♥️ 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟒𝟎 ♥️

656 52 52
                                    

𝐔𝐌𝐀 𝐂𝐀𝐑𝐓𝐀

Gilbert limpou o ferimento do pé da sua esposa que foi provocado por pedaços de vidro do prato que caiu no chão e quebrou.

— Gilbert, como assim Amélia Richards não é quem diz ser? – Anne estava mais preocupada em saber o que tinha naquela carta do que seu pé cortado.

— Deixe-me terminar o curativo que eu te explico, está bem? – Gilbert insistia em verificar o corte do pé de sua esposa, mesmo que o que ele tem para contar é algo que está o deixando nervoso.

Anne não falou nada, apenas deixou o médico fazer um curativo. Enquanto isso, as meninas estavam na cozinha arrumando a mesa para o jantar.

— Quem é Amélia Richards? – Delphine perguntou baixinho para a melhor amiga.

— Eu esqueci de te contar, Delphi, mas a minha mãe de sangue me encontrou e queria que eu fosse embora de Avonlea com ela.

— Você vai embora? – Delphi quase chorou naquele momento, pensando que iria perder a única e melhor amiga que tinha.

— Não, não! Eu jamais poderei ir embora daqui. Avonlea é o meu lugar!

— Pensei que você iria me deixar.

— Eu jamais poderia fazer isso, Delphi. – Cordelia estendeu o mindinho para a amiga. — Nós somos espíritos irmãos, linda princesa encantada.

— Somos espíritos irmãos, magnifica princesa corajosa.

Gilbert e Anne entraram na cozinha, presenciando aquela linda cena das duas amigas.

— Quem está com fome? – Anne tentou animar as meninas para que elas não percebessem o que estava acontecendo.

— Eu! – Cordelia e Delphine falaram em uníssono.

A cozinha já estava arrumada, as quatro pessoas daquela casa estavam com suas barrigas cheias, e resolveram se juntar na sala de estar, antes de finalmente se deitarem.

Anne e Gilbert fingiam ler um livro, pois seus pensamentos não saiam daquela bendita carta. Já as meninas, estavam brincando no chão da sala com as bolinhas que pertenciam a Anne.

— Eu ganhei! – Cordelia comemorou.

— Foi sorte de principiante. – Delphine falou inconformada em perder.

— Todas as cinco vezes?

— Ok, ok! Vamos de novo? – A morena perguntou a ruiva.

— Na verdade já está na hora de crianças irem para a cama. – Gilbert disse, se levantando e fechando o livro que estava em sua mão.

— Sim, sim! Já é hora das pequeninas irem dormir. – Anne também levantou de sua poltrona, fechou seu livro, e guiou as duas meninas até o quarto de Cordelia.

— Eu adoro parar na porta do meu quarto e olhar essa plaquinha com o meu nome. – Cordelia disse, passando seus dedinhos pela peça de madeira que ganhou de seu pai, e entrou no quarto.

— Temos peças iguais, a diferença é que a minha tem o meu nome, e a sua tem o seu. – Delphine imitou o gesto de Cordelia antes de entrar no quarto.

Era como se tocar naquela peça, elas se teletransportavam para um mundo mágico. Todas as noites, Cordelia fazia a mesma coisa ao entrar no quarto: Tocar na placa com o seu nome.

— É realmente uma linda peça. – Anne entrou no quarto, esquecendo de tocar na peça, causando dois olhares indignados vindo das meninas.

— Mamãe, a senhora esqueceu de tocar na plaquinha. Como quer entrar no nosso mundinho mágico se não faz o ritual de maneira correta?

𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐋𝐀𝐌𝐄𝐒 𝐎𝐅 𝐋𝐎𝐕𝐄 ─ 𝐒𝐇𝐈𝐑𝐁𝐄𝐑𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora