Capítulo 31 || Intermédios Dissociados

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Hey! 

Bom, eu deveria estar dormindo pra trabalhar às 7h, mas eu comecei esse cap e me diverti muito, precisei ir até algum ponto decente. 

As coisas tão tensas ainda, mas levemente melhores. 

Que venha o que vier, espero que gostem. Ainda tem algumas menções da tortura do cap anterior, então, lamento pelo gore. 

Boa leitura! 

[...]

Narrado por Kaminari Denki

Agora que me vejo perto daquele bar superfamoso dos anti-heróis, me bateu uma imensa dúvida que perdura em meu coração.

Se eu parar para comprar churros, quantos eu preciso levar?

Bom, vamos lá, temos o Lord das Explosões, o namorado bodybuilder dele, Aizawa sensei, aquele mano das asas afiadas, o cara poliglota cantante que me ligou para pedir minha ajuda com alguma coisa aqui nesse lugar estran...

Cacete! Ele precisa da minha ajuda, vou deixar os churros para depois.

Realmente, sabia que eu estava esquecendo de algo.

Me aproximo da entrada nem um pouco suspeita — esses malvadinhos acham mesmo que isso é ser discreto? Uma porta de metal no meio de um beco sinistro com certeza é problema —, batendo na superfície dela com força suficiente para ecoar pelo ambiente deserto, deixando-me levemente com cagaço pelo vento do além que bate nas minhas costas.

Meu deus, que eles não tentem me matar ou coisa pior, eu sou apenas um herói camponês nestas terras. Se bem que o Shinsou vai me proteger de qualquer coisa, só me pergunto o porquê de ele não ter me chamado diretamente, ele tem meu número, sabe que eu estava de folga com Hanta e que nós estaríamos com os meninos na casa dele.

Quando aquele moço dos olhos lilases aparece eu me esforço bastante para lembrar o nome dele, estreitando os olhos da mesma forma que ele faz ao me encarar pela frestinha de cadeia na porta.

— O que você está fazendo aqui, idiota?

— Você é o... Hakeri! Sim, eu jamais me esqueceria desses olhos, são lindos, cara, já te falei? — comento ao notar a cor profunda e clara naquelas írises cheias de perversidade, deixando o cara meio perplexo e corado, talvez ele não esperasse um elogio.

— V-Você acha mesm... Ah, que se dane! — Ele rapidamente retoma sua compostura e eu sorrio com a cabeça inclinada para a direita, unindo as mãos entrelaçadas para apoiar na bochecha. Olha só, sabia que todo mercenário tinha um coração molenga por dentro. — O que caralhos você tá fazendo aqui, herói?

— Eu vim ver meu namorado e ajudar um amigo — dito com tranquilidade, estufando o peito ao anunciar que eu vim atrás do segundo amor da minha vida, o cara fodão do submundo, meu malvado favorito.

— Ah, faça-me o favor... Que merda o Tamaki tá botando na bebida desse povo, cacete... — Hakeri parece meio desacreditado, mas talvez por conta do recente histórico de mercenários se engraçando com os mocinhos, ele ainda faz menção de perguntar — E quem é o outro burro sem miolos que decidiu dar para um herói também?

— Não fala assim do Shin, mano... Senão eu sou obrigado a não ser mais tão legal — Fico imensamente chateado de ver alguém usando esse tipo de linguajar com meu roxinho fofo, então cruzo os braços e faço minha maior cara de mau, o que deve ter funcionado mais do que eu pensei que faria, afinal, Hakeri se engasga e seus olhos arroxeados quase saltam pela fresta da porta ao me encarar todo amedrontado.

Logo a porta é aberta e ouço-o murmurando um pedido de desculpas, sem olhar mais no meu rosto enquanto passo para entrar no estabelecimento.

Pois é, cara, mexe comigo não que eu sou mal.

Redheaded Mercenary 2 || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora