Capítulo 2.5 || Probidade Relativa

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Hey. O plano era outro, mas vou postar desse jeito mesmo. 

Boa leitura. 

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Narrado por Shinsou Hitoshi

A exata menção ao nome de herói do loiro me traz à mente todos os pôsteres, bonecos, pijamas e demais acessórios, relacionados a este indivíduo, que possuo dentro de casa. Tê-lo agora em carne e osso lá será deveras exagerado, mas é capaz que meu filho tenha no mínimo uma pane elétrica ao se deparar com tal informação.

De todo modo, não consigo deixar de cogitar que preciso conhecer melhor esse homem, além do parceiro ao lado que, provavelmente, também foi designado para a mesma coisa. Um moreno alto com estruturas arredondadas nos cotovelos. Ambos estão vestindo roupas civis, portanto, não vou ter qualquer menção de lembrança acerca deles em ação.

– Não creio que esteja cogitando colocar este homem de pouca inteligência para estar protegendo a minha prole, Eraser... – declaro um tanto aturdido, tendo plena ciência de que o loiro quando usa demais seu poder, tende a ficar com os neurônios estagnados por certo período. O outro ao lado, no entanto, não me vem à mente sua utilidade.

– Eu sei que parece estranho, mas Shouto e Deku os indicaram detalhadamente por uma série de fatores. Este – O moreno indica o homem alto ao lado de Chargebolt – É o Sero Hanta, também conhecido pelo nome de herói, Cellophane – identifico vagamente em minhas lembranças algo sobre o tal Sero, mas somente me vem à cabeça algumas cenas aleatórias dele em ação, nada que possa me determinar previamente sua personalidade e força.

– Eai, cara? Eu meio que compenso a burrice do Denki, relaxa, 'tá legal? – Sero comenta dando uma breve cotovelada no colega, que apenas guincha em aborrecimento por conta da fala sincera de seu amigo.

– Eu não sou burro não, mano! Eu sou uma pessoa na média, só isso – O loiro exclama gesticulando demais para o meu gosto, tornando o meu cansaço ainda mais real quando me deparo com tamanha... energia.

– E qual a listagem destes critérios, Aizawa? Diga-me os motivos pelos quais devo confiar nestes dois heróis, que desconheço o bastante para não deixar que se insiram em meu cotidiano caótico – questiono cruzando os braços na frente do peito, recebendo olhares confusos dos dois idiotas, ainda mais do loiro que inclina a cabeça para o lado, me encarando como se minha fala fosse incompreensível.

– Caraca, ele xingou a gente? Eu já sofro demais com você falando todo embasbacado, Sensei – Kaminari assobia admirado e eu reviro os olhos, aturdido por tamanha ignorância.

– Rebuscado, Denki... – Sero parece ser mais inteligente do que seu colega, o que me deixa levemente menos irritado com a intromissão de ambos na situação já agressivamente ruim.

– Bem, eles são próximos do Bakugou e dos dois que os indicaram, além de que Sero é fluente em língua de sinais e o Kaminari, bem... eu soube que tem alguém ansioso para conhecê-lo – Aizawa declara com segurança, arqueando uma das sobrancelhas ao expor seus motivos um tanto superficiais para me convencer.

Bufo frustrado por ter que lidar com tal adversidade repentina, mas antes mesmo que eu tenha chance de me impor quanto a essa decisão, Takedo surge no corredor acompanhado de Endeavor ao lado, estranhamente, sem sinal de Hawks.

Quando o loiro se aproxima de nós próximos à saída, tensiono escondendo os dedos nos braços cruzados, para fingir que não estou mais tão afetado como antes. De fato, me acalmei em grande parte do surto, mas minha ira ainda perdura pelo que este homem representa no contexto abstrato de nossa atualidade insensata.

Redheaded Mercenary 2 || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora