16. Formação

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Harry não sabia o que ele queria mostrar primeiro a Draco quando eles chegaram ao Largo Grimmauld, Número 12. Certamente havia bastante para ele ver no primeiro andar completamente reformado, mas também havia toda a herança de família que havia sido comprovada segura e que estava esperando em sua vitrine, além do mural da Família Black na sala de estar.

E então havia o seu quarto, o qual, francamente, ele não teria problema algum em visitar primeiro. Tinha sido uma semana ocupada de provas, sem nenhum deles tendo muito tempo ou energia para sua própria diversão. Harry estava sentindo a abstinência com toda força.

Mas pelo jeito que Draco estava olhando ao redor, perambulando em direção a sala de jantar, estava claro que ele queria conhecer a casa e Harry colocou seu líbido necessitado de lado por um momento, para que ele pudesse lhe mostrar os cômodos.

— Está ótimo, Harry — Draco disse, correndo seus dedos levemente pela parede do corredor e a cama de tinta azul recém colocada. — Eu vim aqui apenas algumas vezes, quando criança. Eu não lembro muito, tirando a parte de ser escuro e de me dar medo.

— Sim, eu acho que todo mundo tinha essa impressão.

— Uma mudança e tanto. Mas manteve algumas coisas — ele apontou para o elegante lustre de ferro forjado, em formato de aranha, pendurado acima da mesa de jantar. — Esse é um original Black. Tem de ser.

Harry encolheu os ombros. — Eu gostei de algumas coisas — ele disse, simplesmente. O lustre era um pouco arrepiante quando as paredes estavam pintadas de preto e cobertas de teias de aranhas, mas, agora, com as paredes mais claras e os novos móveis, ele parecia bastante moderno.

Eles entraram na cozinha e Draco assobiou, impressionado. — Tão brilhante — ele disse. — É assim que todas as cozinhas trouxas se parecem?

— As novas e mais chiques, sim — disse Harry. — As antigas se parecem mais como cozinhas bruxas. Mas os trouxas têm alguns aparelhos extras, já que eles não tem feitiços de preservação e limpeza.

Draco abriu a porta da geladeira de aço inoxidável. — Eu já ouvi falar disso. É uma caixa gigante que mantém as coisas geladas.

— Sim — disse Harry. — É chamado de refrigerador. Ou geladeira, mais fácil.

Draco concordou e então apontou para o pequeno aparelho instalado acima de um dos fornos. — E o que é isso?

— Micro-ondas. Esquenta as coisas rápido. Até mais rápido que feitiços de calor.

— Impossível — disse Draco.

Harry riu. — Sabe, se você fizesse uma disciplina de Estudos dos Trouxas, você já saberia de tudo isso.

Draco o olhou com um olhar de "não seja idiota" e caminhou em direção ao micro-ondas, começando a apertar vários botões aleatoriamente.

— É mais se você colocar alguma coisa dentro antes — disse Harry, vindo por trás dele e pressionando o botão de "cancelar" rapidamente, enquanto o micro-ondas tomava vida. — Eu te mostro depois.

Preocupado por Draco começar a apertar qualquer botão que achasse e acidentalmente ligasse a lava-louça, Harry o guiou para fora da cozinha e em direção a sala de estar.

— Eu queria dar uma olhada no progresso do mural — disse Harry.

— Olha, eu estou aqui — disse Draco, apontando para o seu retratado, aninhado logo abaixo dos de Lúcio e Narcisa.

— Sim, eu sei.

— E você também.

Harry paralisou. — Não é possível — ele seguiu a trajetória que o dedo de Draco estava fazendo e, com um espasmo de surpresa, o seu namorado estava certo. Havia mesmo um retrato dele, onde antes não tinha nada. Estava ligada ao retrato de Sirius por uma linha dourada.

Diga meu nome - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora