8. Sobrevivente

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Haviam alguns poucos momentos em sua vida onde Harry havia se sentindo verdadeiramente contente, mas esse estava se tornando em um deles. Com a tranquilidade do lago diante dele e o conforto sólido de Draco ao seu lado, ele pensou que não poderia ficar melhor.

Infelizmente, haviam algumas necessidades mesquinhas no mundo como a de alimentar-se e Harry havia essencialmente pulado o café da manhã. Enquanto o resto de si estava bastante feliz em ficar exatamente onde ele estava, seu estômago estava turbulento em protesto.

- Merda - Harry disse com um suspiro. - Eu estou faminto.

Draco riu ao seu lado. - Felizmente isso é algo que pode ser facilmente remediado. É quase hora do almoço, de qualquer jeito.

- Eu não quero voltar para o castelo - Harry disse. - Eu não posso encarar isso agora.

- Tudo bem...

- Eu acho que poderia chamar Winky e pedir que ela nos trouxesse alguma coisa. Eu acho que a magia dela se expande para todo o terreno.

- Winky?

- Ela é um elfo doméstico que trabalha aqui. Às vezes eu a chamo diretamente se preciso de alguma coisa.

- Só você para conhecer os elfos domésticos de Hogwarts por nome.

- Ela é uma velha amiga - Harry disse, não querendo entrar na história ou corrigi-lo, dizendo que, na verdade, era Hermione que sabia todos os nomes dos elfos domésticos. - Eu posso pedir o almoço, então?

Draco contorceu o nariz. - Eu não gosto da ideia de comer aqui, quase não é um lugar para um piquenique. Vamos para Hogsmeade.

- Eu não tenho nenhum dinheiro aqui comigo. Ou uma jaqueta. E eu não quero ir para o castelo para buscar isso.

Draco revirou os olhos. - E aqui estou eu, achando que você era um bruxo que poderia fazer magia. Que idiota eu.

- Oh, certo - Harry disse, sentindo-se idiota. Ele levantou sua varinha e convocou o que precisava.

- Sabe, você é bem patético quando está com fome.

- Ah, cala a boca. Eu já estou acostumado com a fome, na verdade. Os Dursley costumavam usar a privação de comida como uma punição quando eles pensavam que eu havia feito algo ruim, o que acontecia quase sempre.

Isso calou Draco, mas Harry imediatamente sentiu-se culpado por trazer esse assunto. Não era culpa de Draco que ele havia tido uma péssima infância.

Sua jaqueta e seu dinheiro chegaram rapidamente. Ele encolheu sua mochila e a enfiou em seu bolso e então vestiu-se com a jaqueta. Era a sua favorita: couro preto e forro acolchoado que o servia perfeitamente. Ele havia comprado antes de ter ido a Hogwarts e era o primeiro item de vestuário que ele já tinha se permitido gastar dinheiro em toda a sua vida. Pelo jeito que Draco lhe olhava, ele sabia que o dinheiro havia sido bem gasto.

- Você gosta da jaqueta que eu peguei? - ele provocou, levantando uma sobrancelha em sua melhor imitação do sonserino.

As bochechas de Draco ficaram rosas, mas ele sorriu e levantou suas mãos, levantando a gola da jaqueta para cima. - Vista assim e você poderia ser o James Dean.

Harry riu. - Como você sabe quem é James Dean?

- Eu te disse antes, eu tenho alguma experiência com a cultura trouxa. Eu já vi alguns de seus filmes. Ele era bem sexy, eu não consegui resistir.

Harry balançou sua cabeça, desacreditando. Parte de si queria aproveitar o elogio, mas era um pouco demais. - Bem, ele era loiro, não era? Você já deixou claro que eu não posso usar o cabelo desse jeito.

Diga meu nome - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora