♥️ 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟒 ♥️

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𝐓𝐄𝐗𝐓𝐎𝐒 𝐄 𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐋𝐄𝐒 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐍𝐃𝐄𝐌

Depois do terrível casamento de Diana, não havia uma pessoa sequer para não comentar sobre aquele dia desastroso. O dia fátidico que a filha dos Barry saiu da igreja correndo. E pior, beijou outro na frente de todos, inclusive, do seu ex- noivo.

Anne estava tão contente que saltitava de alegria. E quanto as profundezas do desespero em que ela se encontrava; Desde que Diana aceitou o pedido de casamento de Fred, e desde que viu novamente Gilbert, não estava mais presente nos dias da ruiva. Nem mesmo o seu coração despedaçado — por seu amor não correspondido estar tão perto — incomodava mais.

Naquela manhã logo cedinho, Anne caminhou até a fazenda dos Blythe/Lacroix com Cordelia ao seu lado. A feira regional iria ser em algumas horas, e Anne e as meninas tinham um bolo para fazer.

Ao chegar na porta, as duas já foram entrando. Não precisava de tanta formalidade na casa de sua antiga professora e alma irmã. Apesar dos acontecimentos com Gilbert, eles ainda eram família.

— Delphi, Anne e Cordelia acabaram de chegar. – Muriel avisou, com o tom de voz um pouco mais alto.

— Estamos indo. – Delphine gritou de dentro de algum cômodo.

— Vocês tem visita?

— Não! – Muriel soltou uma risadinha. — Você sabe como a Delphi é. Aquela menina consegue tudo o que quer fazendo um simples biquinho.

Mesmo não entendendo do que se tratava, Anne assentiu com um leve sorriso nos lábios.

— Como vai a Diana? Ah, Anne, fiquei tão contente ao saber que ela saiu correndo da igreja.

— Imagino que Rachel já deve ter vindo aqui para reclamar.

— Imaginou certo. Ela me contou como acha que isso é uma barbaridade! Uma dama tão bem educada como Diana é, não deveria ter feito tal coisa. E ainda por cima, ter beijado o empregado dos Curthberts na frente de todos.

— Ah Muriel! – Anne gargalhou. — Não imagina as horas que eu fiquei ouvindo o discurso da Rachel. Ela disse que parte disso é minha culpa. Eu forcei a Diana não se casar. Lynde disse que o meu romantismo deveria acabar, pois não tenho idade para ficar suspirando.

— Que ridículo! Desde quando tem que ter idade para pensar em romances?

— Na verdade, eu concordo com ela, Muriel. Eu tenho vinte e quatro anos. Eu tenho uma filha. – Anne olhou para Cordelia. — Tenho que ser o exemplo.

— Não acredito nisso! — Anne encarou Muriel ao ouvir a voz da mais velha levemente alterada — Os seus textos são os melhores que eu já li em toda a minha vida! — As feições de Muriel se suavizaram, e a mulher sentou na frente de Anne. — Ter vinte e quatro anos, e uma filha, não é o maior motivo para desistir, é?

Muriel percebeu que estava certa quando Anne hesitou. Cordelia olhava a cena sem saber exatamente do que estavam falando, mas como aprendeu com sua mãe, não interferiu na conversa de adultos. Muriel iria perguntar novamente, mas duas criaturinhas cheias de flores entraram na cozinha.

— Santo Deus! – Muriel levou a mão até a boca para abafar a risada.

Anne não entendeu nada, até se virar e ver Gilbert e Delphine cheio de flores. Uma coroa na cabeça, e uma cestinha cheia em cada mão.

— Meu Santo Deus! – Anne deixou uma pequena risada sair de seus lábios, mas logo se repreendeu por isso.

— Não riam! – Cordelia repreendeu as duas adultas. — Ficaram incríveis.

𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐋𝐀𝐌𝐄𝐒 𝐎𝐅 𝐋𝐎𝐕𝐄 ─ 𝐒𝐇𝐈𝐑𝐁𝐄𝐑𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora