10. Garota do coração partido

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— Você tem certeza de que não quer se juntar a nós na Toca hoje à noite, Harry? — Hermione perguntou, enquanto ela, Harry, Rony e Draco caminhavam para fora dos pátios de Hogwarts em direção a Hogsmeade, onde eles conseguiriam aparatar para suas respectivas casas.

— Eu tenho coisas para cuidar no Largo Grimmauld — Harry disse. Ele já tinha explicado isso a Rony e Hermione duas vezes, mas eles não pareciam entender. — Eu tenho presentes para embalar...

— Você facilmente conseguiria fazer isso na Toca, cara — Rony interveio.

— Com a metade do Clã dos Weasley espiando o que eu comprei para eles? Difícil — Harry respondeu com um sorriso. — Além disso, eu quero ver como a renovação está indo e ter certeza de que Monstro está bem.

Seus amigos estavam confusos sobre ele querer passar uma noite no Largo Grimmauld No. 12 sozinho antes de juntar-se a eles para o Natal. Ele não sabia exatamente por que, mas eles pensavam que isso iria aborrecê-lo. Harry não tinha ideia de como explicar a eles que seria o completo oposto. Desde que ele havia decidido transformar o Largo Grimmauld em uma casa permanente para si mesmo, ele sentiu uma paz interior. Ele tinha planos em transformar aquela casa suja e escura casa em alguma coisa boa, alguma coisa que Sirius iria apreciar. Ele gostava da ideia e queria vê-la em prática.

Eles chegaram a Hogsmeade sem mais nenhuma reclamação de Rony ou Hermione. Eles tiraram suas varinhas, preparando-se para desaparatar.

— Nós te vemos amanhã, então — Rony disse.

— Sim, vejo vocês amanhã — Harry disse e em um pop seus dois amigos desapareceram. Harry virou-se para Draco, que ficara quieto pela maior parte da caminhada. — Você está bem?

Draco encolheu os ombros. — Eu costumava ficar ansioso pelo feriado. Nós íamos para os vários tipos de festas, refeições luxuosas e recepções para vários visitantes. Nós ainda temos as refeições, sem dúvida, mas está sendo só mamãe e eu... — ele suspirou e então olhou para Harry, sua expressão melancólica mas seus olhos repletos de calor. — Vai ser melhor quando você estiver lá.

— Eu estarei lá antes que você perceba — Harry disse, pegando sua mão.

— Eu acho que isso vai ser impossível — Draco disse. — Mas eu aceito.

Não era o plano original de Harry passar metade do feriado na Mansão Malfoy. Mas logo no início do mês Draco finalmente tinha reunido coragem suficiente para lhe perguntar, citando um desejo por parte de Narcisa em conhecer Harry "oficialmente". Draco vinha sendo tão adoravelmente recatado sobre tudo o que vinha acontecendo que Harry aceitou de cara o convite.

Não levou muito trabalho refazer os planos. Ele ficaria na Toca pela primeira semana inteira, passando tanto a véspera quanto a manhã de Natal antes de ir para a Mansão na mesma tarde. Então ele passaria o resto do feriado com Draco. Ele estava bastante ansioso para esse momento, por razões mais do que óbvias. Ele tinha um sentimento de que o Natal dos Weasley seria tão agitado, com todos os irmãos Weasley e convidados que se juntariam a eles, quanto triste, uma vez que seria o primeiro Natal sem Fred. Harry pensou que depois de uma semana ele já estaria pronto para fugir para uma mansão quieta e aproveitar abundantes sessões de beijos. Seria o alívio e descanso perfeito.

— Se você ficar entediado, escreva para mim — Harry disse. — Eu vou querer saber de ti, de qualquer jeito.

— Nós somos um pouco patéticos, não somos? — Draco disse, rindo. — Nós só vamos ficar uma semana separados.

Essa não era a primeira vez na última semana em que Harry era lembrado da limitada experiência de Draco com relacionamentos e o sentimento de se estar em um. Ele nunca sabia se, naqueles momentos, seria melhor explicar para Draco que o apego não era sinal de fraqueza e de que o desejo que ele estava sentindo era natural no início de um relacionamento e que o mesmo iria se acalmar com o tempo. Mas a última coisa que ele queria era parecer condescendente.

Diga meu nome - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora