12 - O dia que não aconteceu

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     (*nota da autora: Recomendo que assista a série e esse episódio em especial. Porque, técnicamente esse dia não existiu, já que o Cinco chegou e o tempo acompanhou ele voltando para o começo do dia. Não sei se deu para entender, mas é isso : ) Aproveita a leitura!)

...

Maya on:

     Ainda estão discutindo. Mas eu tenho minhas preocupações. Como é possível que tudo acabe em três dias? Onde o Cinco está? Porque eu me lembro de ouvi-lo falar comigo? Será que meu poder está indo contra mim?

Vanya: Oi. — todos param de falar na mesma hora. — O que aconteceu?

Maya: Vanya! Que bom que está bem! Eu já ia te procurar. — Digo abraçando ela que sorri de lado.

Vanya: O que houve? — Ela repete e todos ficam quietos. Até que Allison encontra uma resposta.

Allison: É assunto de família. — Pior resposta possível! Eu sei que o tal de Leonard está ali, mas ela podia ter falado qualquer outra coisa. Como: "Cinco sumiu, de novo!" ou "Cinco tá doido." ou "Só estamos falando sobre o ataque de duas pessoas mascaradas que estavam atrás de Cinco e depois mataram a Patch e depois desmaiaram a Maya com um golpe na cabeça e tentaram usá-la como moeda de troca." Ok, muito pessoal.

Vanya: Assunto de família. Então é claro que não pensaram em me incluir.

Luther: Não... é que...

Vanya: Ah, por favor! Eu não quero interromper.

Maya: Vanya, espera!

Allison: Eu te conto quando estivermos sozinhas.

Vanya: Não, por favor não se incomode. Eu também não vou.

Allison: Vanya, não é justo.

Vanya: Justo? Não tem nada justo sobre ser irmã de vocês. Eu sempre fui deixada de fora de tudo desde que eu me entendo por gente. Eu achava que era culpa do papai, mas agora ele tá morto. Então, vocês são os imbecis.

Maya: Vanya! — vou atrás dela.

     Ouço Leonard falando que esqueceu a jaqueta e vai buscar sozinho. Espero ele passar e sigo para fora. Eu não confio totalmente nas pessoas, principalmente se não sinto uma energia legal, como aconteceu com Eudora. Isso é normal para mim, ouço a pessoa agir ou conversar por um tempinho e sinto se posso ou não confiar. Culpa do Cinco. Desde que ele passou a desconfiar de mim, eu fiquei um pouco mais apreenssiva. Já pensou se eu fosse uma pessoa ruim, como ele achava?! Ou pode ser uma habilidade desenvolvida com a ajuda dos meus poderes. Sei lá.

Maya: Vanya! — Alcanço ela na frente de casa. — Me escuta. Quer conversar? Vivemos coisas parecidas. Eu sei como se sent

Vanya: Não! Você não sabe, Maya. — Ela interrompe. — Você encontrou seus poderes, evoluiu e me abandonou. Você tem a eles, agora! Vai lá com eles. Me deixa em paz! Você não faz ideia o quanto eu sofri. Você não sabe o que é sofrer sozinha!

Maya: Era o papai! Ele não me deixava em paz, era sempre treino e treino. Eu fiquei cinco anos querendo conversar com você antes de ser apresentada a vocês. Cinco longos anos, tudo porque eu tinha poderes que ele não podia controlar. Durante todo esse tempo, você era a que mais ia no escritório dele. Eu queria aparecer pra você, para sermos amigas. Mas ele pedia para me esconder. Eu era PROIBIDA. De te ver! De aparecer pra todos! Eu sei que foi e é difícil pra você e eu estou aqui agora, para o que precisar! Olha: Imagina ser obrigada a trancar a memória das pessoas que mais ama, ficar em coma por 17 anos! E não um coma qualquer. Eu falava com vocês, via todos e ninguém me respondia! Vi todos indo embora! E eu não conseguia seguir. Porque eu estava presa em mim mesma! Então não venha me com essa de que eu não sei o que é sofrer sozinha! — Digo gritando e chorando. Nunca tinha desabafado tanto com alguém. Eu precisava por tudo para fora, mas não deveria. Mas precisava.

The Umbrella Academy -  número ZeroOnde histórias criam vida. Descubra agora