6. Se acalme

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Harry rastejou na cama cedo e dormiu profundamente. Era o sono dos contentes, dos satisfeitos, o tipo de sono que ele não desfrutava há muito tempo.

Então foi de forma inesperada que ele acordou no dia seguinte com resquícios de arrependimento subindo por seu estômago, com um único pensamento que conseguiu todo o prazer e a serenidade que sentira na noite passada:

Eu posso ter acabado de fazer algo muito estúpido.

Uma coisa era fantasiar o que ele queria fazer com o herdeiro Malfoy. Outra coisa completamente diferente era fazer o que ele queria. Harry sempre fora impulsivo e ele se perguntou se realmente deveria estar surpreso consigo mesmo. Ele havia pensado o suficiente em beijar Draco, tocá-lo e fazê-lo gozar, havia realmente alguma dúvida de que ele havia feito exatamente isso quando a oportunidade surgiu a sua frente? E não era como se Draco tivesse reclamado; Harry certamente não o teria forçado a nada. Mas, assim que recebeu todos os sinais lhe autorizando a continuar, ele foi impulsionado até o loiro para fins altamente excitantes.

Mas e agora? Era esse o começo de alguma coisa ou simplesmente uma solução para dois homens com uma atração mútua relaxarem um pouco? Ele nunca tinha feito algo assim, tão rápido e tão sujo em uma sala de aula vazia, assim como nunca havia pensado em si mesmo como tipo de pessoa que procura por uma gratificação sexual sem uma base emocional, de um relacionamento.

Mas poderia estar sentindo diferente. Ele não era como Rony e Hermione, que acreditavam ter encontrado sua alma gêmea um no outro e que já estavam planejando o resto de suas vidas juntos. Draco tinha planos para sua educação, lhe dando um tempo para pensar sobre sua carreira. Uma visão de um relacionamento e uma família estavam fora de cogitação e longe de acontecer tão cedo, pelo menos baseando-se no que Harry havia o escutado dizer. Será que Draco estava sequer em busca de um relacionamento nesse momento?

E Harry realmente queria um relacionamento com Draco Malfoy, de todas as pessoas? Claro, eles estavam começando a se dar bem, e a atração certamente estava presente, mas a maior parte de suas interações consistiam em brincar e provocar um ao outro, com alguns poucos momentos de ternura compartilhados em raras ocasiões. Uma provocação sem limites e uma ótima química sexual, infelizmente, não faziam um relacionamento. Harry queria estar com alguém que o conhecesse tanto quanto Rony e Hermione o conheciam, até mesmo mais que eles. Ele queria alguém com quem pudesse compartilhar todos os seus segredos, as partes feias de seu passado, sem julgamentos. Alguém com quem ele não precisasse ser perfeito, com ele pudesse ser vulnerável.

Mas todos os relacionamentos precisam começar em algum lugar, Harry pensou. Ele não podia esperar que algo desse nível tomasse forma nas próximas semanas. Era necessário tempo e esforço.

Ele queria investir toda essa energia em Draco? As coisas mudaram o suficiente para justificar um investimento desse? Pelo menos alguma coisa com ele mudou, Harry pensou, ainda mais agora que ele existe como Draco, em minha cabeça, e não mais Malfoy. Mas só isso não era suficiente.

Ele estaria no escuro até descobrir o que Draco desejava. Se ele não quisesse repetir ou quisesse algo casual e aberto, então a resposta era simples. Se ele quisesse um relacionamento com Harry, então Harry teria que decidir se ele sentia a mesma coisa e então eles partiriam disso. E se Draco estivesse inseguro... bom... eles teriam que descobrir juntos.

Mas tudo dependia de conversar com Draco, algo que Harry percebeu estar tanto ansioso quanto aterrorizado, nas mesmas medidas.

***

Harry viu Draco pela primeira vez desde "o incidente" logo na manhã seguinte durante o café da manhã, mas ele estava cercado de colegas da Sonserina e Harry duvidava muito que eles fossem gostar da ideia de Harry aproximar-se da mesa. O lugar mais público em todo o castelo não era, definitivamente, o lugar para confrontar Draco sobre o que havia acontecido.

Diga meu nome - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora