♥️ 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟗 ♥️

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𝐄𝐔 𝐀 𝐀𝐌𝐎!

Anne respirou fundo, recuperando-se da sua crise de risos de segundos antes.

— Sua filha é uma gracinha. – Moody comentou.

— Muito parecida com você.

— Todos dizem isso. – Anne soltou uma risadinha abafada. — Bom, eu tenho aulas para dar.

Anne passou a mão pela saia, em uma tentativa de arrumar algo que já estava perfeitamente arrumado. A ruiva se despediu dos três e saiu da salinha dos professores, indo dar sua aula.

Enquanto Anne estava com os seus alunos, os três que haviam ficado na sala dos professores, agora, caminhavam pela estrada, indo em direção às suas respectivas casas.

— Jurei que vocês dois iriam se casar – Moody quebrou o silêncio confortável que tinha se instalado entre os três.

— Vocês quem? – Ruby indagou, confusa.

— Gilbert e Anne, óbvio.

— Eu também pensei. – Murmurou, abrindo um sorriso triste para os amigos.

— Como assim? – Ruby soltou do braço de Moody, ficando entre os dois para ouvir mais de perto.

— Eu... – Gilbert respirou fundo, então continuou: — Eu amo a Anne! Sempre amei, e sempre vou amar. Foi por isso que eu não me casei com a Winifred.

— Eu não fazia ideia. – Moody piscou várias vezes, confuso.

— Ela não me ama. – Gilbert engoliu a seco, apertando uma mão na outra.

— Nossa... – Ruby abriu e fechou a boca várias vezes, mas não sabia o que falar.

— Naquele dia nas ruínas eu disse a ela sobre meus planos de se casar com a Winifred, mas eu também disse que era com ela que queria me casar. Anne não correspondeu. Além de que, eu ainda deixei uma carta para ele, onde disse tudo o que eu sentia. Ela não me ama!

— Eu não sabia disso! – Anne cruzou os braços, irritada. — Anne nunca contou nada.

— Pelo jeito, não sou de muita importância para ela.

— Cara, será que ela ainda sente raiva por te-lá chamado de cenoura? – Moody indagou, e Ruby o repreendeu com o olhar.

— Não importa! Além de que, Anne já deixou bem claro que não tem tempo para romances. Agora ela é mãe.

E ele queria ser o pai.

— Oh, Gilbert! Creio que, em parte, possa ser minha culpa. – Ruby suspirou, abaixou o olhar entristecida. — Eu não sabia dos seus sentimentos por ela.

— Porque isso seria sua culpa? Ela não sente o mesmo que eu sinto.

— Ela não podia se apaixonar por você. – Ruby grunhiu. — Eu me sinto tão envergonhada.

— Porque ela não podia se apaixonar por mim?

— Uma coisa de garotas. – Gesticulou, com as feições contraídas em tristeza. — Mas o que importa é, ela não podia chegar perto de você. Fomos tão cruéis com ela!

— Todos a julgavam por ela ter ideias revolucionárias. Ela fazia, e ainda faz a diferença na nossa sociedade. Vários movimentos foram liderados por ela. Anne faz a diferença, ela é a diferença.

— É, meu amigo, você está apaixonado por Anne. – Moody deu tapinhas nas costas de Gilbert.

— Como sabe que Anne não sente o mesmo? – Ruby perguntou, achando aquilo tudo muito confuso. — Você a olhou nos olhos e perguntou se ela sente o mesmo?

𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐋𝐀𝐌𝐄𝐒 𝐎𝐅 𝐋𝐎𝐕𝐄 ─ 𝐒𝐇𝐈𝐑𝐁𝐄𝐑𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora