Slytherin table

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 - Harry, nós precisamos comer - disse Draco, quando o menor se acalmou.

- eu não quero ir - falou Harry, baixinho. Draco percebeu que o mesmo não queria se sentar junto com os Grifinórios, mas ele precisava comer.

- se você quiser, pode se sentar comigo na mesa da Sonserina... Meu amigos não irão se importar - lhe assegurou Draco, notando o medo na expressão de Harry.

- tem certeza?

- sim. Eles vão ficar um pouco surpresos, mas não farão nada, eu prometo.

Harry estava com medo de ser expulso de lá a pontapés, mas foi só olhar para os olhos de Draco, que ele automaticamente concordou. Para a surpresa de Harry, Draco o pegou pela mão e não soltou mesmo quando todos se viraram para ver Draco Malfoy de mãos dadas com Harry Potter entrando no Grande Salão.

- Harry irá se sentar conosco de agora em diante - falou Draco, e dois espaços foram abertos entre Crabbe e Goyle. Harry se sentou ao lado de Draco, que começou a lhe entupir de comida alegando que ele estava muito magro e precisava comer, enquanto os Sonserinos apenas observavam.

- o que você está fazendo na mesa das serpentes? - perguntou Ron ao se aproximar deles, com uma expressão de nojo estampada no rosto cheio de sardas - enlouqueceu?

Ronald mal havia terminado de falar quando todos, literalmente, todos os amigos de Draco se levantaram com suas varinhas apontadas para o ruivo, que fugiu para a mesa da Grifinória.

- bem vindo a Sonserina- sussurrou Draco no ouvido de Harry. Continuando a comer como se nada tivesse acontecido.


Dumbledore ouviu o que aconteceu na enfermaria, e ficou com medo que Malfoy tentasse se aproximar de Potter, por isso mudou os horários das aulas das duas casas, fazendo com que Sonserina e Grifinória tivessem todas as aulas juntos, na esperança que o ódio entre as casas fizesse com que Malfoy se sentisse obrigado a se afastar. Ele só não percebeu que, inconscientemente, estava ajudando os dois.

Harry não queria ficar perto dos Grifinórios, pelo menos até descobrir se todos os seus amigos o estavam traindo, ou se eram apenas Ronald e Hermione, então, durante as aulas da manhã, que eram todas com a Sonserina, Harry se sentou com Draco.

Quando chegou a hora do almoço, Draco podia afirmar que estava feliz. Ele ainda queria matar os "amigos" de Harry, mas o ter ao seu lado a manhã todo o deixou visivelmente de bom humor. Harry não conversou muito, já que estava nervoso, mas admitiu para si mesmo que se sentia seguro perto do Sonserino de olhos cinzas. Ele só esperava que não estivesse sendo um incomodo.

- então, Potter... - disse Zabini, tentando puxar assunto, quando todos se sentaram para comer - quais as suas teorias sobre o mau humor de Dumbledore?

- ele está mau humorado? - perguntou Harry, genuinamente curioso.

- você não sabia? - perguntou Parkinson, espantada. - todo mundo notou, Potter. Ele está assim desde o começo das aulas.

- eu não tinha prestado muita atenção- admitiu ele, envergonhado - ... Vocês podem me chamar de Harry, se quiserem. - adicionou em um quase sussurro.

- você também pode nos chamar pelo primeiro nome, fofinho. - disse Pansy - certo Blaise?

- sim, claro.

Draco não gostou nem um pouco do apelido, e fez questão de expressar isso claramente, mas foi epicamente ignorado.

- eu acho que ele finalmente se olhou em um espelho e percebeu que se parece uma cabra velha - disse Blaise, voltando a falar de Dumbledore.

- eu acho... - Pansy foi interrompida. Dumbledore havia pedido silencio.

Ele falou que todos teriam o resto do dia livre, porque os estudantes de Beauxbatons e Durmstrang estariam chegando em Hogwarts logo após o almoço, e a festa de boas vindas duraria até a noite. Depois de comerem, os alunos poderiam ira para fora esperar os visitantes, mas teriam que voltar para o grande salão porque, aparentemente, seus visitantes precisavam fazer uma entrada extravagante. Ou pelo menos foi isso que Draco e Harry entenderam do discurso infinito de Dumbledore. 

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