Capítulo 17 - O Inferno

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 PORTA AVIÕES DO NONO CÍRCULO, INFERNO

  Laurel olha pelas pequenas frestas de ar, e consegue ver o majestoso navio, parecido com um porta aviões de guerra, onde é aberto e no topo formando um círculo gigante, com nove estacas presas.
  Ela consegue observar mais daqueles homens, com o corpo completamente queimado, e os rostos, em carne viva, parecendo mais zumbis perambulando, do que seres vivos.
   - O que são eles? - Laurel perguntou para o capitão do container.
   - Eu não sei, só sei que são chamados de "Os Queimados", e adoram esse navio, nada mais do que isso.
  Laurel encarou o rapaz, e acreditou no que o homem disse, talvez ela devesse ter as respostas sozinha.
  Ela saiu de dentro do container, e se prendeu atrás dele. - " Ele entrega um container a eles mais ou menos em um mês, um container expresso, cheio de gente, gente desabrigada, sequestrada pelos "homens do subsolo", como eles chamam, mas esses não são os homens do subsolo, não sei nem dizer se são homens ou mulheres, estão terrivelmente queimados, como se tivessem sido marcados." - Ela pensa enquanto vê lá de cima do navio, um desses homens queimados, acionando uma alavanca, e um guindaste, começou a puxar o container do cargueiro, para dentro do navio, denominado "inferno".
   Laurel depois de puxada junto ao container, se segurava firme, quando o container vai ser colocado dentro do navio, ela pula em uma acrobacia, e cai em cima de uma pilastra, ela consegue ver mais alguns desses homens queimados, perambulando como em uma forma de escolta. ela desce da pilastra, e furtivamente caminha entre eles, pelas frestas, ela consegue contar naquela região no mínimo nove deles, ela se esconde atrás de um container, quando ouve um grunhido.
   - UMA INTRUSA! - Um desses homens grita, mas Laurel, rapidamente corre até ele e acerta um soco no queixo dele, fazendo o homem queimado bater de costas no container, Laurel gruda ele pela roupa e começa a enche-lo de socos, até ele perder a consciência.
  A Canário, retorna aos containers, quando uma flecha é atirada do seu lado, ela olha pra cima, na direção de onde veio a flecha e consegue ver Thea, segurando um arco vermelho.
   - Certa vez, quando éramos mais jovens. - Thea disse encarando Laurel nos olhos. - Você cantou uma canção pra mim, sobre um canarinho com a asa quebrada, ele voou pra longe e nunca mais voltou, você deveria ter ouvido esse conselho, e não ter vindo até aqui.
   - Thea? - Laurel arregalou os olhos. - Você está viva, então significa...Você matou o Ollie...Eu não...Posso... - Laurel disse apertando os dentes de raiva. - Você era uma irmã pra mim também, eu não acredito que você pôde fazer isso, como você pode fazer isso com ele?!!! - Laurel disse com os olhos lacrimejantes, ela deixou os ombros caírem. - Porque matou seu próprio irmão???
   Thea sem pestanejar, vendo o momento de fraqueza de Laurel, atirou uma flecha na perna dela, e quando Laurel se ajoelhou pelo disparo, ela falou em tom de desdém.
   - As más noticias, são: ele ainda não está morto, as boas noticias são: você vai me ajudar a remendar isso... - Ela viu Laurel caindo, muito fraca depois da flecha sonífera, e quando viu ela caída, concluiu. - Assim que você despertar dessa flecha tranquilizante.
   - Muito bem. - Dante se aproximou com a sua bengala, ele toca no ombro de Thea. - Você me parece muito mais promissora, do que o seu pai, criança.

VERDANT

  - Oliver, o que foi que aconteceu? Você está um retalho, falei para não se esforçar tanto! - Felicity ajuda ele a caminhar, vendo ele sangrar, e mancar muito com dificuldade até pra falar.
   - Ele descobriu... - Oliver disse com dificuldade.
   - Quem? Broderick? - Diggle perguntou tocando no ombro dele, e ajudando a colocar ele sentado na cadeira.
  - Lance... - Ele descobriu que eu sou o Arqueiro Verde.
  - Que?? Como? - Felicity quis saber.
  - Eu não sei como, o mais importante é, ele não vai me entregar, pelo menos não ainda.
   - Que foi que conseguiu com Broderick? - Perguntou Diggle.
   - Isso. - Oliver entrega o laptop com dificuldade de erguer a mão e ofegante. - Foi o que eu consegui, o prédio, estava repleto de criaturas, com os corpos queimados, todos com lança-chamas.
  - Posso ver o que eu consigo com isso. - Felicity disse pegando da mão dele. - Enquanto isso, trate de descansar, você já se feriu demais por essa noite, deita!
   - Ela tem razão. - Diggle ajudou ele a tirar o traje e deitar na maca, para descansar um pouco, enquanto Felicity abria o laptop e começava a teclar.

Arqueiro Verde e Canário Negro ( Arrow )Onde histórias criam vida. Descubra agora