Harry não soltou a mão de Draco. ele tinha medo de que se o fizesse, Draco iria fugir. porque mesmo tentando parecer indiferente, o Sonserino estava claramente com medo... e com um pouco de nojinho, o lugar não era o que se pode chamar de "limpo", e Draco fez questão de reclamar sobre isso para o namorado.
- Harry, Draco! Que bom que se juntaram a mim - disse Tom, quando os dois entraram na câmara - eu posso ver pela raiva em seu olhar que você fez o que eu pedi, Pequeno.
- Harry, o que Thomas pediu para você fazer?
- Draco - começou Harry, ignorando Tom - esse é Tom Marvolo Riddle, ou como ele prefere ser chamado... Lord Voldemort.
- eu também respondo aos títulos de alma gêmea de Draco Malfoy e Harry Potter - adicionou Tom, claramente se divertindo com a situação. Draco apenas encarou os dois, sem dizer nada. Era muita coisa para processar. Seu cérebro estava dando defeito.
- você tem muito o que explicar Tom, e eu não saio daqui até que você o faça. - Harry sabia que, teoricamente, o que Voldemort mais queria era o ver morto, mas Tom teve várias oportunidades para lhe matar, e não o fez. Então havia uma grande chance de Tom responder suas perguntas.
- sou todo ouvidos, amor. Mas acho melhor irmos para um lugar mais confortável. Nosso Dragão parece prestes a desmaiar. - Harry iria protestar, mas notou que, mesmo que Draco não estivesse realmente prestes a desmaiar, ele parecia mal, por isso, e só por isso, deixou Tom os guiar por vários corredores escuros até chegarem no que ele deduziu ser o escritório de Salazar.
Draco estava apenas um pouco surpreso com tudo o que estava acontecendo, e precisava de um tempo para voltar a si, mas agradeceu por sair daquele lugar sujo. Ele se sentiu muito melhor ao entrar na sala arrumada e limpa, que obviamente gritava bom gosto.
Tom e Harry se sentaram de frente um para o outro, em poltronas que ao olhos de Draco, pareciam muito confortáveis, mas quando o loiro foi se sentar com eles, os dois o obrigaram a se deitar em um sofá que Tom transfigurou. Draco lhes assegurou que estava bem, mas nada do que disse pareceu surtir efeito, e quando percebeu, já estava deitado e enrolado em um cobertor que ele não fazia ideia de onde havia brotado.
- eu não sou um bebê! - reclamou o loiro, sabendo que não nenhum dos dois iria lhe dar ouvidos. eles pareciam concordar que ele era um ser frágil feito de porcelana, que precisava de cuidados, mas ele já estava melhor!
- o que você gostaria de saber, Pequeno? - perguntou Tom, ignorando Draco, que ainda reclamava sobre ser tratado como criança.
- você sabe o que eu quero saber! Como você está aqui? Por que não tentou me matar? Como somos almas gêmeas? ... Como eu não te reconheci? - Harry tinha mais perguntas, mas na hora, não conseguiu pensar em mais nada.
- você não me reconheceu porque eu não quis que você o fizesse. Eu precisava vir para Hogwarts, mas não queira que o velho soubesse, então usei vários feitiços de disfarce e Glamour para que ninguém, nem mesmo você e Draco , conseguisse me reconhecer... Eu notei que você me achou familiar e tentou se lembrar de onde me conhecia, e tenho que admitir que fiquei orgulhoso, amor. Nem mesmo Dumbledore conseguiu tamanha proeza. - Harry revirou os olhos ao ser chamado de amor, mas ficou feliz em saber que não erra tão burro a ponte de ver Tom e não o reconhecer.
- você só respondeu uma pergunta.
- eu não sei porque somos almas gêmeas, mas admito que sabia desde quando era um estudante em Hogwarts. Eu, assim como você, fiz um teste de Herança, e descobri que tinha duas almas gêmeas que na época ainda não haviam nascido.
- você tentou me matar! - Harry acusou, mais triste do que bravo. - você matou meus pais! Como você tem a audácia de vir aqui, me beijar e me chamar de amor, quando você é o principal motivo pelo qual minha vida é uma merda! - Harry havia começado a chorar contra sua vontade, e Draco que antes só ouvia tudo calado, correu para abraçar o namorado.
- eu nunca tentei te matar - falou Tom, depois que Harry havia se acalmado um pouco - e se você deixar, prometo explicar tudo.
Harry concordou com a cabeça. Ele sabia que se falasse, voltaria a chorar.
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Soulmates
Fanfiction- sinto muito - uma voz fraca sussurrou. Draco estava prestes a gritar com a pessoa, quando reconheceu seu agressor. Sim, esbarrar em si era uma agressão! Seu agressor eram ninguém menos que o grande Harry Potter. Draco apenas o reconheceu por causa...