7. Lições de pai

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Harry acordou na manhã de Halloween com imagens de Draco ainda persistentes em sua imaginação. Sonhos com o sonserino aconteciam quase todos as noites, mesmo que, surpreendente, eles haviam deixado o departamento de sonhos sexuais. Ao invés disso, Draco estava simplesmente presente, como uma sombra, um familiar ou uma parte do próprio Harry.

Harry agradeceu mentalmente ao lembrar-se, logo depois de acordar, que era Halloween, o que significava que Andrômeda e Teddy estariam fazendo uma visita a Hogwarts naquela mesma tarde. Se passasse um tempo juntinho ao seu afilhado e conversando amigavelmente com Andrômeda não o deixasse sentindo-se melhor, Harry sentia que nada mais conseguiria.

No caminho para o café da manhã, encontrou Hermione logo na sala comunal. Ela o olhou dos pés à cabeça, algo que vinha fazendo pela última semana inteira, deixando claro que: - Você está alegre essa manhã.

- Teddy e Andrômeda estão vindo hoje! - Harry disse. - Eu não comentei?

O olhar cabisbaixo de Hermione deixou claro que ela havia se esquecido. - Eu não tinha me ligado que era hoje. Rony e eu estávamos indo para um encontro em Hogsmeade essa tarde, já que vai estar tudo decorado para o feriado. Eu deveria cancelar? Eu vou amar ver o Teddy.

- Não, não cancele. Eles vão vir perto do almoço, então você vai poder vê-lo um pouquinho.

Hermione concordou com a cabeça. - Bom. Eu não sei também se o Rony ficaria muito feliz se eu mudasse nossos planos. Já faz tempo que ele está querendo passar um tempo sozinho comigo.

Harry sorriu incrédulo para ela. - Vocês já não passam tempo suficiente sozinhos? Vocês praticamente passam todas as noites juntos.

- Sim, bem... isso é diferente. Nós ficamos... você sabe... - o rosto de Hermione ficou vermelho e o sorriso de Harry cresceu.

- Não precisa dizer mais nada - ele disse, balançando a mão em frente ao rosto. - Você sabe muito bem que eu não quero saber dos detalhes.

Existe um acordo entre Harry e seus amigos quanto ao seu relacionamento; eles poderiam conversar abertamente com ele em relação a problemas emocionais, mas o sexo estava completamente fora dos limites. Já era estranho o suficiente vê-los por aí se beijando ou dando as mãos.

- Você está indo para o café da manhã? - ele perguntou.

- Na verdade, eu estava me perguntando se você não quer dar uma caminhada - Hermione perguntou, olhando cuidadosamente para Harry.

- Alguma razão em particular?

- Bom, mesmo que você esteja bastante feliz hoje, eu percebi que você tem estado um pouco desligado ultimamente. E você está passando muito tempo, muito tempo mesmo, com Malfoy, sem contar que eu acabei percebendo algumas coisas...

- Certo - Harry a cortou, odiando como a sua amiga conseguia ser tão perceptiva daquele jeito. - Só não vamos falar sobre isso aqui.

Agradecida, Hermione seguiu Harry para fora da porta atrás do quadro. No Grande Salão, pegaram sucos e alguns bolinhos no caminho para o pátio, em direção ao lago.

- Você e Malfoy parecem estar se dando bem - Hermione disse sem preâmbulos, assim que eles estavam longe de qualquer outro aluno que pudesse lhes escutar.

Harry tinha acabado de morder um pedaço de seu bolinho e usou isso como uma desculpa para pensar no que responder. Hermione o esperou pacientemente.

- Acho que é seguro dizer que eu o considero um amigo - ele disse, por fim.

- Hmm - Hermione deu uma mordiscada na ponta de seu bolinho, pensativa. - Eu preciso admitir que não esperava por isso.

Isso não é nada, Harry pensou, comparado com o que aconteceu de verdade.

Diga meu nome - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora