Dois dias haviam se passado, quando Severus chamou Draco em seu escritório. Ele estava visivelmente preocupado, mas ao contrario do que Draco esperava, seu padrinho não disse nada sobre a poção. Ele simplismente o entregou uma caixa pesada e mandou que Draco se retirasse. O loiro estranhou, mas obedeceu.
Draco, depois de muita insistência de Harry, concordou em esperar por Tom para que os três abrissem a caixa juntos. Tom havia se acostumado a passar mais tempo com suas almas gêmeas, por isso não conseguia ficar muito tempo longe. Ele tinha que ver os dois pelo menos uma vez por dia, nem que fosse apenas para dar um beijo de boa noite em cada um, ou ele focava estressado.
Tom só foi aparecer na hora do almoço, e Draco, como o ser paciente que é, já não aguentava mais esperar. Ele mal deixou que eles comecem, antes de os arrastar para a câmara. Ele já teria ido sozinho, se ele soubesse abrir aquela merda, mas como não conseguia, ele se via obrigado a esperar pela boa vontade de suas almas gêmeas.
Harry já conhecia uma boa parte da câmara, mas sempre que ia lá, acabava por descobrir um lugar novo. Dessa vez não foi diferente. Tom os guiou pelos corredores até chegarem em uma porta grande, praticamente igual a todas as outras. Era uma sala de poções. Draco reconheceu vários ingredientes raros, mas muitos eram uma novidade para si, ele queria muito olhar todos eles de perto e descobrir suas utilidades, mas para suas tristeza, isso teria que esperar.
como era de se esperar, a caixa estava repleta de ingredientes. Draco reconhecia quase todos, mas não conseguia entender por que seu padrinho não lhe explicara nada. Depois de retirar quase tudo de dentro da caixa, ele encontrou uma lista com todos os ingredientes, e no fundo da caixa, havia outra lista com a ordem e o tempo em que tudo deveria ser preparado, mas Draco não conseguiu achar a quantidade em lugar nenhum.
Draco estava quase desistindo, quando Harry, por puro tedio, começou a brincar com a caixa, que agora estava vazia. Ele, sem querer, deixou a caixa cair. Draco estava prestes a brigar com ele, quando notou a caixa tinha um fundo falso. Nele, eles encontraram vários ingredientes que haviam sido encolhidos magicamente e uma carta.
Na carta, Severus explicava que havia feito um voto, e não podia falar nada sobre o que acontecera dois dias atrás. Ele também deixou bem claro que os ingredientes eram "presentes não relacionados ao assunto anterior". No verso da carta, Draco finalmente encontrou o que estava procurando. Ele logo começou a preparar a poção, obrigando suas almas gêmeas a ajudarem.
- não é o antidoto - Tom falou, assustando Draco, que estava concentrado no que estava fazendo.
- como assim? Tem que ser o antidoto. Meu padrinho não nos daria os ingredientes errados.
- eu sei, Dragão. Eu não acho que ele tenha esquecido de algo, mas eu tenho certeza de que não é o antidoto.
- talvez o antídoto seja muito obvio - Harry disse, depois de ter uma pequena epifania.
- explique - Draco pediu.
- eu lembrei da poção que Tom me deu antes da primeira prova - Harry se virou para Tom - você disse que não seria trapaça se ninguém descobrisse - Tom concordou com a cabeça - mas seria muito obvio se nós não fossemos afetados... Talvez... Talvez Severus tenha pensado nisso, e tenha mudado o antídoto.
Harry não sabia se estava certo. Ele nem mesmo sabia se sua teoria fazia sentido, e temia que os dois o achassem estupido, mas esses pensamentos ruins logo foram embora, quando suas almas gêmeas demonstraram concordar consigo.
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Soulmates
Fanfiction- sinto muito - uma voz fraca sussurrou. Draco estava prestes a gritar com a pessoa, quando reconheceu seu agressor. Sim, esbarrar em si era uma agressão! Seu agressor eram ninguém menos que o grande Harry Potter. Draco apenas o reconheceu por causa...