Capítulo 11 || Insanidade Propagante

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Hey hey hey! 

Surtei, escrevi. Isso é altamente experimental, então não tenham muita expectativa pelo amor de Deus. 

Boa leitura ou boa sorte? Sei lá. To nervouser. 

Eis aqui 

[...]

Narrado por Todoroki Touya

Que bela merda eu estou fazendo da minha vida, afinal?

O quarto parece frio, mas é apenas meu corpo sem conseguir distinguir perfeitamente o calor externo. As costuras latejam um pouco mais pelo sorriso escancarado em minha face, mas como eu poderia não rir de uma situação tão cômica?

Dinheiro, recursos, humilhação, tantas coisas que eu poderia ter escolhido por meia dúzia de informações fúteis pra caralho, decidi que seria uma boa analisar a porra da garota. E o que isso vai me beneficiar? Não é como se eu fosse roubar essa merda e usar de alguma forma.

Você tem seus motivos.

– Claro que não, eu sou um ser irracional e impulsivo – Digo ao suspirar de frente ao espelho, encarando a pele morta enquanto o sorriso diminui. Não gosto de ser contrariado.

Seus neurônios ainda não queimaram, sabia?

– Não queimaram? Ha! Já passou da hora... – respondo sorrindo novamente, erguendo o queixo para sentir um pouco dos grampos se movendo embaixo dos olhos. Dói, mas um pouco de dor nunca matou ninguém... rapidamente.

Não minta para si mesmo, Touya...

– DABI, CARALHO. MEU NOME É DABI, PORRA – Grito socando o espelho, os estilhaços de vidro rasgando parte dos dedos, mas caindo em maioria no chão. Porra, eu odeio ser contrariado, e eu odeio ser idiota.

Balanço a mão para me livrar de alguns cacos na manga do moletom, logo colocando o capuz para sair daquele cômodo miserável. A porta batendo fortemente não é surpreendente pra ninguém, mas a presença irrisória de Twice já me dá nos nervos.

– Será que ele quer alguma coisa? Ei, Dabi, precisa de alguma coisa? – o homem mascarado declara e eu só ergo o dedo do meio, prontamente ignorando suas falas idiotas e as personalidades que as vezes mudam no meio da frase – Nossa, que grosseria. Vamos fazer miojo? Se estiver afim de jogar poker depois dá um toque.

Mantenho o dedo erguido quando dou as costas para o outro vilão de quinta que se aposentou pra viver nesse bueiro, da mesma forma covarde e tosca que eu encontrei de continuar existindo, esperando pelos braços da morte. Queimar no inferno nem parece assim tão assustador como muitos dizem, afinal eu estou constantemente me carbonizando, cremação gradativa, eu diria.

Tão divertido, tão podre. Me dá até vontade de rir, porque agora estou saindo dessa merda de lugar para encontrar um monte de gente que eu gostaria de ver morrer.

Poderia matá-los agora, o que me impede?

O que te impede?

– Sim, o que me impede...? – Questiono caminhando furtivamente sob as partes mais estoicas da cidade, evitando pontos mais movimentados e aproveitando as sombras dos prédios mais altos.

O que te impede...

O que não te impede? Impedimentos...

– Argh... Foda-se – declaro já farto de tanto tentar me convencer. É só ir, olhar na cara daqueles bostas, ver a menina e não dizer nada. Simples.

Sorrio largamente, esticando cada um dos grampos em minha face com um som agonizante. É óbvio, que maneira melhor eu teria para vê-los perecendo do que a humilhação de se curvarem às minhas ordens, sem ganhar coisa alguma em troca?

Redheaded Mercenary 2 || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora