Soulmates

The Screaming Egg

 uma semana passou desde a primeira prova do torneio, e Harry já havia desistido da merda do ovo. Aquilo fazia um barulho estridente toda vez que era aberto, não fazia sentido algum! Que tipo de pista era essa? O que eles esperavam que ele fizesse, enlouquecesse?

- tem certeza que não quer ir? - perguntou Draco, pela milionésima vez - vai ser divertido.

- eu estou cansado, e aquele ovo maldito me deixou com dor de cabeça.

Draco não tocou mais no assunto, mas ficou um pouco desapontado em ter que ir sozinho para Hogsmeade. Não que ele realmente estivesse sozinho, seus amigos estavam junto, mas eles não eram Seu Harry. Draco se forçou a pensar no lado positivo: ele não precisaria ouvir Harry reclamar de quanto tempo ele demorava fazendo compras, mas até reclamando seu Harry era perfeito.

Harry aproveitou o dia para dormir, porque quase todos os Sonserinos estavam em Hogsmeade, e a comunal estava silenciosa. Para sua sorte, ele pegou no sono rapidamente, e teve um sono sem sonhos, ou melhor, sem pesadelos. Desde que Harry começou a dividir a cama com Draco, seus pesadelos diminuíram significantemente , mas eles voltavam sempre que ele se encontrava dormindo sozinho.

Draco fez o que fazia melhor: ele descontou suas frustrações gastando o dinheiro de seu pai! Ele queira seu Harry, mas sabia que o namorado precisava ficar sozinho, e em uma tentativa falha de se distrair, ele comprou mais coisas que o normal. Seus amigos fugiram porque sabiam que se ficassem por perto teriam que ajudar a carregar as sacolas e Draco se viu sozinho, carregando mais sacolas do que se pode considerar possível.

- precisa de ajuda, Dragão? - perguntou Tom, sem se dar ao trabalho de esconder seu divertimento. Antes mesmo que Draco pudesse responder, Tom fez um movimento com a varinha e encolheu todas as sacolas, exceto uma, onde colocou as outras.

- obrigado, Tom.

- de nada, Dragão. Mas se você realmente está agradecido, venha comer comigo - Tom falou, já arrastando Draco para um restaurante que o loiro adorava.

Draco já estava acostumado a ir nesse tipo de restaurante com seu pai, mas estar acompanhado de Tom era completamente diferente. Lucius Malfoy era conhecido e temido por todos, mas ninguém realmente sabia que Tom era, e ainda assim, ele era tratado mil vezes melhor do que Lucius.

Draco não esperava ser tratado tão bem quanto Tom, até porque, quando estava com seu pai, todos o ignoraram, mas Tom fez questão de deixar bem claro que Draco era a prioridade. Mesmo sendo um puro sague acostumado com mimos e pessoas pisando em ovos ao seu redor, estar com Tom o fazia se sentir como o Rei do mundo, e Tom sabia disso.

- você está se sentindo melhor? - Tom perguntou - eu notei que você não estava se sentindo muito bem - Tom adicionou, depois de perceber que Draco não entendera sua pergunta.

- eu só estava um pouco carente, não é nada com que você precise se preocupar - Draco ficou com um pouco de vergonha. Ele não esperava que Lorde Voldemort notasse algo tão banal.

- é claro que eu me importo! Você é importante para mim, Draco. E eu sempre vou me importar com você. Por que você estava carente?

- para falar a verdade, é um motivo estúpido - Draco admitiu corado.

- seus sentimentos não são estúpidos, Dragão.

- eu meio que fiquei acostumado a ter Harry sempre perto de mim, e eu seu que ele precisa de espaço as vezes, mas eu ainda não aprendi a lidar com isso. Eu sei que é errado da minha parte querer atenção vinte quatro horas por dia, e mesmo que não pareça, eu sei o quão irritante eu posso ser, e eu realmente tento me controlar, mas é difícil. Não que eu não goste de ficar com você, eu amo quando estamos juntos... Mas Harry praticamente mora comigo, e eu sei que ele nunca reclama de mim, mas ainda assim, eu não ou burro, Tom! Eu consigo notar quando eu incomodo.

- você não incomoda, Dragão. E eu também estou aqui por você, mesmo que as vezes eu pareça distante, tudo que você tem que fazer é pedir, e eu abandono tudo para ficar com você. E eu aposto que Harry pensa a mesma coisa.