Soulmates

I Don't Wanna Do It

 Harry não queria ir. Ele sabia que todos os campeões estavam lá, e ele, como um dos campeões, também tinha a obrigação de ir, mas ele não queria! Ele precisava de paz em sua vida. Ele achou que com a restrição de idade, e mais importante, com sua falta de vontade em participar, ele poderia apenas sentar e assistir, enquanto outra pessoa quase morria, para variar.

Harry foi arrastado para fora do salão Principal, e forçado a esperar junto com os outros campeões enquanto os adultos "resolviam" tudo. O primeiro a notar Harry foi Tom, que por alguns segundos, chegou a pensar que seu Pequeno estava ali para lhe desejar boa sorte, até notar o olhar assustado de Harry.

- o que aconteceu?

-... - Harry apenas encarou Tom. Ele realmente precisava de um abraço. será que Tom ficaria bravo consigo se ele o abraçasse? Harry não conseguia imagina o Lorde Voldemort como o tipo de pessoa que gosta de abraços, ou contatos físicos em geral.

os pensamentos de Harry foram subitamente interrompidos, quando os braços fortes de Riddle o envolveram em um dos melhores e mais reconfortantes abraços de sua vida. Era tão bom quanto os abraços de Draco.

- você não precisa me contar se não quiser, mas seria mais fácil se eu sobresse, Pequeno.

- meu nome saiu do cálice de fogo - Harry sussurrou - eu não quero fazer isso, Tom - Harry admitiu. Tom estava prestes a dizer algo, quando um Dumbledore sorridente entrou, sendo seguido pelo Ministro da Magia.

Harry não conseguiu prestar atenção em nada do que os homens estavam dizendo, e esperava que Tom lhe falasse depois, já que só conseguia penar em todas as formas de morrer durante o torneio. Harry não queria admitir, mas estava realmente grato por ter Tom ali consigo. O mesmo não o havia soltado, e Harry tinha medo de que se Tom o fizesse, ele não conseguiria se manter em pé por muito tempo.

Depois que pareceu uma eternidade, os competidores foram liberados para voltarem para o que quer que eles façam em seu tempo livre, e Harry se viu tendo que abandonar os braços confortáveis de Tom. Ele certamente iria voltar para seu grupo de amigos, e Harry teria que ir procurar Draco... E se Draco não acreditasse nele? Harry não era burro, ele ouviu as pessoas cochichando sobre como ele havia trapaceado, e se Draco não gostasse mais de si?

Harry não queria ficar sozinho de novo.

Draco estava esperando Harry do lado de fora da sala, mais preocupado do que seria considerado saudável. Ele sabia que seu Harry não era louco a ponto de tentar colocar seu nome no cálice, e mesmo achando que era estupido forçar um garoto de quatorze anos a participar em um torneio mortal, Draco sabia que o Ministério se importava mais com a publicidade que o Garoto que Sobreviveu poderia trazer, do que com a segurança de Harry.

-eu acho que esse pudim lhe pertence - a voz de Tom em seu ouvido o assustou, e Draco se viu automaticamente abraçando seu Harry antes mesmo de entender o que estava acontecendo. - ele está um pouco abalado, mas vai ficar bem.

- e você?

- eu o que?

- você está bem?

- eu estou com raiva por Harry ser forçado a participar, mas estou feliz por mim. Eu tenho anos e anos de prática e meu conhecimento em magia é muito maior do que todos os outros competidores juntos, sem ofensa amor, - Harry murmurou algo sobre não estar ofendido - e parece divertido jogar minhas habilidades na cara de Dumbledore.

Tom disse que tinha algo importante para fazer, e foi embora. Draco estava prestes a levar Harry para um lugar mais calmo, onde eles pudessem conversar, quando um aluno do primeiro ano veio correndo na direção dos dois, dizendo que o professor Snape estava chamando Harry em seu escritório.