Soulmates

Hogsmeade

 Draco estava amando o livro, mas depois de ler por horas e horas, ele percebeu que, mesmo que o livro tivesse um mundo de informações que ele não conhecia, as chances de ele encontrar o que estava procurando eram quase nulas. E Harry, em vez de ajudar, só atrapalhava. Fazendo perguntas que ele demorava uma vida para responder, ou apenas o distraindo com aqueles lindos olhos verdes, que brilhavam toda vez que ele dizia algo que o fazia soar inteligente.

dois dias se passaram, e Draco não conseguia entender porque seu Harry parecia uma pilha de nervos. Eles estavam apenas indo para Hogsmeade, não era como se ele Draco estivesse arrastando ele para um jantar com Lucius!

Draco levou Harry para suas lojas preferidas, e Harry admitiu que não conhecia a maior parte, o que deixou o loiro indignado. Harry automaticamente se arrependeu de ter aberto a boca, porque agora teria que ouvir o namorado reclamando de sua falta de bom gosto, enquanto era forçado a entrar em todo os lugares que Draco considerava aceitáveis.

mas essa tortura valia a pena ao ver o sorriso de Draco.

depois do que pareceu uma eternidade, Harry finalmente conseguiu fugir do namorado, dizendo que ia ao banheiro e já voltava. Os dois sabiam que Harry estava mentindo. Draco, mesmo sabendo da mentira. Deixou o namorado ir, achando que ele estava apenas cansado de andar atrás de si.

Harry entrou na casa dos gritos, chamando por Sirius, esperando que o padrinho tivesse conseguido chegar a tempo. Quando não ouviu uma resposta, ficou com medo que algo tivesse acontecido no meio do caminho, mas foi surpreendido por uma abraço apertado.

- que bom te ver, filhote! - Harry retribuiu o abraço.

- eu senti sua falta.

- eu também filhote. Mas agora me conte tudo o que eu perdi. Por que você não recebeu minhas cartas?

- Dumbledore as interceptou - Harry admitiu. - ele não é tão bom quanto você pensa, Sirius.

- como assim?

Harry, ainda que relutante, contou a Sirius sobre os Dursleys, e o que Dumbledore disse quando ele pediu ajuda, contou sobre como Draco descobriu seus machucados, e Severus o ajudou, e processou Dumbledore, tanto pela sua negligência, quanto pelas compulsões, e que para se vingar, Dumbledore colocou seu nome no cálice de fogo. Foi como tirar um grande peso de suas costas. Harry só esperava que Sirius ainda gostasse dele, depois de descobrir o quão frágil ele era.

James não era frágil! Ele era corajoso! E Harry temia que Sirius não gostasse mais de si quando percebesse que ele não era muito parecido com seu pai.

- eu sinto muito, filhote - Sirius o abraçou. Pequenas lagrimas saiam de seus olhos - se eu não tivesse ouvido Dumbledore, se eu não tivesse te entregado para Hagrid, se eu não tivesse ido atrás de wormtail, você não teria sofrido tanto. Eu sinto muito.

- não foi culpa sua - Harry respondeu, tentando não chorar - você não sabia que isso iria acontecer.

- eu tenho um presente para você - Sirius falou, depois que os dois se acalmaram um pouco - isso é, se você quiser - Harry concordou, e Sirius lhe estendeu uma caixa pequena, com um espelho dentro - é um espelho de dois sentidos. Eu tenho um igual, e se você falar meu nome, o meu me avisa que você quer falar comigo. Assim nós poderemos conservar sem medo de Dumbledore nos interromper.

Harry amou o presente. Agora só faltava a parte mais difícil, falar sobre Tom. Talvez Sirius não ficasse feliz de saber que Harry era uma das almas gêmeas do Lorde das Trevas. E talvez ele não gostasse do fato de Harry estar namorando um Malfoy. Mas antes que Harry pudesse começar a falar sobre Tom, o corpo de Sirius foi jogado para longe, ficando preso na parede.

- fique longe dele! - Tom gritou, a raiva visível em seu olhar - Harry, Pequeno. Você está bem? Ele te machucou? - quando Harry disse que estava bem, Tom se acalmou. Mas sua raiva voltou em questão de segundos - que porra você estava fazendo sozinho aqui com um criminoso? - Harry tremeu ao perceber que a raiva de Tom agora era direcionado a ele.