17 - O fim do fim dos tempos

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Cinco on:

     Maya está acordada, aproveito a oportunidade e saio de lá. Klaus me tira do sério. Eu não sou viciado.

     Faço uma bebida e sirvo para mim e para Dolores.

Cinco: O que acha? Conseguimos mesmo? Acha que impedimos o Apocalipse? E agora? — tomo mais um gole da bebida. — Não sei... aceito sugestões.

Maya: Falando com quem? — A menina entra no cômodo e senta no sofá. Olho para ela.

Cinco: Dolores.

Maya: Ah... que ficou com você pelos 30 anos?

Cinco: Sim.

Maya: E onde...? — Eu indico Dolores que está na bancada ao meu lado. — Ela é um...

Cinco: Sim. — Zero concorda um pouco confusa. — Está melhor? — Concorda com a cabeça.

Maya: Obrigada. — assinto e me volto para a bancada. Ficamos em silêncio.

     Alguém bate na porta.

Maya: Quem pode ser? — dou nos ombros.

Cinco: Vou atender. — desço da banqueta e vou abrir a porta.

     Era Hazel.

Hazel: Oi, velho amigo. — Ele estava com uma arma apontada para mim.

Cinco: Você está com a minha irmã? Se não estiver, aceita uma marguerita? — Ele não responde. Só deixo a porta aberta e peço para ele entrar.

     Entramos no cômodo, Maya está deitada e não vê Hazel, está brincando com o cabelo.

Cinco: Veio me matar? — Ela coloca a cabeça por cima do encosto do sofá assustada e olha para o cara à minha frente. Assinto como um sinal de que está tudo certo.

Hazel: Desculpe, velhos hábitos. — Ele guarda a arma. — Eu até entendo o porquê de você se sentir assim.

Cinco: Você atacou a nossa casa, tentou matar a minha família, sequestrou meu irmão...

Maya: Perseguiu o meu irmão, tentou matar nossa família, tentou me matar e usar como moeda de troca. O que quer aqui? — Hazel percebe Maya com o canto do olho. Ela não está nada feliz com aquela presença.

Hazel: Não posso fazer nada sobre o meu passado. Não esqueça que não sou o único matador dessa sala. Tem seu passado sangrento também. Falando nisso, aquele serviço que você fez em Calhoun foi épico. Não acredito que estou aqui, falando com você, depois de tudo.

Cinco: Hazel, por que tá aqui?

Hazel: Bom, eu... — Diego aparece e derruba Hazel. Ele está em busca de vingança pela amiga.

Cinco: Diego, para com isso.

     Maya se senta de novo e olha por cima do encosto do sofá para mim. Dou nos ombros, estou tranquilo, a briga era entre eles.

Cinco: Antes de matar ele, seria bom ouvir o que ele tem pra dizer. — Eles se batem e trocam chutes. Ao distanciar por um momento, Dois pega uma das facas.

Diego: Vou matar ele pelo que fez com a Patch. — Hazel iria argumentar, mas começou a desviar do objeto cortante.

Cinco: Então mata e vê no que vai dar. — Maya arqueia a sobrancelha e eu dou nos ombros novamente. Sem interferir.

     Eles continuam a lutinha particular, Diego acerta a perna de Hazel com uma faca, eu espremo a cara. "Essa deve ter doido" resmungo. Socos e chutes. Hazel abraça Diego, apertando e levantando ele. Mas aí, Dois morda a orelha dele. Dessa vez quem espreme a cara é Maya.

The Umbrella Academy -  número ZeroOnde histórias criam vida. Descubra agora