Soulmates

What Ronald Was Doing In The Middle Of The Night

 Harry deixou Draco na comunal da Sonserina, e foi em direção a sua própria comunal. Durante todo o caminho, Harry não conseguiu parar de pensar no que Tom disse. Ele estava certo? Por serem almas gêmeas, Harry meio que conseguia sentir quando Tom e Draco mentiam, e Tom não mentira, mas existe uma diferença entre acreditar em algo e estar certo sobre isso.

Harry percebeu que acreditava em Tom. Ele, a pessoa que todos esperavam que salvasse o lado da luz, estava concordando com Lorde Voldemort! E o piro era que ele não se importava. O lado da luz nunca fez nada por ele. E graças a Tom, ele sabia o quando Dumbledore o havia machucado. O velho pagaria caro por isso... Harry se assustou com seus próprios pensamentos. Desde quando ele queria vingança?

Harry chacoalhou a cabeça, com mais força que o necessário, e se obrigou a pensar em outras coisas. Ele pensou em Draco. Em como seu namorado ficava lindo dormindo e na estupida promessa que fez, mesmo que a mesma fosse demorar para acontecer, nunca era cedo demais para morrer de ansiedade, certo?

ele estava tão distraído pensando no sorriso de Draco, que não notou Neville do lado e fora da comunal, resultando em um esbarrão que levou os dois ao chão. Neville reclamou um pouquinho, mas quando viu que era Harry, sua expressão mudou drasticamente. 

- Harry! Que bom que você chegou! Eu estava te esperando - disse Longbottom, enquanto se levantava com a ajuda de Harry.

- me esperando? Neville você está bem? O que aconteceu? - mesmo que Harry não estivesse passando muito tempo com o outro Grifinório, ele ainda via Neville como um amigo, e se importava com o mesmo.

- sim, eu estou bem. O que eu tenho a falar é sobre Ronald... - Neville notou o olhar furioso de Harry. Todos sabiam que Potter se recusava a falar dos dois traidores, mas ele precisava avisá-lo - eu sei que você não quer falar sobre ele, mas é realmente importante...

- tudo bem - Harry se deu por vencido.

- eu notei que hoje, um pouco mais cedo, uma coruja chegou com uma carta para você, e ele pegou. Eu não sei se ele fez isso antes, mas eu já vi essa mesma coruja indo embora do dormitório mais de ma vez. - Longbottom estava claramente com medo de que Harry ficasse bravo, mas ele apenas sorriu e agradeceu.

- ele chegou a sair do dormitório depois disso?

- não. Não faz muito tempo que a coruja chegou, e ele estava com sono... Eu ouvi ele murmurando algo sobre "resolver isso mais tarde"

- obrigado, Neville.

Harry tirou a capa de invisibilidade, que ele sempre guardava em seu bolso, a colocou e foi para o dormitório. Ele esperou por quase duas horas, antes que Ronald acordasse. O ruivo olhou ao redor, vendo que todos estava dormindo, com exceção de Harry, que provavelmente estava na torre de astronomia, ou em algum lugar se pegando com Malfoy. Percebendo que estava seguro, Ronald pegou um pergaminho em branco, escreveu algumas palavras, e o colocou dentro de um envelope. Ele tirou uma carta debaixo de seu travesseiro, e a colocou no mesmo envelope. Se levantando logo em seguida.

Harry o seguiu até o corujal. Ronald, que ainda bocejava, pegou a primeira coruja que viu pela frente, lhe deu o envelope e foi embora, sem se dar ao trabalho checar para ter certeza de que tudo estava nos conformes.

Harry segurou a coruja quando ela estava prestes a voar, e lhe tirou o envelope. A coruja piou para si, mas foi só Harry lhe dar um pouco de carinho que ela se acalmou. Harry quis matar Dumbledore quando leu o que o ruivo escrevera, mas acima de tudo, ele queria matar Ronald Weasley.

" olá, Professor.

Harry recebeu outra carta do Sirius hoje. Ele começou a escrever mais ao perceber que suas cartas não estavam sendo respondidas. Ele está ficando preocupado. Talvez seja melhor que eu responda no lugar do Harry. Não é tão difícil falsificar a letra dele.

Ronald Weasley"

Harry precisou respirar fundo algumas vezes antes de conseguir abrir a carta de Sirius.