𝐔𝐌𝐀 𝐂𝐀𝐑𝐓𝐀
Gilbert limpou o ferimento do pé da sua esposa que foi provocado por pedaços de vidro do prato que caiu no chão e quebrou.
— Gilbert, como assim Amélia Richards não é quem diz ser? – Anne estava mais preocupada em saber o que tinha naquela carta do que seu pé cortado.
— Deixe-me terminar o curativo que eu te explico, está bem? – Gilbert insistia em verificar o corte do pé de sua esposa, mesmo que o que ele tem para contar é algo que está o deixando nervoso.
Anne não falou nada, apenas deixou o médico fazer um curativo. Enquanto isso, as meninas estavam na cozinha arrumando a mesa para o jantar.
— Quem é Amélia Richards? – Delphine perguntou baixinho para a melhor amiga.
— Eu esqueci de te contar, Delphi, mas a minha mãe de sangue me encontrou e queria que eu fosse embora de Avonlea com ela.
— Você vai embora? – Delphi quase chorou naquele momento, pensando que iria perder a única e melhor amiga que tinha.
— Não, não! Eu jamais poderei ir embora daqui. Avonlea é o meu lugar!
— Pensei que você iria me deixar.
— Eu jamais poderia fazer isso, Delphi. – Cordelia estendeu o mindinho para a amiga. — Nós somos espíritos irmãos, linda princesa encantada.
— Somos espíritos irmãos, magnifica princesa corajosa.
Gilbert e Anne entraram na cozinha, presenciando aquela linda cena das duas amigas.
— Quem está com fome? – Anne tentou animar as meninas para que elas não percebessem o que estava acontecendo.
— Eu! – Cordelia e Delphine falaram em uníssono.
A cozinha já estava arrumada, as quatro pessoas daquela casa estavam com suas barrigas cheias, e resolveram se juntar na sala de estar, antes de finalmente se deitarem.
Anne e Gilbert fingiam ler um livro, pois seus pensamentos não saiam daquela bendita carta. Já as meninas, estavam brincando no chão da sala com as bolinhas que pertenciam a Anne.
— Eu ganhei! – Cordelia comemorou.
— Foi sorte de principiante. – Delphine falou inconformada em perder.
— Todas as cinco vezes?
— Ok, ok! Vamos de novo? – A morena perguntou a ruiva.
— Na verdade já está na hora de crianças irem para a cama. – Gilbert disse, se levantando e fechando o livro que estava em sua mão.
— Sim, sim! Já é hora das pequeninas irem dormir. – Anne também levantou de sua poltrona, fechou seu livro, e guiou as duas meninas até o quarto de Cordelia.
— Eu adoro parar na porta do meu quarto e olhar essa plaquinha com o meu nome. – Cordelia disse, passando seus dedinhos pela peça de madeira que ganhou de seu pai, e entrou no quarto.
— Temos peças iguais, a diferença é que a minha tem o meu nome, e a sua tem o seu. – Delphine imitou o gesto de Cordelia antes de entrar no quarto.
Era como se tocar naquela peça, elas se teletransportavam para um mundo mágico. Todas as noites, Cordelia fazia a mesma coisa ao entrar no quarto: Tocar na placa com o seu nome.
— É realmente uma linda peça. – Anne entrou no quarto, esquecendo de tocar na peça, causando dois olhares indignados vindo das meninas.
— Mamãe, a senhora esqueceu de tocar na plaquinha. Como quer entrar no nosso mundinho mágico se não faz o ritual de maneira correta?
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐋𝐀𝐌𝐄𝐒 𝐎𝐅 𝐋𝐎𝐕𝐄 ─ 𝐒𝐇𝐈𝐑𝐁𝐄𝐑𝐓
FanfictionO que aconteceria se Gilbert fosse para Toronto sem saber dos sentimentos de Anne? E se Anne fosse para o Queens sem saber dos sentimentos de Gilbert? A estória se passa depois de um salto temporal em que Anne já está formada e atuando como professo...