Soulmates

Let's Talk In Private

 Quando Harry desceu para a comunal da Sonserina, acompanhado de suas duas almas gêmeas, se surpreendeu ao ver Severus o esperando. Pelo menos, ele achou que o professor estava lhe esperando. Snape estava parado perto da porta, olhando ao redor. Mentalmente rindo dos alunos que mudavam de direção para o evitar.

- Severus! - Harry não conseguiu se segurar, e acabou por se jogar nos braços de Snape, o abraçando. Severus não iria admitir, mas gostava dos abraços de Harry - Sinto muito... Eu não resisti - disse Harry sorrindo. Sem uma gota de culpa no olhar.

- eu vim lhe parabenizar pela primeira prova - admitiu Snape - mas agora, o que realmente gostaria de saber, é o que o senhor Gaunt estava fazendo no seu dormitório?

- em minha defesa, o Draco estava junto - falou Harry, se divertindo com a preocupação de Severus.

- não foi isso que eu perguntei! Eu sei que Draco estava junto, seu namorado não desgruda de você.

- sobre isso, eu gostaria de conversar a sós com você, se você não se importar...

- tudo bem - Snape concordava com Harry, era muito melhor conversar em um lugar silencioso, longe das pessoas barulhentas que já começavam a encher a comunal. os dois foram para o escritório de Snape em silencio. Harry tentava pensar em como explicar tudo para Severus, e o mesmo percebeu que Harry não queria conversar, então se segurou para não o bombardear de perguntas.

- por onde você quer começar?- perguntou Snape, quando os dois estavam devidamente confortáveis em seu escritório.

- como assim?

- você claramente não sabe como explicar o que o campeão de Durmstrang estava fazendo na Sonserina, e eu também gostaria de saber como você trapaceou na primeira prova - Harry olhou para Severus, assustado. Como ele sabia? - não que eu esteja bravo - o professor adicionou, notando o desconforto de Harry - estou apenas curioso.

Harry decidiu começar pela poção que Tom lhe dera. Ele queria contar tudo para Severus, mas agora que estava na hora, ele não sabia como. Ele explicou que foram os gêmeos que contaram sobre os dragões, e que ele achou que deveria contar para Thomas. Para sua sorte, Snape não o interrompeu, nem fez muitas perguntas. Severus não estava bravo com ele por Harry ter trapaceado, e isso o deixou muito mais calmo. Harry finalmente tomou coragem para contar a verdade para Snape. Mesmo que ele temesse que Severus não gostasse mais de si.

- você se lembra quando me levou para Gringotts? - Snape concordou com a cabeça - além de todas as compulsões que Dumbledore colocou em mim, também havia uma pequena parte, no fim da página, que dizia o nome das minhas almas gêmeas - Severus estranhou o fato de Harry ter dito "almas gêmeas" no plural, mas não disse nada, sabendo que Harry poderia desistir a qualquer momento - ... Draco é minha alma gêmea ... Mas ele não é o único.

- o que? Então, Thomas é sua alma gêmea - não havia sido uma pergunta, mas sim uma afirmação. Isso explicava muita coisa. Snape sabia das várias vezes em que Thomas havia beijado Harry e Draco, e ele sinceramente não sabia por que não fizera nada a respeito - se ele também é sua alma gêmea, por que você não me contou antes? O que mais você está escondendo, Harry?

Harry respirou fundo, se forçando a lembrar que Snape não estava bravo.

- Thomas é Voldemort - Harry encarou Severus, que parecia estar petrificado.

- em que lado você está? - Severus finalmente perguntara.

- eu ... Estou do lado do Tom.

- tudo bem. - foi tudo que Snape disse. Ele tinha muitas perguntas, mas sabia que ainda não era a hora de as fazer. Severus sabia do que o Lorde era capaz, e temia pela segurança de Harry, mas ele percebeu que Harry não lidaria muito bem com suas preocupações, e Snape prometera para si mesmo que nunca mais faria Harry chorar.

- o senhor não está bravo? - Harry perguntou, com medo em sua voz.

- eu nunca ficaria bravo com você. E eu já convivi muito tempo com Dumbledore para saber que o lado da luz não é tão bom assim.

- Obrigado Severus!