Haviam alguns poucos momentos em sua vida onde Harry havia se sentindo verdadeiramente contente, mas esse estava se tornando em um deles. Com a tranquilidade do lago diante dele e o conforto sólido de Draco ao seu lado, ele pensou que não poderia ficar melhor.
Infelizmente, haviam algumas necessidades mesquinhas no mundo como a de alimentar-se e Harry havia essencialmente pulado o café da manhã. Enquanto o resto de si estava bastante feliz em ficar exatamente onde ele estava, seu estômago estava turbulento em protesto.
- Merda - Harry disse com um suspiro. - Eu estou faminto.
Draco riu ao seu lado. - Felizmente isso é algo que pode ser facilmente remediado. É quase hora do almoço, de qualquer jeito.
- Eu não quero voltar para o castelo - Harry disse. - Eu não posso encarar isso agora.
- Tudo bem...
- Eu acho que poderia chamar Winky e pedir que ela nos trouxesse alguma coisa. Eu acho que a magia dela se expande para todo o terreno.
- Winky?
- Ela é um elfo doméstico que trabalha aqui. Às vezes eu a chamo diretamente se preciso de alguma coisa.
- Só você para conhecer os elfos domésticos de Hogwarts por nome.
- Ela é uma velha amiga - Harry disse, não querendo entrar na história ou corrigi-lo, dizendo que, na verdade, era Hermione que sabia todos os nomes dos elfos domésticos. - Eu posso pedir o almoço, então?
Draco contorceu o nariz. - Eu não gosto da ideia de comer aqui, quase não é um lugar para um piquenique. Vamos para Hogsmeade.
- Eu não tenho nenhum dinheiro aqui comigo. Ou uma jaqueta. E eu não quero ir para o castelo para buscar isso.
Draco revirou os olhos. - E aqui estou eu, achando que você era um bruxo que poderia fazer magia. Que idiota eu.
- Oh, certo - Harry disse, sentindo-se idiota. Ele levantou sua varinha e convocou o que precisava.
- Sabe, você é bem patético quando está com fome.
- Ah, cala a boca. Eu já estou acostumado com a fome, na verdade. Os Dursley costumavam usar a privação de comida como uma punição quando eles pensavam que eu havia feito algo ruim, o que acontecia quase sempre.
Isso calou Draco, mas Harry imediatamente sentiu-se culpado por trazer esse assunto. Não era culpa de Draco que ele havia tido uma péssima infância.
Sua jaqueta e seu dinheiro chegaram rapidamente. Ele encolheu sua mochila e a enfiou em seu bolso e então vestiu-se com a jaqueta. Era a sua favorita: couro preto e forro acolchoado que o servia perfeitamente. Ele havia comprado antes de ter ido a Hogwarts e era o primeiro item de vestuário que ele já tinha se permitido gastar dinheiro em toda a sua vida. Pelo jeito que Draco lhe olhava, ele sabia que o dinheiro havia sido bem gasto.
- Você gosta da jaqueta que eu peguei? - ele provocou, levantando uma sobrancelha em sua melhor imitação do sonserino.
As bochechas de Draco ficaram rosas, mas ele sorriu e levantou suas mãos, levantando a gola da jaqueta para cima. - Vista assim e você poderia ser o James Dean.
Harry riu. - Como você sabe quem é James Dean?
- Eu te disse antes, eu tenho alguma experiência com a cultura trouxa. Eu já vi alguns de seus filmes. Ele era bem sexy, eu não consegui resistir.
Harry balançou sua cabeça, desacreditando. Parte de si queria aproveitar o elogio, mas era um pouco demais. - Bem, ele era loiro, não era? Você já deixou claro que eu não posso usar o cabelo desse jeito.
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Diga meu nome - DRARRY
FanfictionApós a guerra contra Voldemort, Harry e seus amigos estão de volta à Hogwarts. Uma noite, porém, Harry testemunha algo inesperado no banho dos meninos do 8º ano e começa a ver Draco Malfoy sob uma nova luz. A questão agora é: o que ele vai fazer a r...