música chega ao fim e ela se prepara para ir embora. Preciso conhecê-la!
-Com licença... boa noite.
A garota ruiva me olha assustada e começa a se atrapalhar.
-Calma, não queria te assustar! Eu ouvi você cantando e queria dizer que sua voz é belíssima.
-Hum... o-obrigada. -então ela fala...
-Eu sou o Gilbert, e você? -estendo minha mão para cumprimentá-la.
-Eu... eu preciso ir! -ela sai correndo, me deixando sozinho.
-ESPERA!
Tentei correr atrás dela, mas a ruivinha é bem rápida. Que droga!
Vejo algo no chão e me agacho para pegar. Ela esqueceu um caderno, provavelmente é aonde ela compõe suas músicas. Está decidido, amanhã, nesse mesmo horário, voltarei aqui para lhe entregar o caderno e, pelo menos, saber o seu nome.
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Midnight Sun
RomanceAnne Shirley Cuthbert, uma garota que não conhece o amor. Nunca sentiu o calor do Sol na pele por causa de sua doença chamada "XP". É doce e inocente, apenas tendo uma melhor amiga, Diana. É proibida de pegar Sol, caso contrário, pode morrer. Nunca...