Redheaded Mercenary 2 || KiriBaku

Capítulo 1 II Revelações Pecuniosas

HEY HEY HEY, TUDO BEM?

Gente, eu estou mega empolgada com esse início da segunda temporada, porém, vos peço perdão pela dor que sentiremos nessa jornada. Quero agradecer mil vezes ao @Daroon do Spirit pela capa linda, como a do primeiro livro também feitas por elu. E por fim, quero muito agradecer todos vocês que esperaram por isso durante o mês, espero que gostem e que surtem tanto quanto eu com tudo o que vem por ai. Boa leitura <3

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Narrado por Bakugou Katsuki

Depois de longos minutos deitado nesse chão frio, olhando para os balões bregas que flutuam grudados no teto, levanto-me custando pela dor que meu corpo ainda abriga em cada trecho; cada um dos músculos se contraindo e os braços queimando pela ardência das queimaduras graves.

Guardo a caixa com a outra aliança no bolso, mantendo minha palma sobre o tecido por mais alguns segundos enquanto penso acerca de tudo o que isso implica. Esse anel tem um dono, um fodido de merda do caralho, mas que é meu, e que vou encontrar para bater a merda fora dele, não sem antes agarrá-lo entre meus braços como se minha vida dependesse disso.

– Porra... – Mesmo aceitando o fato inegável, ainda é possível que eu me sinta um idiota por sentir algo como isso. Olho ao redor uma vez mais, somente para me virar em seguida para sair daqui o quanto antes, não tenho estrutura para me manter nessa tortura, pensando no quanto ele deve ter corrido e se esforçado para fazer toda essa droga enquanto nos preparávamos para uma missão de alto nível. Lembro-me vagamente dele estar discutindo sobre algo que precisava mais cedo naquele dia, uma ligação... era sobre isso?

Caminho pelo corredor olhando para aqueles confetes no chão, sentindo a dor de cabeça surgindo vagarosamente por conta do pranto. Não costumo chorar, nem quando as emoções transbordam em momentos que me vejo sozinho, o terapeuta já me falou sobre aquelas baboseiras de reação inconsciente de bloqueio do meu próprio corpo para evitar transmitir o que me abala por dentro, mas quando acontece, pago o preço mais do que qualquer luta que me quebre inteiro.

Quando passo pela sala para sair da casa, meus olhos acabam alcançando aquele canto que leva ao subsolo, as escadas que vão até a região onde sei haver diversos equipamentos de treino e uma sala. As imagens bizarras que presenciei ali tomam meus pensamentos de imediato, toda a cena subsequente, de Kirishima agindo como um louco e depois me expulsando, se desenha perfeitamente diante os meus olhos. Talvez, eu esteja enlouquecendo por conta da grande exposição que tive a essa insanidade, mas é quase como se acontecesse mais uma vez, antes de tudo tomar um rumo que, a partir daquele dia, eu jamais esperava ter na minha vida.

A curiosidade fala mais alto que o sofrimento, tudo aqui cheira a cigarro, mas quanto mais eu me aproximo daquelas escadas, o aroma amadeirado de um perfume que poucas vezes consegui sentir no ruivo, toma meu olfato pouco a pouco. Paro em frente aos degraus, refletindo sobre o que pode ser melhor, voltar para a casa e me remoer pelo resto do dia, ou mexer nas coisas de alguém que sequer está aqui para reclamar sobre isso?

Eu não deveria, sei que não é certo, mas já não possuo nem informações de como começar a procurar por Kirishima, não sei quem é o cara que agora está sendo interrogado, sendo que de todo modo, ele é diretamente envolvido com o passado misterioso do mercenário idiota. Tomando consciência de alguns pontos, eu nunca estive muito por aqui, com exceção das vezes em que não houve escolha a não ser vir com Eijirou.

Provavelmente, era pela comodidade da minha casa ser mais segura para manter Kyoko, além dele querer estar perto dela o quanto fosse possível, mas... algo me diz que ele pode estar escondendo mais do que pretendia me contar em algum momento.