Diagon alley

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 Draco Malfoy estava entediado!

Ele havia sido obrigado a acompanhar seu pai ao Beco Diagonal, e foi abandonado pelo simples motivo de ser "muito novo" para ouvir os assuntos importantes que o pai tinha que resolver. Ele não era muito novo, ele era um Malfoy! e achava que já tinha passado da hora de ser tratado como tal, mas seu pai discordava.

Draco esperou seu pai por quase meia hora antes de desistir e ir comprar um sorvete. Sorvetes o faziam feliz e um Draco feliz esquecia facilmente da forma como seu pai o tratava. Mas a felicidade de Draco Malfoy sempre dura pouco. Ele havia apenas começado a comer seu sorvete, quando alguém teve a audácia de esbarrar em si, fazendo com que seus sapatos se sujassem.

- sinto muito - uma voz fraca sussurrou. Draco estava prestes a gritar com a pessoa, quando reconheceu seu agressor. Sim, esbarrar em si era uma agressão! Seu agressor eram ninguém menos que o grande Harry Potter. Draco apenas o reconheceu por causa de suas roupas comicamente grandes, pois sua voz estava mito baixa e rouca, quase como se ele estivesse morrendo.

Malfoy não tinha nada para fazer e seu pai ainda iria demorar, então ele decidiu seguir o "Menino que Sobreviveu". Ao observar Potter, Draco percebeu que ele estava mancando um pouco e tentava ao máximo não ser reconhecido. O mesmo andava muito devagar, e era possível ouvir Potter gemer de dor toda vez que tentava desviar das pessoas aleatórias que enchiam o Beco Diagonal.

Draco se surpreendeu ao ver Potter entrar em uma loja de poções que seu pai ia quando queria algo que o ministério não aprovava. Ele não queria admitir, mas acabou por ficar um pouco preocupado. Potter não era o tipo de pessoa que frequentava aquele estabelecimento.

Quando Potter saiu, ele parecia outra pessoa. Sua postura havia melhorado e ele não parecia mais sentir dor. Draco quase o perdeu de vista, pois o mesmo estava andando rápido, quase correndo, em direção à saída do Beco.

Draco seguiu Harry até a Londres trouxa. Ele estava com medo que seu pai descobrisse, mas sua curiosidade era maior. Potter andou um pouco e entrou em uma loja trouxa, voltando logo em seguida com uma pequena sacola em mãos.

Depois de seguir ele por mais algumas quadras, Draco viu Harry ir em direção à duas baleias e uma girafa, ou pelo menos era assim que Malfoy via os trouxas que estavam com Harry. Draco se assustou ao ver a mulher dar um tapa forte em Harry. O tapa foi tão forte que seus óculos voaram longe.

- por que demorou tanto, aberração - gritou a mulher, puxando a sacola das mão de Harry.

- sinto muito, tia Petúnia - responde ele, enquanto se abaixava para juntar seus óculos - havia muita fila na loja - mentiu.

- não quero saber - gritou ela.

- você vai apanhar quando chegarmos em casa - falou a baleia mais velha. Todos entraram no carro, e a baleia Jr fez questão de empurrar Harry para que ele não conseguisse entrar, o que irritou muito mais o homem que já estava impaciente no banco do motorista.

Draco não conseguia acreditar que era assim que a suposta "família" de Harry o tratava. E eles estavam em publico, imagina o que fariam quando estivessem sozinhos. Draco se sentiu culpado. Ele se arrependia de tudo que já havia feito à Harry, e uma súbita vontade de matar esses trouxas e tirar seu Harry de perto deles tomou conta de Malfoy. 

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