Slytherin

15.9K 1.9K 377
                                    

 Harry explicou para Draco o que havia acontecido na noite anterior, e Draco prometeu que ajudaria. sempre que Harry precisasse, sua coruja estaria à disposição. Mas mesmo concordando em ajudar, Draco ainda estava preocupado. Se Dumbledore podia interceptar a correspondência de Harry com tamanha facilidade, o que o impedia de fazer o mesmo com a sua?

as aulas passaram rápido para o loiro, mas pareceram uma eternidade para Harry, que só conseguia pensar em Sirius. Será que ele já havia recebido a carta? Será que Sirius o perdoaria? O que aconteceria se Dumbledore pegasse a carta? ... Ironicamente, Harry só conseguiu se acalmar e prestar atenção nas duas ultimas aulas, que eram poções.

- dez pontos para a Grifinória! - disse Severus para Harry, que havia respondido sua pergunta corretamente. Harry prometera que iria prestar mais atenção, e ele realmente se esforçou. Ele começou a ler os livros, em vez de apenas folhá-los com tédio como costumava fazer, e ele ouvia atentamente cada palavra que o professor dizia. Harry se assustou ao descobrir que, na verdade, ele gostava de poções.

- isso é tão injusto! - reclamou Draco, sem conseguiu se segurar. O professor o encarou sem falar nada, como se pedisse que ele se explicasse - meu Harry praticamente vive na Sonserina - ele continuou - e é injusto que ele ganhe pontos para os leões. Ele é uma cobra e devia ganhar pontos para as cobras!

- eu não sei se você lembra, Senhor Malfoy, mas SEU Harry foi colocado na Grifinória. - respondeu Snape, secretamente desejando que Draco estivesse certo.

- sim, mas... Ele só foi para a Grifinória por causa das compulsões que a cabra velha colocou nele! - Draco gritou, se esquecendo que a sala estava cheia de alunos.

- detenção, Senhor Malfoy - Draco percebeu que havia feito merda, seu padrinho raramente lhe dava detenção. Snape sabia que Hogwarts inteira saberia sobre as compulsões de Harry até o final do dia, e a reputação de Dumbledore seria arruinada, mas era com Harry que Severus estava preocupado. Ele sabia que Harry não gostava de ser o centro das atenções, e agora todos estariam falando sobre ele.

O professor deixou claro que os dois não deviam ir embora antes de falarem com ele. E para a sorte de Snape, a aula já estava no fim, porque ele saia que seria impossível fazer com que os alunos se acalmassem.

- eu sinto muito Harry - Draco falou, assim que os outros alunos saíram da sala - eu não pensei antes de falar.

- está tudo bem, Draco. Eu não estou bravo.

- o que Draco disse é verdade, Harry? - perguntou Snape, antes que os dois começassem a se beijar em sua frente - você deveria estar na Sonserina? - Snape se recusava a admitir, mas uma grande parte dele adoraria se Harry estivesse na Sonserina.

- sim. O chapéu falou que eu me daria bem na Sonserina, mas eu senti algo ruim tomar conta de mim, e pedi para não ser colocado lá. Sinto muito.

- não foi culpa sua - Severus o acalmou - Dumbledore irá pagar por isso!

Snape pediu que os dois esperassem por ele, enquanto ele ia falar com a diretora. Se ele tivesse a oportunidade de fazer algo para deixar Harry feliz, ele o faria. E Harry obviamente amava a casa das cobras, já que passava cada segundo de seu dia rodeado de Sonserinos.

- se você quiser Harry, e apenas se você quiser, nós podemos colocar o chapéu em você mais uma vez - falou a diretora, assim que ela entrou na sala de poções, junto de Severus. Minerva não conseguia acreditar que Albus fosse capaz de fazer algo tão cruel, ainda mais com Harry, que era apenas um bebê quanto recebeu tantas compulsões. Ele poderia ter morrido!

Harry concordou veementemente. Se ele pudesse ir para a Sonserina, ele passaria mais tempo com Draco, e não teria que voltar para a Grifinória toda noite. Ele não iria mais precisar ver Ronald ou Hermione. Ele seria feliz. não foi surpresa nenhuma quando, no momento em que o chapéu encostou nos cabelos bagunçados de Harry, ele gritou:

Sonserina!   

SoulmatesOnde histórias criam vida. Descubra agora