Draco ficou com Harry até o mesmo dormir, e implorou à Madame Pomfrey para passar a noite ali, mas ela o obrigou a voltar para seu dormitório, declarando que Potter precisava descansar para acordar recuperado na manhã seguinte.
Harry acordou se sentindo revigorado. Faziam anos desde a última vez que ele se sentira tão bem... Mentira. Era a primeira vez em sua vida que ele se sentia tão bem. Ele notou que Malfoy não estava mais consigo, mas mesmo não querendo admitir, ele já esperava pro isso. Malfoy o ajudou por pena, e agora que ele estava bem, não havia motivo para Draco ficar por perto.
Madame Pomfrey fez alguns exames, para ter certeza que tudo estava nos conformes, e mandou Harry ir comer com seus amigos no salão principal. Harry estava empolgado para ver Ron e Mione. Ele ficou um pouco afastado dos dois porque tinha medo que eles descobrissem sobre seus machucados, mas agora que ele estava curado. Poderia se divertir com os amigos.
Harry estava prestes a fazer uma curva, em um dos muitos corredores de Hogwarts, quando ouviu a voz de seus amigos. Mas o que ele ouviu o fez congelar.
- Harry não dormiu no dormitório hoje. Foi tão bom não ter que fingir me preocupar com os pesadelos dele, Mione.
- ele estava estranho ontem também. Mas admito que prefiro quando ele não está por perto. Eu concordo com você, Ron. É muito bom não precisar fingir. Se dependesse de mim, nós já teríamos abandonado aquele inútil.
- você falou com Dumbledore?
- pela milionésima vez! sim, eu falei com ele, e a resposta dele não mudou. Ele precisa de alguém para ficar de olho no "menino de ouro", e não tem ninguém para nos substituir.
- mas desse jeito teremos que fingir gostar dele até o fim de nossas vidas! E eu já não aguento mais. Eu juro que eu estou a um passo de socar a cara dele!
- Ronald Weasley, se controle! Lembre-se de que Dumbledore nos prometeu toda a fortuna dele, e tudo o que temos que fazer é aturá-lo até que os planos de Dumbledore se concretizem.
Harry não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Seus amigos o odiavam. Ele não conseguiu se controlar começou a correr na direção contrária á de seus supostos amigos. Sem que Harry percebesse, lágrimas grossas começaram a cair, e sua visão ficou embaçada. mas ele não se importou e continuou correndo, até bater em algo, ou alguém.
- Harry? - perguntou Draco, mais uma vez impedindo que Potter caísse no chão - o que aconteceu? Por que está chorando? - Harry não conseguia responder. Ele abraçou Draco com força, automaticamente se sentindo melhor, até que percebeu o que estava fazendo. Ele estava abraçando Draco Malfoy, no meio do corredor, na frente de todos. Draco certamente não gostaria disso. O que os amigos Sonserinos de Draco iriam pensar? Harry não queria que ele fosse julgado por andar consigo.
Harry tentou se desvencilhar, mas Draco não deixou. Ele apertou seu Harry mais forte contra si, e deixou que ele chorasse. Os amigos de Draco apenas assistiam a cena sem entender nada. Todos sabiam, ou teorizavam, que o ódio de Malfoy para com Potter, nada mais era do que amor não correspondido. Mas nenhum deles havia notado, com exceção talvez de Crabbe e Goyle, que os dois não estavam mais brigando.
- você quer conversar sobre isso? - Perguntou Draco, quando notou que as lágrimas estavam diminuindo. Harry fez que não com a cabeça, mas concordou alguns segundos depois. Draco olhou para os amigos, dizendo "depois eu explico" com os lábios, levando Harry para um lugar mais tranquilo logo em seguida.
Harry explicou tudo a Draco, que ouvia atentamente, enquanto inconscientemente fazia carinho nos cabelos de Potter. Harry se sentia traído, mas pior ainda, se sentia envergonhado de ter chorado tanto. Por Merlin, ele devia ser a nova piada da Sonserina! Pelo que ouvira, ele percebeu que também era a piada da Grifinória!
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Soulmates
Fanfiction- sinto muito - uma voz fraca sussurrou. Draco estava prestes a gritar com a pessoa, quando reconheceu seu agressor. Sim, esbarrar em si era uma agressão! Seu agressor eram ninguém menos que o grande Harry Potter. Draco apenas o reconheceu por causa...