Faltavam apenas alguns dias para o jogo contra a Corvinal e Harry estava começando a ficar nervoso de verdade. O time da Grifinória estava apenas ficando pior, uma vez que os outros membros haviam começado a assumir lados ou simplesmente se enchiam da disfuncionalidade de tudo. Harry se perguntava como ele havia deixado as coisas terem chegado a esse ponto, como ele não previu como tudo aconteceria. Não que ele teria ficado com Gina apenas pelo bem do time, mas se ele tivesse considerado as consequências com mais atenção, ele pelo menos estaria mais preparado para quando tudo ruísse.
Ele também percebeu, graças às cartas que recebera de Andrômeda Tonks, que ele também não estava se saindo muito bem no departamento de padrinhos também. De acordo com Andrômeda, Teddy estava sentindo sua falta (apesar de Harry não fazer ideia de como Andrômeda sabia disso, uma vez que seu neto tinha apenas seis meses e nem conseguia falar). Apesar de ter tido, antes do início do ano letivo, que iria tentar visitá-los perto do fim de Setembro, isso não aconteceu. A escola, a vida em geral, se intrometeu no caminho.
Harry queria estar disponível para seu afilhado de todas as formas que conseguisse e, no verão, ele até havia conseguido algum tempo. Apesar de tudo que vinha acontecendo, ele visitava a casinha de Andrômeda e Teddy pelo menos três vezes durante a semana, passando várias horas carregando, alimentando, mudando de roupa e brincando com seu menininho. A pouca atenção que não era dada para Teddy ia para Andrômeda, com quem ele conversava aos poucos, se conhecendo. Já que os dois iriam se tornar duas figuras fixas da vida de Teddy, eles entendiam que precisavam construir uma relação entre eles também.
Harry tinha gostado de verdade daquelas tardes quietas. Elas haviam lhe dado consolo quando o mundo ainda estava de cabeça para baixo e todos estavam em busca de respostas. Às vezes, ele apenas deitava-se no sofá, as bochechas gordinhas de Teddy contra seu peito, enquanto escutava a respiração de seu sobrinho. Ele iria massagear as costas de Teddy para cima e para baixo, carinhosamente, enquanto o resto do mundo caia por si.
Mas retornar para Hogwarts havia mudado tudo. Seus dias eram recheados de estudos, aulas para se assistir e o time de Quadribol que precisava capitanear, o que era fácil de lhe embrulhar dentro das paredes de Hogwarts e simplesmente esquecer do mundo fora de seus muros. Ele então lembrou-se que não tinha visto seu afilhado em quase dois meses. Alguma coisa precisava muito ser feita e ele respondeu a carta de Andromeda o mais rápido possível.
E, como se não tivesse mais nada para se preocupar, ele percebeu que sua atração por um certo sonserino loiro estava apenas crescendo cada vez mais. Desde a noite em que conversaram perto da lareira, encontraram um conforto que ia bem além das estranhezas e tentativas de interações das primeiras duas semanas, que, até ali, estava se tornando algo realmente amigável e pessoal. Harry iria além e descreveria como um flerte, do seu ponto de vista, pelo menos. E quanto mais tempo ele passava com Draco, mais ele se convencia de que o sentimento era mútuo. O rosado das bochechas de Draco, o sorriso em seus lábios e o brilho em seus olhos cinzentos estavam se tornando cada vez mais frequentes.
Malfoy já era uma figurinha carimbada nas fantasias de Harry enquanto ele se masturbava, o que era sua única saída para sentir prazer agora que ele e Gina haviam terminado. Ele nunca tinha estado com um homem antes, não sabia muito bem o que ele queria fazer com Malfoy, muito menos o que Malfoy poderia fazer com ele, mas ele poderia imaginar. Geralmente, imagens de Malfoy pelado e duro, com seus lábios no pescoço de Harry e seus membros grudados eram suficientes para levar Harry ao orgasmo, o primeiro nome de Malfoy quase um sussurro em seus lábios enquanto gozava.
Ele manteve sua atração estritamente secreta, por motivos óbvios. Contar a Rony certamente iria deixá-lo mais bravo e ele também achava que Hermione não iria aceitar muito bem. Uma coisa era ela concordar que ele poderia estar sendo mais civilizado com seu rival. Outra coisa, completamente diferente, era Harry querer dormir com Malfoy.
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Diga meu nome - DRARRY
FanfictionApós a guerra contra Voldemort, Harry e seus amigos estão de volta à Hogwarts. Uma noite, porém, Harry testemunha algo inesperado no banho dos meninos do 8º ano e começa a ver Draco Malfoy sob uma nova luz. A questão agora é: o que ele vai fazer a r...