[CONCLUÍDA]
Duas vidas, dois destinos, uma escolha.
Ela foi aos céus e ao inferno com ele. Ele encontrou nela algo por lutar.
Katherine, uma adolescente tímida recém chegada à cidade, e Pablo, um garoto de caráter duvidoso e envolvido com o tráfico...
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Fim das provas, amém!
As semanas passaram se arrastando, meu aniversário caiu exatamente no fim de semana que dividia uma semana e meia de provas que tivemos, então não poderia ser pior! Passei o domingo de ressaca e segunda ainda estava meio lerdo quando cheguei na escola, tão lerdo que o professor QUASE flagrou meu esquema de cola. Eu jamais poderia permitir que alguma coisa dessas acontecesse... perder a bolsa não estava nos meus planos.
É, acho que esqueci de comentar... ninguém sabe na verdade, mas sou bolsista. Mais um motivo para que eu fique na minha sem fazer merda nenhuma dentro da escola, ou melhor, sem que ninguém saiba daquelas que faço.
Falando em merda, estávamos marcando uma bela matada de aula no dia seguinte, quarta, para comemorar o fim das provas. Irônico, não? Planejamos uma ida à praia, numa parte onde havia muitas pedras, então era pouco procurada pelos banhistas.
E muito visada pelo pessoal que curtia fumar e dar uma relaxada com o visual.
Consegui até acordar mais cedo que o normal para não dar de cara com a minha avó, eu odiava mentir para ela. Joguei uns biscoitos e o uniforme dentro da mochila, por cima do pacote de erva e seda, vesti uma bermuda e calcei meus chinelos. Pronto!
- Tô saindo de casa, e aí? - falava com Edu no celular, enquanto ia em direção ao ponto de ônibus.
- Tô no ônibus, vou passar na casa da Mai e partiu!
- Ela não tem pernas pra chegar não?
- Ela tá com uma amiga, esse é o ponto! – ouvi uma risada convencida.
- E você já vai lá pra avaliar antes o produto?
- Já avaliei bastante, minha intenção agora é provar aquela loirinha... - parei de andar.
- Loirinha? Quem?
- A novinha do colégio... aquela tem um nome diferente, nunca lembro! O apelido dela é Kat!
- Katherine. – resmunguei.
- É, essa daí mesmo!
- E suas investidas não podem esperar até chegar na praia? - eu mirava uma latinha no chão, tentando relevar o motivo da minha irritação.
- Ela é tímida, quero me aproximar quando não estiver a galera perto... ótima oportunidade! Vou chutar a Mai pra um canto, sentar do lado da Kat no ônibus, trocar uma idéia...
- É... boa sorte! - ele agradeceu, rindo. - Puta merda! - desliguei o telefone e saí correndo.
Tinha perdido o ônibus.
Cheguei depois de todo mundo, óbvio. E logo vi Edu todo cheio de papo em cima da Kat, que tentava se manter o mais distante possível dele. Cumprimentei o pessoal que jogava futebol na areia e sentei ao lado da Mai, propositalmente.
