Capítulo 4 - Fingindo, "meu" & puta merda

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{Quarta-feira, manhã}

Digamos que a ida do mais novo casal de Haven até a casa do mais novo deles foi um tanto... Inusitada...?

Bom, assim que o ômega abriu a porta da frente, que dava pra sala de estar, apenas a cabeça de sua mãe apareceu atrás da parede que separava a cozinha da sala de jantar. Ela começou a gritar com o loiro, dizendo que ela não era burra e sabia que o filho tinha ido foder com algum alfa qualquer aí, divagava sobre sempre reclamar pras vizinhas que seu filho parecia constantemente no cio, que duvidava muito que Jeongin estivesse com caganeira (grande Han Jisung) e que sentia o cheiro do alfa por todo o corpo do ômega mais novo.

Talvez ela gritasse por mais algumas horas se não tivesse visto o tal "alfa qualquer" um pouco atrás de seu filho, que já fazia careta, imitando-a gritar, imediatamente ela parou de gritar e apareceu completamente na sala, de avental e presilhas coloridas prendendo os fios castanhos. A Lee mais velha ficou boquiaberta com o alfa lúpus em sua sala, com o corpo escultural dele, com o cheiro extremamente marcante e a expressão de badboy, isso seu filho puxou de si, adorava um alfa mal-encarado de jaqueta de couro preto.

Enfim, Felix subiu pra seu quarto trocar de roupa, já que tinha tomado banho na casa do mais velho e usava somente um conjunto de moletom deste, pra pôr seu uniforme reserva, diferindo do que usava no dia anterior por ser apenas uma camisa branca de mangas curtas e o lacinho xadrez amarelo, mas a saia era a mesma, além, é claro, das meias brancas com as listras pretas e o All Star amarelo.

Fez uma maquiagem bem básica em seu rosto, realçando seus olhos e boca, passando seu gloss sabor morango e depois seus brincos de corrente, sorrindo pro espelho antes de sair do quarto com sua mochila e a do Seo.

Falando no alfa, assim que desceu e chegou a sala, deu com sua mãe e ele sentados no sofá... tomando chá? Era engraçado ver o moreno encolhido no sofá, tomando do líquido fumegante em pequenos goles enquanto balançava a cabeça em concordância com o que a ômega falava.

— Mãe, chega de falar asneiras sobre as suas suculentas pro Changbin — disse o loiro, vendo a expressão indignada de sua progenitora.

— Respeito com a minhas suculentas, Lee Felix, elas são melhores filhas do que você.

— Ah tá, e são elas que fazem sua torta de morango favorita? Que arrumam seu cabelo sempre que quer? Que te ouvem reclamar do papai quando ele demora cinco minutos a mais pra chegar? — perguntou o loiro enquanto ia pra cozinha e pegava uma torrada e colocava na boca, ao mesmo tempo em que pegava uma geleia de amora na geladeira e fechava ela com o pé, ouvindo sua mãe ralhar lá da sala. Passou a geleia numa torrada, a que já estava meio mordida, e levou à boca de novo, passando na outra e levando pra Changbin na sala, que aceitou meio confuso por receber uma torrada do nada — Vem, Bin. Vamos antes que ela te convença a olhar o catálogo de suculentas dela — ele puxou o alfa pela mão, dando a mochila preta lisa dele e já com a sua nas costas, quando chegou na porta ainda conseguia ouvir sua mãe resmungando pelo filho malcriado que tinha, só gritou um "Foi você que criou!" e fechou a porta.

— Sua mãe é engraçada — falou risonho o alfa logo após mordendo a torrada que ganhou enquanto andavam pela rua, a casa do loiro não era muito longe do colégio.

— Ela é uma doida! Tinha que ver quando a vizinha apresentou as suculentas pra ela — falou enquanto revirava os olhos — Ficou tão ficcionada que eu cheguei a falar "Então compra uma suculenta e põe no meu lugar!" quando ela reclamou que eu saía demais. Adivinha o que ela fez?

— Comprou uma suculenta? — perguntou o menor.

— Comprou DUAS suculentas!! — falou indignado enquanto mostrava com os dedos quantas eram pro maior.

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