• 25 ~ Amizade colorida

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Era muito fácil dizer que só seria uma ficada, que me interessei apenas pela sua beleza e que iria ignorar o que rolou entre nós

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Era muito fácil dizer que só seria uma ficada, que me interessei apenas pela sua beleza e que iria ignorar o que rolou entre nós.

Difícil era aguentar estar perto dela e me manter o mesmo de sempre.

Fora dos olhos da galera da escola, eu e Katherine éramos uma espécie de amigos coloridos. Perto deles, mantínhamos certa distância para evitar fofocas. Tornavam-se comuns nossas escapadas após a aula para conversarmos, cheirar um pouco, e é óbvio, ficarmos. A vontade de pegar ela triplicava depois do pó, e era recíproco. Mas até então só ficávamos nos beijos e algumas mãos bobas... eu precisava me lembrar a todo o momento que ela era virgem para que eu me controlasse. Ás vezes até mesmo ela parecia querer perder o controle, mas isso era bem comum quando se tratava da cocaína.

- Chegamos!

Era a primeira vez que ia a sua casa. Kat precisava fazer um trabalho de História e me convidei para ajuda-la. Até onde fui informado, sua mãe ainda não sabia sobre nós dois, mas desconfiava e queria me conhecer. Era bom que não tínhamos hábitos de namorados, como andar de mãos dadas, se não ela perceberia meu nervosismo. As palmas das minhas mãos estavam úmidas de suor.

Ótimo, você trabalha pra um traficante, mas não consegue lidar com a mãe da garota. - pensei, assim que entramos no elevador.

Ao menos eu não era o único tenso por ali. Por mais que estivesse aparentemente distraída mexendo no cabelo, pelo reflexo do espelho, eu sabia que Katherine também estava nervosa. Mordia o lábio inferior diversas vezes e evitava me olhar, sinais de tensão que já conhecia nela.

Quando chegamos à sua porta, meus pés congelaram sobre o tapete. Eu estava ali para ajuda-la com o trabalho, como qualquer colega. Conhecer sua mãe era consequência. Não era como se fosse conhecer minha sogra ou algo do tipo, certo?

Sua voz me tirou dos pensamentos e vi que me olhava preocupada, convidando-me a entrar. Bela tentativa de tentar disfarçar naturalidade, Pablo.

Expirei assim que passei pelo batente da porta.

- Vamos até meu quarto, o computador fica lá. Vai ser melhor para pesquisarmos!

Eu e ela, no quarto. Essa garota ia me levar à loucura!

Aparentemente estávamos sozinhos no apartamento, foi a primeira coisa que reparei. Tentei relaxar e ignorar as gotas de suor que desciam pela minha nuca. Eu não era nenhum tipo de ninfomaníaco, então não seria tão difícil assim aguentar uma tarde no quarto com ela.

- Pode ligar o computador, please? A senha é: KitKat. - sorriu tímida.

Não consegui segurar a risada do apelido infantil, que remetia também ao chocolate favorito dela. Mas eu não iria mencionar que descobri isso porque a observava durante o recreio, enquanto ela ia até a cantina comprar o tal doce. Claro que não.

Por Trás dos Olhos AzuisOnde histórias criam vida. Descubra agora