Capítulo 14 || Conforto Mútuo

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Hey. 

Escrevi ao invés de dormir, então postando sem confiança. 

Boa leitura 

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Narrado por Bakugou Katsuki

Quando acordo, o céu através das janelas já é claro, devo ter ficado a noite toda e me surpreende um pouco. Talvez eu nem tenha percebido quando alguém entrou e jogou mais um cobertor, o que deveria me deixar puto e preocupado, pois algo podia ter acontecido.

Kirishima continua apagado, pela bolsa de soro ter sido trocada por uma cheia, presumo que devem ter administrado mais alguma dose daquele remédio que sempre o deixa mais cansado. Tomo um certo tempo para ver melhor como ele está, tive que pedir ajuda à Recovery Girl mesmo com a mulher estando com o pé na cova de tão velha, mas ela não se opôs apesar da aposentadoria.

Eri não poderia curá-lo sem saber mais detalhes do que houvera, ainda mais pelo que os médicos disseram sobre os hematomas que se espalhavam por todo o corpo, ele não tinha tempo ou chance de recuperação, a cada osso quebrado e realocado, outro sofria o mesmo mal e assim por diante. Foram mesmo só 3 dias?

Tento não me abalar por pensar demais agora, só focando em obter informações a mais sobre os outros. Pelo visto, tudo se saiu bem, os que estavam perto daquela área eram muito bons, até demais ao ponto de neutralizarem friamente todos que estavam no prédio.

Inclusive Monoma, que não cheguei a matar, mas vi sua respiração quase nula cedendo aos últimos gritos, enquanto Ashido fazia a pele se derreter, mostrando os músculos, depois os ossos, os órgãos se desfazendo.

Não perdi mais tempo apreciando aquele fodido virar merda, pois na primeira oportunidade sai de lá com Kirishima.

Desde então não dei muita atenção, fiz algumas ligações breves para o corretor e outros burocratas diversos, a mudança já estava ocorrendo, mas demoraria um pouco até que eu pudesse terminar. Não cheguei a voltar em meu apartamento ainda, Izuku e Shouto estavam terminando de ir para a nova casa, Kyoko já tinha me pedido para só voltar quando Kirishima estivesse junto comigo.

Assim farei em breve.

Saio do quarto discretamente, apenas ficando na porta para identificar se há alguém por perto. Meu susto não chega a ser extremo, mas dou um passo atrás quando vejo Satori me encarando perto pra caralho.

– Ground Zero, né? Você já teve dias melhores, meu caro – A voz meio cantada do ruivo me acerta em cheio e só tenho a reação de grunhir irritado.

– Fala, Satori – Resmungo em cumprimento, tentando não ser tão mal humorado quanto realmente estou. O quanto antes puder, preciso encontrar o Dr. Hajime e saber o que vem a seguir, pois sei que não é pouca coisa e o Kirishima vai surtar para um caralho.

– Eu não sairia agora, eu chamo o Dr. Hajime pra você, senão em 15 segundos Red Riot vai estar jogando aquela enfermeira – o ruivo aponta para a mulher que se preparava para pegar uma prancheta e vasilha – pra fora do quarto. Até mais, herói! – Tendou se afasta em seguida, erguendo a mão acima da cabeça para acenar.

A mulher realmente se dirigia ao quarto e para na minha frente, levando-me a dispensá-la antes de qualquer merda. Pela enxurrada de informações, não é surpresa nenhuma ver Eijirou se preparando para levantar quando entro de novo no quarto.

– Pode parar aí, você tá só com essa camisola de hospital e não tem alta ainda – declaro firmemente, já me aproximando para fazer Kirishima se deitar de novo. Tudo no rosto dele diz que está severamente ansioso para fugir, mas o pior, é vê-lo se afastando bruscamente quando tento tocar em seu braço. A reação me leva a dar alguns passos para trás, olhando-o em busca de contato visual antes de qualquer coisa.

Redheaded Mercenary 2 || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora