♥️ 𝐄𝐏𝐈́𝐋𝐎𝐆𝐎 ♥️

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𝐍𝐀𝐓𝐀𝐋

Naquele dia pequenos flocos de neve caiam do céu; Era véspera de Natal.

Ao abrir os olhos, Gilbert olhou para o lado. Ele não encontrou sua esposa, mas encontrando seu filhinho de um ano e poucos meses. O pequeno dormia tranquilamente, na mesma posição que seu pai costuma dormir; de bruços.

Com certa delicadeza, Gilbert passou a mão pelos cachinhos bagunçados do seu filho. O menino soltou um grunhido baixo, e foi abrindo seus olhinhos azuis vagarosamente.

Papai. – O menino murmurou, enquanto coçava seus olhinhos.

— Bom dia, baixinho. – Gilbert se inclinou, dando um beijo na testa do garotinho.

O menino engatinhou até seu pai, subindo em cima do homem, deitando sua cabecinha no peito do mesmo.

Mimir, papai. – O menino murmurou, levantando seus olhinhos azuis para seu pai.

— Meu pequeno, já é manhã.

Não! – O menino voltou a deitar sua cabeça no peito do pai. — Mimir!

— Filho, temos que ajudar a mamãe e a Déli com a ceia de Natal. – Gilbert sentou na cama, segurando seu filho.

Papai... – John levantou o olhar para o mais velho, e fazendo bico pediu: — Mimir!

Quando John deitou sua cabecinha no peito de Gilbert, o moreno levantou da cama com seu pequeno resmungão no colo.

Ao descer as escadas, encontrou Anne e Cordelia na cozinha. A ruiva mais velha estava cortando alguns alimentos na pia, não percebendo a presença dos dois. Enquanto isso, Cordelia estava na mesa, fazendo a massa do jeito que a mãe a ensinou, também não notando a presença dos dois.

— Bom dia, minhas garotas. – Gilbert deu um beijo na testa da sua filha.

— Bom dia, papai. – Cordelia murmurou, logo olhando para seu irmão e abrindo um sorriso. — Bom dia, John.

John resmungou alguma coisa, se agarrando mais ao corpo do seu pai.

— Ele está com sono. – Gilbert disse, dando um beijinho na testa do sonolento John.

Cordelia levantou da cadeira.

— Vem com a Déli – A ruiva pegou seu irmão no colo, e o mesmo deitou a cabeça no ombro da ruivinha. — Déli vai te colocar para dormir mais um pouquinho.

A pequena ruiva logo saiu da cozinha com o pequeno no colo.

— Bom dia, minha esposa. – Gilbert a abraçou por trás, dando um beijo na bochecha da ruiva.

— Bom dia, Gil. – Anne se virou para o marido e abriu um sorriso para o mesmo. — Acordou feliz hoje.

— É véspera de Natal. – Gilbert a girou no ar, fazendo sua esposa gargalhar.

— Teremos o melhor Natal de todos! – Anne deslizou seu dedo pelo maxilar do moreno.

— Tenho certeza que sim, minha Anne. – Gilbert segurou no queixo da ruiva, colando seus lábios em um simples e longo selinho.

Eles iniciaram os preparativos da ceia, e quando chegou a noite, tudo estava pronto para uma linda e especial véspera de Natal. Uma ceia entre piadas, gargalhadas, alegria e paz. Uma noite onde John deu boas risadas, onde Gilbert contou sobre seus natais com seu pai, onde Anne agradeceu por sua família linda.

— Amanhã podemos ir ver o coral na praça de Charlottetown? – Animadamente, Cordelia perguntou, enquanto degustava sua ceia.

— O que acha, John? – Gilbert balançou o pequenino que estava em seu colo, o fazendo bater palminhas, não sabendo o que sua pai estava perguntando, mas apenas concordando.

— Uma excelente ideia! – Anne concordou, abrindo um sorriso animado.

— Então estamos de acordo. Vamos ver o coral na praça de Charlottetown. – Dando um beijo na bochecha do pequeno que estava em seu colo, Gilbert concordou.

Mais tarde, quando John pegou no sono no colo de sua mãe e Cordelia no colo de seu pai, foram colocados em suas camas, recebendo um beijinho de boa noite.

Com a neve caindo do céu, Anne e Gilbert se agasalharam e sentaram na frente da lareira, com a ruiva sentada no colo do moreno.

— Nós temos uma família linda, não é? – Com a cabeça deitada no peito de Gilbert, Anne indagou.

— A mais linda de todas! – Gilbert deu um beijo na ponta do nariz da ruiva, a fazendo abrir um sorrisinho.

— Querido... – Anne segurou no rosto de Gilbert, e olhando em seus olhos voltou a falar. — Eu te amo tanto.

— Eu também te amo, meu amor. – Gilbert aproximou seu rosto do da ruiva, raspando seus lábios nos dela. — Eu te amo muito.

Anne o beijou sem censura alguma, sem reprimir o seu desejo por aquele homem que tanto a ama.

— Eu estou atrasada, Gilbert. – Anne falou de uma vez, sem querer enrolar aquele assunto.

— Atrasada? – Juntou as sobrancelhas. — Atrasada para dormir?

— Concordamos que não queríamos mais bebês, principalmente com o que aconteceu com o John. – Anne abriu um sorriso largo, tentando controlar as lágrimas que se formavam em seus olhos.

— O que quer me dizer com isso? – Gilbert arregalou os olhos, juntando as peças em sua cabeça.

— Mas... – Anne abriu um sorrisinho. — Mas aconteceu.

— A-aconteceu? O que... aconteceu? – Gilbert abria a boca e fechava, sem saber exatamente o que dizer.

— Eu deveria ter sangrado há três semanas! – Uma pequena lágrima desceu pelo rosto da ruiva.

— Oh, Deus! – Gilbert abriu um sorriso. — Nós vamos ter um bebê?

— Sim, nós vamos ter um bebê. – Anne já não conseguia mais controlar as lágrimas, e nem os soluços. — Gilbert, você vai ser papai de novo.

— Eu... nós... nós vamos... Eu vou... Um bebê? – Lágrimas de felicidades desciam pelo rosto do moreno.

Anne abriu a boca para dizer algo, mas antes de qualquer palavra sair da boca da ruiva, Gilbert atacou os lábios da sua esposa.

— Você é a mulher mais linda e perfeita desse mundo. – Dando vários selinhos na ruiva, Gilbert falava entre lágrimas.

— Eu sei, eu sei. – Anne murmurou, abrindo um sorriso em meio às lágrimas

— Agora acredita que é bonita, uhm? – Passando sua mão pelo rosto molhado de Anne, ele indagou.

Anne não respondeu, apenas abriu um sorriso.

— Feliz Natal, querido.

— Feliz Natal, querida.

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𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐋𝐀𝐌𝐄𝐒 𝐎𝐅 𝐋𝐎𝐕𝐄 ─ 𝐒𝐇𝐈𝐑𝐁𝐄𝐑𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora