11. Amor em primeiro lugar

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Quando os olhos de Harry se abriram na manhã de Natal, ele não tinha ideia do que poderia tê-lo acordado tão cedo. A casa estava estranhamente quieta e Harry imaginou que as culpadas fossem as festividades da noite passada. Ele se perguntou se seria o único a não passar a manhã de Natal de ressaca; felizmente, eles tinham um remédio para isso, apesar de duvidar que teria suficiente para todos. Ele riu ao imaginar os Weasley brigando, naquele ritmo lento de uma pessoa de ressaca, pelo suprimento.

Harry estava agradecido por ter terminado a noite dono de seu próprio corpo, considerando o que havia acontecido com Gina. Ele se arrepiou ao pensar em como as coisas aconteceriam se ele estivesse fora de si com o vinho élfico. Ele não achava que, mesmo sob influência do álcool, ele a desejaria, mas ele tinha certeza de que não teria sido capaz de se defender dos avanços da garota com tanta facilidade.

Ele havia prometido não contar para ninguém e estava feliz em manter aquela promessa quanto aos Weasley. Esconder de Draco, por outro lado, parecia um pouco mais complicado. Esse era o tipo de coisa que você supostamente deve contar a seu companheiro, certo, mesmo que você tenha prometido que não iria contar? Porque mesmo que nada tenha acontecido, o ato de não contar fazia disso uma espécie de segredo. E isso é ruim, certo?

Ou apenas iria deixar Draco mais bravo? Isso o faria injustificadamente ciumento ou desconfiado? Não era como se Draco precisasse de mais uma razão para não gostar de Gina.

Ele desejou poder contar o conselho de Hermione. Ela teria uma boa resposta. Mas ele não poderia falar. Ele sentiu uma onda de raiva contra Gina por colocá-lo nessa posição, para começo de conversa. No que ela estava pensando?

Ela não estava pensando.

Harry soltou um suspiro e então levantou da cama. Ele teria que decidir isso tudo depois, depois das festas, depois de finalmente encontrar Draco novamente e ficar com ele mais algumas vezes. Talvez isso o deixasse com a mente menos confusa.

Ele se vestiu rapidamente para não atrapalhar Ron, que estava enrolado nos cobertores de sua cama, roncando suavemente. Ele desceu cautelosamente as escadas, tentando evitar os degraus que rangiam, e caminhou em direção a cozinha.

Molly era a única Weasley que havia ganhado dele. Ela estava trabalhando silenciosamente, assando pão e preparando salsichas e ovos suficientes para alimentar um batalhão. Ela olhou para Harry quando ele entrou.

— Bom dia, Harry, querido. Você dormiu bem?

— Dormi — Harry disse. — E eu acho que vou me sentir melhor do que a maior parte do pessoal essa amanhã.

Molly riu, mesmo que um pouco forçado.

— É, eu ouso dizer que a maioria de nós jogou tudo pros ares, não jogamos?

Harry não conseguia não perceber a melancolia em sua voz e, quando se aproximou, ele percebeu que seus olhos estavam vermelhos e brilhantes. Ele sabia que ela deveria estar pensando em Fred.

— O que eu posso fazer? — ele perguntou.

— Está tudo sobre controle aqui.

— Eu não me importo em ajudar — ele disse. — Mesmo.

— Você poderia... apenas conversar comigo? Qualquer coisa. Eu aproveito a companhia.

Harry sorriu para ela. — É claro.

Eventualmente os outros Weasley começaram a levantar. Alguns, como Arthur e Charlie, pareciam sequer ter bebido e outros, como Jorge, pareciam não ter dormido um só minuto. Todos eles juntaram-se a Harry na mesa, pegando o fio de sua conversa com Molly, mesmo que cada um estivesse em uma energia diferente: George, por exemplo, não disse quase nada, encarando sua xícara de chá e ocasionalmente esfregando seus olhos inchados. Quando Gina finalmente levantou, ela evitou o olhar de Harry e sentou-se ao fim da mesa,

Diga meu nome - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora