• 14 ~ Acho melhor a gente parar

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- Pablo, eu preciso chegar viva em casa! - exclamei, enquanto me agarrava na grade traseira

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- Pablo, eu preciso chegar viva em casa! - exclamei, enquanto me agarrava na grade traseira.

- Não era você que estava com pressa?

- Mas chegar viva estava implícito!

Sei que foi burrice não ter perguntado, mas como eu iria imaginar que o meio de transporte que ele tinha era uma MOTO?

Eu tinha medo de qualquer meio de transporte com menos de 3 rodas (isso incluía bicicletas) e pavor daqueles que além disso, alcançavam mais de 100km por hora!

E se eu não estava enganada, nós estávamos quase chegando a esta velocidade.

- Você tem certeza que sabe dirigir essa joça? - eu precisava quase gritar, por causa do barulho do vento.

- Dirigir? - ele riu alto. - Moto se pilota, Kat! - revirei os olhos. Que diferença isso faz? - E é claro que sei, ou você acha que comprei minha carteira?

- Vindo de você, não duvido nada!

- Merda, agora você me pegou!

Esperei alguns segundos para ouvir um "brincadeira" da parte dele, que não chegou. Essa foi a hora em que surtei de verdade.

- Pablo, pára esta merda AGORA! Já não basta infringir o limite de velocidade, andar com duas pessoas na garupa, E AINDA TER A CARTEIRA COMPRADA?

Eu já podia começar a rezar?

- Hey loirinha, fica de boa... já estamos chegando!

E o pior que era verdade. Já reconhecia as ruas em que passávamos, faltava pouco para pararmos próximo ao meu prédio.

- Agora será que dá para fazer essa moto estúpida parar de roncar? Se fosse para fazer uma entrada carnavalesca, eu entrava pela varanda!

Ele diminuiu a velocidade assim que entramos na minha rua, e aquela lata assassina parou de roncar. Suspirei aliviada assim que ele estacionou a moto, há alguns prédios de distância do meu.

Prevenção nunca é demais, principalmente quando se tem culpa no cartório.

- Estão entregues moças! - e fez um galanteio, sorrindo debochado.

Preferi ignorá-lo até que meu nível de estresse estivesse aceitável e desci da moto desajeitada, tentando fazer com que Diana, já adormecida, não caísse ao chão.

- Você sabe que ela não vai acordar tão cedo, né?

- Di... amiga, acorda! Nós já chegamos! - minha vontade era de gritar, mas consegui controlar o tom da minha voz enquanto a sacudia gentilmente.

- Com essa delicadeza toda aí, ela só acorda amanhã. - respirei fundo, contei até cinco.

- Então tá, senhorsabetudo... já que meus esforços estão sendo em vão, você poderia acordar minha amiga, por favor?

Por Trás dos Olhos AzuisOnde histórias criam vida. Descubra agora