Depois de anos, essa é uma das sensações que não sinto falta. Não acredito que meu subconsciente associou os trovões como uma chave para um dos cofres. O cofre da dor de perder alguém importante. Minha mãe.
Flashback on:
Estamos todos treinando enquanto lá fora caia o mundo. Chuva, raios e trovões. Não parecia que ia acabar cedo.
Papai chega e me chama para o escritório. Algo raro de acontecer.
Chegamos e eu sento à sua frente. Pogo fica ao meu lado e mamãe está na porta esperando.
Reginald: Vou ser direto, número Zero. Sua antiga babá morreu. — Ele mostra um documento com a foto dela. — Ela foi encontrada na casa com ferimentos, cortes profundos na cintura e infelizmente não resistiu. Estou contando porque vocês conviveram por um tempo significativo.
O QUE?! MUITO SENSÍVEL DA PARTE DELE.
Entrei em choque. Precisava absorver aquela notícia. Ela foi assassinada (!). A minha antiga babá se chamava Kate. Ela me levou embora pois não aguentava mais me ver sendo tratada como um experimento mesmo não tendo poderes como os outros, moramos juntas desde os meus 2 até 7 anos de idade. Ela era bondosa, amável, me protegia do mundo, me ensinou tanto...
Quando eu descobri os meus poderes, foi engraçado, eu queria que queria levitar o controle da TV para não precisar levantar. Pensei e foquei tanto que ele veio até mim voando. Bateu no braço dela que estava ao meu lado no sofá. Rimos.
Porém, a cada dia que passava eu não conseguia escondê-los, então Reginald Hargreeves apareceu me levando de volta dizendo que lá onde ele estava me levando, eu iria aprender a controlá-los. Me lembro de ver minha mãe chorando e dizendo "É para o seu bem, nunca irei te esquecer". Eu não queria ir, mas também não queria machucar ninguém.
Sei que aquele treino ficou marcado, mas eu imaginei a dor que ela estava sentindo e queria sentir por ela, para que não sofresse tanto, eu queria ter estado lá para protegê-la. Eu estava sofrendo sozinha e não sabia a quem recorrer. Já havia saído correndo do escritório indo até o porão, me colocando na cúpula que bloqueia parte dos meus poderes para o mundo exterior. Sempre ia lá quando estava prestes a surtar, pois não queria que os outros se machucassem por minha causa.
Me escondo por um bom tempo. Ninguém tinha me procurado. Até que ouço a porta se abrindo. Diego entra e vejo Cinco olhando para mim com um leve e raro sorriso e logo depois fechando a porta.
Dois sorriu ao me ver dizendo que estranhou a demora para treinar com ele. Me explicou que o Cinco havia avisado para ele que eu estava ali. O menino entra na cúpula comigo e senta ao meu lado. Vê que não estou legal e sinaliza para que eu coloque a cabeça no seu colo e assim o faço. Ele fica brincando com o meu cabelo.
Dois: Tem medo dos trovões? — diz brincando e eu não respondo. — Tudo bem, não precisa falar porque está aqui. — então minha ficha cai e eu choro imaginando toda a dor que Kate havia passado, ela não merecia.
Flashback off.
Com as forças restantes, consigo chegar até o porão e me encolho no sofá onde todos estavam antes. Torço para que aquilo passe o mais rápido possível.
Vanya on:
Me assusto com o barulho e as luzes. Vejo meus irmãos indo para fora e sigo.
Lá fora, no céu, vemos o que estava causando tudo aquilo.
Vanya: O que é isso?
Allison: Não chega perto.
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The Umbrella Academy - número Zero
Fanfiction+ 16 (recomendação da série e, consequentemente, da fic por conter cenas de violência, uso de drogas, bebidas alcoólicas, etc) Sou uma garota normal. Como os outros... da Umbrella Academy. Ele havia adotado 7. Ou pelo menos é o que todos p...