12. Em frente

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Harry acordou envolto ao calor de um corpo quente. Era um sentimento que ele estava começando a se acostumar, depois de passar todas as noites dormindo com Draco por uma semana. Apesar de ser o tipo grudento quando acordado, o sonserino parecia ser atraído implacavelmente por Harry quando dormia. Quando ele e Draco dormiam juntos, Harry não se encontrava meramente grudado ao namorado, mas completamente enrolado a ele, quando a manhã chegava.

Ele sorriu e beijou a testa de Draco. O loiro gemeu, indicando que estava, pelo menos, parcialmente acordado e nada feliz por isso. Harry riu baixinho.

— Que horas são? — Draco perguntou, sua voz arrastada e de alguma forma abafada pelo ombro de Harry.

Harry olhou para o relógio. — Quase 7:30.

Draco gemeu de novo e rolou para longe de Harry, colocando sua mão sobre o rosto antes de se espreguiçar. — Minha mãe nos quer no café às nove.

— Excelente — disse Harry, alcançando Draco e tentando puxá-lo para mais perto de novo. — Isso nos deixa com bastante tempo para se divertir.

Mas Draco não se mexeu.

— Você é muito insaciável. Me dê um momento para acordar.

Harry resmungou. — Insaciável... quem está falando.

Ele viu o breve sorriso no rosto de Draco.

— Talvez. Mas eu não sou uma pessoa matinal como vocễ — disse Draco, ainda de olhos fechados, como se tentasse ao máximo prolongar a hora de levantar.

— Algo que me deixou em choque ao descobrir — Harry disse, se apoiando por um cotovelo enquanto sua mão atravessava leve, mas deliberadamente, pelo abdômen nu de Draco, esperando que isso o deixasse com vontade. Era a última manhã dos dois juntos na mansão e ele queria fazer valer a pena.

— Por quê? — o loiro perguntou, abrindo um dos olhos levemente para olhar Harry.

— Porque você sempre parece impecável pelas manhãs. Eu achei que você levava horas para ficar pronto.

Draco sorriu. — Os Malfoy aprendem seus feitiços de beleza cedo. Eu sou um mestre.

— Bem, eu sei disso agora — Harry disse. Ele nunca parava de se maravilhar com o quão rápido Draco conseguia ir de desgrenhado a perfeitamente arrumado com um mexer de sua varinha.

— Você, por outro lado, parece que nunca aprendeu nada.

— Isso porque eu não aprendi mesmo — disse Harry. — Eu faço tudo com as mãos.

— O que quer dizer: você levanta da cama e espera que fique bem.

— Tente você deixar esse cabelo arrumado. Ele é indomável.

— Eu tenho certeza que conseguiria.

— Eu tenho certeza que não — Harry se aproximou, de forma que rosto estava apenas a alguns centímetros do de Draco. — E sabe uma coisa? Eu acho que você secretamente gosta dele assim.

— Pelo contrário. Ele me deixa louco. Eu tenho vergonha de ser visto com você em público, na verdade.

— Ah, é mesmo?

— Uhum. Você parece a porra de um selvagem. Um bruto total!

— Um bruto! Que vergonha da sua parte.

— É mesmo. Você é um rebelde antisocial e eu não quero ter nada a ver com você.

— Muito tarde, eu acho — Harry disse com um sorriso.

Diga meu nome - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora