Capítulo 2 || Sobrecarga Pungente

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Hey! 

Nem sei porque to postando tão rápido, porém confesso que estou escrevendo rápido pra ter logo o Kiri de volta, além de que já aceitei que não consigo mais escrever capítulos curtos. 

6K de Shinsou na voz, é isto. 

Boa leitura!

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Narrado por Shinsou Hitoshi

Tantas são as informações e poucas são as respostas a partir delas, o que somente nos vem trazendo, são ainda mais perguntas.

Segurando Shitare nos braços, observo atentamente cada segundo que se desenrola diante a minha visão, a forma como Kyoko parece transtornada como nunca visto; Bakugou cedendo ao pico de poder perigoso que pode tornar sua recuperação ainda mais frágil.

Ao menos, a fala melancólica da garota, consegue me trazer um dado novo que já era alvo das minhas suspeitas. Ela o sente, ainda não teve visões, mas consegue empatizar o bastante para ter alguma sintonia.

No entanto, isso tampouco deve importar, pois sua exaustão é evidente e sua saúde parece perecer um pouco junto ao que pode estar acontecendo com o ruivo. Não há como ter indícios concretos do que seja, mas se ela o sente, quer dizer que ainda temos por quem procurar.

Bakugou deve entender isso, por isso não deixa de respirar muito melhor quando abraça a menina, talvez chorando junto com ela, coisa que eu prefiro nem ter sob minhas vistas no momento. O sentimentalismo e descontrole emocional de alguém como ele podem acabar me pressionando, não tenho tempo para escolhas erradas e estratégias mal formadas, não me importo exatamente com esse herói qualquer, mas sei que seu abalo pode ser um desequilíbrio em toda a sociedade, nos âmbitos políticos e nas sujeiras econômicas.

Ele está no ranking ainda como número 5 por mera bobagem, há uma série de trâmites que não consideram exatamente bons critérios para dizer quem fica no topo, fidelidade e capacidade não podem ser os únicos fatores que interessam ao governo.

Solto Shitare indicando para que ele entre e vá chamar Midoriya ou Todoroki, pois pela forma como vejo o corpo trêmulo de Bakugou e seus ombros tensionando para manter os braços ao redor da garota, ele vai desmaiar, e não duvido que seja no decorrer dos próximos dois minutos.

– Certo, vocês dois precisam descansar. Bakugou, deixa que eu a levo – Declaro agachando-me perto do herói, notando o quão dificultoso aparenta ser a ele o simples fato de respirar fundo e acenar.

Kyoko me olha ainda com a face repleta de lágrimas, e por mais impassível que eu esteja, não há como negar que sua expressão há de me afetar um pouco. Crianças não deveriam ter que lidar com fardos tão insalubres em sua trajetória inicial, começar a vida já se deparando com horrores inimagináveis e sentimentos tão degradantes. Meus filhos já têm certa experiência ruim tendo que se manterem afastados de muita coisa, mas essa menina segura consigo forçadamente algo ainda maior.

Sua existência por si só, já é um empecilho para sua vida, por mais cruel que tal constatação seja. Às vezes, lidar somente com fatos irascíveis, me faz pensar que estou mais perto de ser um monstro do que realmente venho cogitando.

Caminho rapidamente até o andar de cima, vendo Midoriya e Todoroki saindo para ir até onde o amigo está, com expressões apavoradas que me levam a pensamentos um tanto desnecessários. Para serem os grandes salvadores da pátria, talvez, estejam meio despreparados nessa situação extraordinária.

Suspiro vagamente enquanto noto a mudança de temperatura no corpo da garota em meus braços. Tomar a frente de tudo é algo completamente irracional da minha parte, esta menina não me agrega em nada; Kirishima e Bakugou não são problema meu; o desaparecimento do assassino é lastimável, mas em momento algum foi fruto dos meus atos ou composições neste cenário.

Redheaded Mercenary 2 || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora