Maya on (ainda):
... Eu não sei...
Cinco: Existem outros além de mim, seres de outras épocas fragmentados. Afastados das vidas que eles tinham. Eu não sei como chegaram lá. Mas sei que nenhum deles era tão bom quanto eu... — Ele pausa refletindo. — Eles não perceberam, mas eu estava aproveitando para tentar desvendar a equação certa... Pra conseguir voltar. Se eu voltasse, conseguiria impedir o apocalipse, salvar o mundo.
Ele me olha quando coloco a mão sobre seu ombro, sinalizo para que ele continue.
Cinco: Com isso eu rompi o contrato.
Luther vai até uma mesinha e traz um prato com um sanduíche e uma xícara de café na outra mão. Cinco aceita o café, como sempre, me entrega o prato.
Luther: Você era assassino?
Cinco: Era. — Luther suspira, acho que ele ainda tem que lidar com ele fato.
Luther: Mas tinha regras, né?! Não matavam qualquer um.
Cinco: Não tinha nada. Eliminávamos qualquer um que alterasse a linha do tempo.
Luther: E as pessoas inocentes?
Cinco: Era o único jeito que eu tinha pra voltar pra cá.
Luther: Isso é crime. — Aumenta o tom de voz.
Maya: Luther. — O repreendo. Sei que é errado, mas aquela não era a nossa realidade. Nunca duvidei que pessoas assim poderiam existir, até porque não éramos "normais". É difícil, mas compreendo Cinco. As pessoas são capazes a várias coisas por pessoas que amam. Isso não justifica, porém, é verdade. E eu sei bem.
Cinco: Não somos mais crianças!
Maya: Depende do ponto de vista. — tento dar uma brincada, para aliviar o clima. Sinto o olhar de Cinco, aquele do: "Hora errada."
Cinco: Não existe essa coisa de mocinhos e vilões. Existem apenas pessoas levando suas vidas. Mas, quando o mundo acabar, todos vão morrer. Incluindo a nossa família. — Ele suspira. — O tempo muda tudo.
Eu fico pensando sobre tudo. Assimilando. Parece coisa de outro universo.
Luther: Maya. — Acordo e olho para ele prestando atenção, agora. Devo ter me desligado por um momento. A luz do sol está mais forte e entra pela janela. Viramos a noite de novo. Mais um dia normal com os Hargreeves. — Vamos pra casa?
Ainda estou sonolenta. Mas não preciso mais dormir. Luther me entrega uma xícara de café e diz que vai indo. O Cinco queria falar comigo.
...
Chegamos em casa, na verdade, Cinco nos teletransportou. Luther ainda não tinha chego, acho que pegou engarrafamento.
Vou à procura de Klaus, queria saber como ele estava depois de tudo.
Achei ele junto de Cinco.
Cinco: Olha, eu reconheço os sintomas, Klaus.
Maya: Sintomas de quê? — Vou até Klaus e me ajoelho na sua frente. Ele está sentado na ponta da cama com as mãos na cabeça. — Tudo certo? — ele não responde.
Cinco: Atordoado, coceira pelo corpo, uma dor de cabeça que parece que alguém enfiou uma caixa de algodão dentro do seu nariz, até o seu cérebro. Me conta como foi?
Klaus: Sabe os seus amigos? Eles invadiram a minha casa e não conseguiram te achar, aí eles ME levaram de refém.
Cinco: Em troca roubou a maleta deles.
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The Umbrella Academy - número Zero
Fanfiction+ 16 (recomendação da série e, consequentemente, da fic por conter cenas de violência, uso de drogas, bebidas alcoólicas, etc) Sou uma garota normal. Como os outros... da Umbrella Academy. Ele havia adotado 7. Ou pelo menos é o que todos p...