17. Tristeza

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Duas coisas significantes chegaram para Harry na manhã de segunda-feira depois que eles retornaram para Hogwarts. A primeira era uma cópia de O Farol, o jornal onde havia sido publicado o artigo que Jalil Safar havia escrito sobre Harry e Draco. Harry começou a ler imediatamente, um pouco nervoso com o que iria ver.

Não que a entrevista não tenha ido bem. Ela aconteceu no Largo Grimmauld, por sugestão de Draco. Ele acreditava que Safar ficaria feliz em poder entrar no "santuário", o que poderia ser favorável para eles. E, como todas as outras coisas que Harry vinha aprendendo, Draco estava certo. Safar chegou com os olhos arregalados, nada além de encantando por estar tendo uma oportunidade dessas. Isso quase deixou Harry um pouco nervoso em o repórter ser muito fácil com eles, deixando o artigo parecido como uma coisa fofinha, diferente do que Harry queria que fosse, que era uma conversa inicial sobre o problema da legislação anti puro-sangue.

Felizmente, Safar era tão competente quanto gracioso, fazendo perguntas investigativas e perspicazes, não só sobre o Ato de Heranças, mas também sobre a jornada de Harry em seu ano final em Hogwarts, assim como também de seu relacionamento com Draco. Os dois bruxos estavam esperando por isso. Eles sabiam que fazendo a entrevista entre os dois, essas questões estavam sujeitas a aparecer.

— Talvez elas devessem mesmo — Draco havia dito. — A imprensa vem cobrindo as nossas aparições públicas, mas nada substancial sobre o nosso relacionamento de verdade. Talvez seja a hora das pessoas verem o que nós realmente somos. Talvez eles aceitem mais, se eles verem por dentro.

Harry estava dividido com esse assunto. Compartilhar seus sentimentos pessoais com um jornalista, ia contra o seu próprio instinto. Mas Safar nunca levava as questões para assuntos mais inapropriados e Harry conseguiu relaxar depois de um tempo, aceitando que revelar um pouco sobre seu relacionamento com Draco poderia ser uma coisa boa, nas circunstâncias certas.

Eles até haviam permitido Safar trazer uma fotógrafa, que pelo menos não fez com que eles posassem para alguns cliques. Ela apenas tirou algumas fotos deles durante a entrevista, pairando ao fundo e fácil de ser ignorada rapidamente.

Seus olhos caíram sobre uma dessas fotos, uma de Harry conversando animadamente com suas mãos, enquanto Draco o observava com um sorrisinho, parecendo tão confortável quanto pudesse. Havia uma logo depois de Harry rindo de uma piadinha inteligente que Draco havia feito. Havia uma legenda logo abaixo dessa foto: "As brincadeiras charmosas e rápidas de Potter e Malfoy apenas mostram o quão bem eles se dão bem".

— Hm — disse Harry.

— O que está escrito? — Draco perguntou, inclinando-se para ler por cima do ombro de Harry.

— Aparentemente as nossas brincadeiras são "charmosas".

— Claro que são — disse Draco. Ele olhou para as fotos. — Nós estamos muito bem nelas. O seu cabelo estava até cooperando.

— Porque eu deixei ele crescer assim — ele balançou seus cabelos, demonstrando seu ponto. Estava bem grande, na verdade. — Ele fica mais ajeitado assim.

— Eu sei, é por isso que eu gosto — disse Draco.

Harry revirou os olhos. — Eu estava pensando em cortar ele logo, na verdade.

Draco resmungou. — Não corta muito. Eu gosto assim, mesmo. Você parece um roqueiro. Um bem limpo, mas assim é bem melhor.

Harry riu. Sim, ele duvidava muito que Draco ficaria feliz se ele começasse a usar um visual mais "grunge" para combinar com seu cabelo. O sonserino valorizava uma boa higiene acima de tudo.

— Aqui — ele disse, entregando o jornal para Draco. — Olhe você mesmo. Eu acho que está bom. Ele capturou o básico do meu argumento sobre o Ato de Heranças, o que é bom, e ele foi muito gentil com a gente, apesar de tudo. O melhor que poderíamos ter esperado, eu acho.

Diga meu nome - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora