Chapter nine🌗

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Anne

Véspera de Natal! Eu gosto bastante dessa data, afinal, é um dia especial para todo o mundo. Para ser sincera, prefiro o ano novo, pois significa que passei mais um ano viva. Mais um ano de presente!

-Anne, filha! Bom dia! -papai entra no meu quarto vestindo um avental. -O almoço já está pronto.

-Já estou descendo, pai.

O segundo pensamento do meu dia foi: Gilbert Blythe. Falando nele, ele me mandou uma mensagem.

Gil💙

gil💙: feliz véspera de Natal, ruivinha
me: para vc tb, Gil! vcs aí na sua casa comemoram a véspera?
gil💙: bom... eu venho de uma família muito humilde, Anne, geralmente não temos muito dinheiro para fazer uma grande ceia e trocar presentes entre os parentes. Só cozinhamos arroz, purê de batata e frango

Isso é tão triste, queria poder ajudar todas as famílias do mundo todo, mas sei que isso não é possível. Oh meu Deus, tive uma ideia esplêndida!

me: venha passar o Natal comigo e com meu pai. Traga sua família!
gil💙: linda, nn precisa se incomodar, sério mesmo. Nn posso aceitar seu convite
me: por favor, vai! Eu ficaria muito feliz🥺🥺
gil💙: ... está bem, Anne! Nós iremos. 20:00 está bom?
me: está perfeito :)

Deixo meu celular em cima da minha cama e corro para o andar debaixo.

-PAI!

-O que foi? -ele estava se servindo.

-O Gilbert e a família dele irão passar o Natal conosco, pode ser? É que eles não têm dinheiro para trocar presentes e nem para fazer uma ceia...

-É claro, filha. Muito lindo esse seu gesto. -nós dois sorrimos. -Agora venha almoçar, fiz macarrão.

Gilbert

Já está quase na hora de irmos para a casa da Anne. Estou nervoso, pois meus tios irão conhecê-la. Já falei tanto dela para eles...

-Podemos ir, Gilbert! -meu tio aparece na sala ao lado de minha tia. -Uma pena não podermos comprar um presente decente para Anne e seu pai.

-Não se preocupe com isso, tio Bash, Anne não se importará com isso. Acho que o pai dela irá adorar a torta que a tia fez! -abro um sorriso.

Entramos no carro e eu sigo o caminho para ir pra casa da minha ruivinha. Não queremos nos atrasar.

Suspiro fundo e desço do carro, abrindo a porta para minha tia. Toco a campainha e espero alguém abrir.

-Gilbert, filho! -Nate abre a porta e me dá um abraço. -Vocês devem ser os tios dele, certo?

-Isso! -minha tia sorri. -Feliz véspera de Natal! Trouxemos uma torta que eu mesma fiz.

-Oh, muito obrigado! Entrem, entrem. -ele abre mais a porta para entrarmos.

-E onde está Anne?

-Ela já vem, está terminando de se arrumar. Eu sou o Nathaniel, mas podem me chamar de Nate.

-Eu sou o Bash e essa é a minha esposa Mary. -parece que eles estão se dando bem.

Parei de prestar atenção na conversa dos 3 quando vi Anne no topo da escada. Minha nossa, essa mulher consegue sempre ficar mais bonita!

Acompanho cada passo dela que ela dá para descer das escadas, cada gesto, cada sorriso. Quando a mesma chega no fim, abre um sorriso largo em minha direção, que eu retribuo.

-Feliz véspera de Natal, Gil.

-Para você também, ruivinha. -seguro em sua mão e ali deixo um beijo delicado e demorado. -Esses são meus tios, Bash e Mary.

-Então você é a famosa Anne Shirley! Gilbert não parava de falar sobre você um segundo sequer! -Mary gargalha e vejo Anne corar.

-Tia! -a repreendo.

-Muito prazer, senhor e senhora Blythe,

-Nos chame pelo nome, querida. -agora foi a vez do meu tio se pronunciar. -Você é ainda mais linda pessoalmente. -a ruiva agradece com um sorriso.

-O jantar ainda está em andamento, querem me ajudar? -senhor Shirley pergunta aos meus tios.

-É claro, lá em casa eu e Bash adoramos cozinhar, apesar dele fazer muita bagunça.

-Isso é mentira! -todos nós gargalhamos e os três vão em direção à cozinha.

Anne

Estou sem fôlego. Gilbert está tão lindo com essa blusa verde e essa calça jeans. Minha nossa, esse homem é perfeito!

-Como consegue, Anne?

-Como assim, Gil? -pergunto um pouco confusa e nos sentamos no sofá da sala.

-Ficar mais linda do que já é! Cada dia fico mais impressionado.

-Pare, Blythe! Sabe que não consigo lidar muito bem com elogios. -sinto minhas bochechas esquentarem.

-Pois deveria começar a se acostumar, Shirley. Irei te elogiar até meu último dia vivo nesse planeta.

-Bom, você também não está nada mal.

-Não estou nada mal, huh? -dou risada e ele também. -Obrigado por nos chamar, Anne. Faz um bom tempo que não temos um Natal assim...

-Não precisa agradecer.

-Eu te trouxe um presente... -ele tira uma caixinha do bolso. -Espero que goste, eu que fiz.

-Oh, não precisava! Eu não comprei nada para você...

-Você é meu maior presente de Natal, Anne Shirley Cuthbert. Acredite.

Abro a caixinha com cuidado e quando vejo o presente que ele havia feito para mim, praticamente pulo em seu pescoço o abraçando.

-Obrigada, eu adorei!

Era um lindo colar feito à mão. Possuía uma pedrinha vermelha como pingente realmente muito linda.

-Escolhi a cor vermelha para a pedrinha, pois sempre quando vejo a cor vermelha, lembro de você e do seu cabelo. -ele sorri. -Posso colocá-lo em você?

-Sim. -me viro de costas e Gilbert toca em meu pescoço, fazendo-me arrepiar com seu toque. -Ficou realmente lindo em mim, nunca vou tirá-lo!

Passamos as últimas duas horas conversando, tirando fotos, rindo e brincando um com o outro. Gilbert é um garoto tão gentil, tão humilde... não posso dizer que não estou apaixonada por ele, pois estou. Sempre fui e sempre serei.

-Posso te falar uma coisa? -mordo os lábios com o nervosismo.

-Claro que sim, linda. O que foi?

Midnight SunOnde histórias criam vida. Descubra agora