Chapter three🌗

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Cheguei em casa ofegante e subi correndo para o meu quarto. MEU MERLIN! (ah, detalhe, sou uma grande fã de Harry Potter)

Eu acabei de falar com Gilbert Blythe. O amor da minha vida. PUTA MERDA!

Respiro fundo e pego meu celular que deixei aqui carregando. Preciso mandar mensagem para a Diana!

Diana💜

me: DIANA
me: CORRE AQUI
diana💜: 🏃🏻‍♀️🏃🏻‍♀️🏃🏻‍♀️ *correndo*
me: larga de ser besta, garota KKKKKKKKKK o papo é sério
diana💜: okay KKKKKKKK, o que foi?
me: adivinha quem eu encontrei na estação de trem
diana💜: Gilbert Blythe
me: ué, como vc sabe?
diana💜: então... k k k
me: DIANA BARRY, PQ DIABOS VC FEZ ISSO?????? EU GAGUEJEI NA FRENTE DELE
me: ESSA ERA A GRANDE SURPRESA??????
diana💜: larga de ser dramática, é seu presente de aniversário ;)
diana💜: pegou o número dele?
me: nn, pq eu fiquei super nervosa e fugi
diana💜: 🙄🙄
me: e pra piorar, perdi meu caderno de composições
diana💜: deve estar com o carinha que vende as passagens, o Patrick
me: sim... agr boa noite, vou ali chorar
diana💜: *drama entrou no chat*
me: KKKKKKKKKKK PARA, TCHAU

Dou risada sozinha e deixo meu celular no criado-mudo. Espero nunca mais ver Gilbert... ou talvez eu queira vê-lo. Ah, sua voz é encantadora...

-Anne? -ouço baterem na porta. É o meu pai.

-Pode entrar. -me sento na cama.

-Vim aqui te entregar seu presente. -ele sorri e se senta na minha cama ao meu lado. -Espero que goste.

Era um pacote pequeno embrulhado com um papel azul bebê. Abro o presente com cuidado e sorrio ao ver o que era.

-Que lindo, pai! Esse colar não me é estranho... -digo olhando o pingente de violão.

-Era da sua mãe. Ela me pediu para que eu te entregasse no seu aniversário de 18 anos.

-Estou muito feliz, obrigada! -lhe dou um abraço apertado. -Podemos conversar mais amanhã? Estou bem cansada...

-É claro, filha. Durma bem. -me dá um beijo no topo de minha cabeça e fecha a porta do quarto.

Olho para o colar e sorrio, colocando-o no meu pescoço. Dessa forma, minha mãe sempre estará perto de mim.

No meio de tantos pensamentos, meus olhos vão fechando aos poucos, até que tudo vira uma infinita escuridão.

Gilbert

Eu não parei de pensar na garota ruiva a noite toda, no entanto que nem consegui dormir direito. Já é de dia e hoje irei trabalhar no mercadinho. Trabalho lá para juntar dinheiro e poder ajudar meus pais. Somos pessoas simples e já passamos fomes várias vezes.

Toda hora que o sino da porta tocava, eu olhava rapidamente, na esperança que pudesse ser a ruivinha. Quem sabe ela não apareça por aqui, não é?

[...]

Agora está de noite e estou na estação de trem esperando a garota aparecer. Tenho certeza que ela virá atrás de seu caderno, parece ser algo importante. E bom, como a curiosidade foi maior, acabei lendo algumas músicas que ela compôs. São realmente muito boas e belíssimas. Essa garota tem talento!

Meu coração começa a bater fortemente e sorrio largo ao ver a ruivinha atravessar a porta. Ela veio mesmo!

-Ahn... com licença, moça. -cutuco seu ombro e a mesma se vira. -Lembra de mim?

Ela fez menção de sair andando, mas segurei seu pulso delicadamente.

-Por favor, não vá. Eu queria te entregar isso, você esqueceu aqui ontem. -lhe entrego o caderno.

-Hum... obrigada. Você leu alguma coisa nele?

-Bom... -coço minha nuca. -li, me perdoe. Acabei não resistindo. Aliás, a senhorita tem muito talento. -vejo suas bochechas ficarem da cor de seu cabelo.

-Obrigada mais uma vez, agora preciso ir...

-Espera! -ela se vira. -Você sabe meu nome, mas eu não sei o seu.

-É Anne.

-Com um "e"? Interessante! -solto uma risadinha e a vejo sorrir pela primeira vez. E que sorriso... -Você estuda aqui perto?

-E-eu... sim e não. É complicado de entender. Faço aulas online pelo Colégio Hampstead.

-Minha nossa, eu estudo lá! Que coincidência, não é? -sorrio mais uma vez. -Será que eu poderia acompanhá-la até sua casa, Anne?

-Não é necessário, Gilbert... -a vejo ficar nervosa.

-Eu insisto. -percebo que ainda estava segurando seu pulso e logo o solto. -Vamos?

-Vamos.

Durante o caminho, ficamos em silêncio. Não sabia o que perguntar e ela era muito tímida. Depois de uma pequena caminhada, chegamos a sua casa.

-É aqui que você mora? -pergunto surpreso.

-Sim, algum problema?

-Não, é que eu passo na frente dessa casa todos os dias para ir ao colégio. Como eu nunca te vi?!

-Não sei... -solta uma risada. -Mas eu já te vi várias vezes. -acho que não era para ela ter falado isso em voz alta, porquê a ruivinha arregalou os olhos. Dou risada.

-E porque nunca veio falar comigo? Poderíamos ter nos conhecido antes! Espera, quantas vezes você já me viu passar por aqui?

-Hum... te vejo passar desde que eu tinha 13 anos.

-Meu Deus, queria tanto ter te conhecido antes! -bufo frustado. -Bom, isso não importa. Será que você aceita sair amanhã de tarde? Conheço um lugar bem legal para nós irmos.

-De tarde não posso, m-mas de noite estou livre. -Anne coloca uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

-Certo, posso pegar seu número? -ela assente e lhe entrego meu celular. -Ótimo! Até amanhã, Anne.

-Até amanhã, Blythe. -sorri e entra na sua casa.

Não sei o que essa garota fez comigo, mas estou convencido de que a quero na minha vida!

Midnight SunOnde histórias criam vida. Descubra agora