♥️ 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟖 ♥️

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𝐀 𝐇𝐈𝐒𝐓𝐎́𝐑𝐈𝐀 𝐒𝐄 𝐑𝐄𝐏𝐄𝐓𝐄

Todos os olhares estavam sobre a ruiva que estava no meio da sala de aula. Ela abriu um sorriso carinhoso para os seus alunos, enchendo o peito de cada um de amor.

— Vamos começar o ensaio da dança da feira regional. – Anne avisou, fazendo com que a turma ficasse mais animada. — A Senhora Lynde irá ensinar a todos vocês a coreografia da dança.

— Nós, adultos, iremos dançar para vocês verem como é a coreografia. – Rachel colocou a mão na cintura. — Ruby, Gilbert e Anne em um lado. Meu marido Thomas, eu e meu filho mais novo do outro.

Anne engoliu a seco, sentindo-se cada vez mais nervosa a cada passo que dava em direção à Gilbert. Nervosa por ter que tocar na mão dele, por ter que dançar aquela música novamente com ele. Seu coração batia descompassado, quase saindo pela a boca.

E quando Rachel mandou, Moody começou a tocar aquela mesma música.

Suas mãos se tocaram, os seus olhos se encontraram, e aquela magia que havia acontecido anos atrás estava ali. Mas, daquela vez, algo estava diferente, mais profundo. A sensação de estar sozinha com ele permanecia, assim como da outra vez. Eles estavam mergulhados na imensidão do olhar um do outro.

Como se fosse as chamas do amor reacendendo.

Como era possível? Se ele não a amava, porque a olhava como se amasse? Sem esconder as pessoas a sua volta? Até apareceu um sorriso bobo nos lábios do dele. Mas porque ele fazia isso com ela? Ela se perguntava durante a danca.

Porque ela o olhava dessa forma? Ela o recusou quando não respondeu a carta. E antes mesmo da carta, no dia das ruínas, ela disse um belo: Não. Porque o olhar com adoração se não sente nada? Ou será que algo mudou? Será que percebeu que ele é o amor da sua vida? Gilbert abriu um sorriso bobo em meio aos pensamentos que corriam livre durante a dança.

Os dois estavam tão envolvidos com aquela música que nem perceberam quando ela acabou. Os adolescentes em volta aplaudiam, e os que dançavam agradeceram com uma reverência.

Anne engoliu a seco, e se virou para os seus alunos um pouco desnorteada.

— Meninos de um lado e meninas de outro. – Rachel mandou, e logo eles fizeram. — Vou separa-los em várias rodas, assim como fizemos aqui.

Após insistir bastante, conseguiu se livrar daquela maldita dança, e agradeceu mentalmente por isso. Assim que a dança estava na mente dos alunos, eles foram liberados para fazerem um lanche. Anne aproveitou e foi para a sala exclusiva para os professores. Ruby, Moody e Gilbert invadiram a sala minutos depois.

— A turma é muito legal. Mas não tanto quanto nós éramos. – Ruby sentou em uma poltrona, com frente a Anne.

— Ela está dizendo sobre o dia das ruínas, em que saiu bêbada de lá. – Moody encostou na poltrona da esposa.

Anne e Gilbert trocaram olhares rápidos. Aquele foi o pior dia para ambos.

— Nossas comemorações eram incríveis.

— Moody diz isso porque não viu a que as meninas faziam sem os meninos. – Ruby e Anne trocaram olhares cúmplices, sorrindo.

— Vocês lembram do jogo da garrafa? – Moody falou empolgado, mas a alegria se dissipou quando Ruby deu um tapa estalado no braço do marido.

Anne colocou a mão em sua barriga, soltando uma gargalhada alta. Enquanto isso, Gilbert não entendia nada.

— Que jogo da garrafa?

𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐋𝐀𝐌𝐄𝐒 𝐎𝐅 𝐋𝐎𝐕𝐄 ─ 𝐒𝐇𝐈𝐑𝐁𝐄𝐑𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora