♥️ 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟒𝟒 ♥️

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𝐏𝐑𝐎𝐌𝐄𝐓𝐎 𝐀𝐌𝐀-𝐋𝐀 𝐄 𝐏𝐑𝐎𝐓𝐄𝐆𝐄-𝐋𝐀

Gilbert se moveu na cama a procura de Anne, no intuito de abraça-la, mas não a encontrou na cama. Seus instintos de marido o fez despertar na hora.

Desde o dia em que a encontrou chorando por ter descoberto que não teria um bebê, Gilbert ficou em alerta para qualquer coisa relacionada a Anne.

Já tinha passado três meses desde que Gilbert contou sobre o bebê. A ruiva, ao invés de repousar, vive ansiosa e muito nervosa, mas nunca diz o porque de estar assim.

Gilbert acendeu o abajur, encontrando Anne sentada na janela, apenas com uma manta a enrolando. A ruiva encarou Gilbert assustada, não esperava que seu marido iria acordar.

— Anne, o que faz acordada essa hora?

— Eu só estou vendo a noite, querido. — Anne abriu um sorriso cansado. —Volte a dormir, pois sei que tem uma cirurgia marcada para amanhã.

— Você também precisa descansar. — Gilbert afastou as cobertas e se levantou da cama.

— E você não precisa acordar todas as vezes que eu acordo. — Anne seguiu o seu marido com o olhar, vendo o corpo nu de Gilbert andando pelo quarto. — Você tem trabalho.

— E você tem um bebezinho dentro de você que precisa que você descanse e recupere as energias. — Gilbert pegou seu roupão, o vestiu e se aproximou de Anne.

— Eu não estou cansada. — Anne disse, contendo um bocejo.

— Não é o que essas olheiras está me dizendo. — Delicadamente, Gilbert pôs  seu dedão na parte de baixo dos olhos  de Anne, fazendo uma leve carícia.

Anne fechou os olhos para poder apreciar a mão de Gilbert deslizando por seu rosto. Anne adorava sentir as mãos fortes e macias de Gilbert na sua pele.

— Conte-me o que te aflige, meu amor.

— Ah Gil, muitas coisas estão na minha cabeça. — Anne deu espaço para que Gilbert sentasse ao seu lado.

— Eu sou seu marido, Anne. — Gilbert a puxou para seu colo, fazendo com que a ruiva deitasse sua cabeça no ombro do moreno. — Conte-me o que se passa nessa sua cabecinha ruiva.

— Ah, é que eu tenho que ajudar Diana com a casa e o enxoval do bebê. Eu tenho que visitar Green Gables para verificar se tudo está bem, e também tenho que ajudar Cole a pegar os seus irmãos.

— Não quero que se sobrecarregue tanto assim, Anne. — Gilbert apoiou a mão até o ventre da ruiva, onde já se podia sentir um pequeno volume. — Lembre-se que tem uma vidinha crescendo aqui dentro. Você não pode pular refeições, e precisa descansar bastante.

— Eu sei, Gil. – Anne soltou um suspiro cansado, e colocou sua mão sobre a de Gilbert. — Mas se eu não os ajudar, terei que explicar o motivo.

— Eu não entendo. — Gilbert se afastou para poder olhar o rosto de Anne. — Porque você não conta para seus amigos sobre o nosso bebê?

Anne desviou o olhar de Gilbert, engolindo a seco, tentando conter as lágrimas que se formavam nos seus olhos.

— O que houve? — Gilbert virou o rosto de Anne para si, encarando seus olhos azuis tristes. — Anne, o que está acontecendo?

— Eu estou com tanto medo. — A voz de Anne saiu trêmula, e, em seguida, lágrimas começaram a rolar por seu rosto.

— Medo? Medo de que?

— Eu tive um pesadelo. — Anne se encolheu no colo de Blythe, abraçando as pernas, na tentativa de proteger seu feto. — Eu tinha sangrando, não iríamos ter um bebê.

— Meu amor, foi só um pesadelo. — Gilbert abraçou Anne, a ouvindo chorar baixinho com o rosto enterrado no seu peito. — Não chore, por favor.

— É inevitável.

— Olha nos meus olhos. — Gilbert segurou no rosto de Anne e enxugou seu rosto. — Você só precisa descansar, manter sua alimentação em ordem, e tudo vai ficar bem.

— Obrigada, Gil. — Anne segurou no rosto do marido e colou seus lábios nos dele.

— Não precisa me agradecer, meu bem. — Gilbert colocou um mecha para trás da orelha de Anne. — Eu sou o seu marido, seu companheiro de vida, sua alma gêmea, e iria protege-la, e estar ao seu lado para todo o sempre.

— Eu te amo tanto! — Anne puxou Gilbert para si, o beijando novamente.

— Eu também te amo, cenourinha. — Gilbert parou de beija-la para dizer, voltando a colar seus lábios logo em seguida.

Quando ar faltou, os dois se separaram. Gilbert começou a admirar sua esposa, se lembrando do início de quando os dois se casaram, quando Anne sempre ficava envergonhada com todos os momentos íntimos dos dois, e agora ela estava ali, sentada no seu colo, acariciando seus cabelos e fazendo linhas imaginárias na pele nua do peito de Gilbert, que estava para fora do roupão.

— O que acha de irmos nos deitar? – Gilbert se inclinou e deu um beijo na bochecha da ruiva.

— Eu não sei se irei conseguir dormir. Apesar de estar cansada, eu não consigo dormir.

— Eu vou te ajudar a relaxar. — Gilbert levantou com Anne em seus braços.

— Seu louco! — Anne exclamou, reprimindo um gritinhos surpreso quando Gilbert se levantou com ela em seus braços.

Gilbert a colocou deitada na cama, retirou a manta da ruiva, apenas a deixando com sua camisola. O moreno tirou seu roupão e deitou ao lado de Anne, a puxando para seus braços.

Gilbert começou a acariciar os cabelos ruivos de Anne, e a cantarolar uma música que seu pai cantava para ele todas as vezes que ele não conseguia dormir, ou quando sentia medo, ou quando sentia falta da sua mãe.

— Que música linda. — Murmurou, quase entrando no seu mundo de sonhos.

— Meu pai cantava para mim quando eu estava muito agitado. — Gilbert falou baixinho, não querendo desperta-la.

Gilbert voltou a cantar, e Anne tentava prestar atenção na letra da música. Era uma linda letra, e misturando com a voz rouca de Gilbert, a dava uma ótima sensação. Anne se sentia igual a uma pena, leve, e que podia flutuar. Quando Anne finalmente chegou no mundo dos sonhos, ela sonhou que estava voando pelo mundo.

Assim que Gilbert ouviu Anne resonando, ele parou de cantar e deu um beijo na testa da ruiva.

— Eu vou te amar e te proteger para todo o sempre, meu amor. Saiba que você é a pessoa mais importante da minha vida. — Sussurrou, ajeitando Anne em seus braços.

E foi nessa noite que Gilbert teve uma ideia brilhante; Ele precisava de um descanso por conta de todo o trabalho pois desde o dia que seu consultório abriu ele só vivia trabalhando, Cordelia também precisava de um descanso por conta das pressões feitas nas semanas atrás, e também tinha Anne que era a que mais precisava relaxar pois vivia fazendo tudo para todos.

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𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐋𝐀𝐌𝐄𝐒 𝐎𝐅 𝐋𝐎𝐕𝐄 ─ 𝐒𝐇𝐈𝐑𝐁𝐄𝐑𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora