Cega de raiva

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No dia seguinte quando Maite acordou estranhou que o Sol já adentrava sua janela e Willou não havia ido lhe dar um beijo de bom dia, o garoto nunca se atrasará. Depois de se vestir e prender o cabelo em um coque seguiu para o quarto do filho, estranhou que o mesmo não se encontrava ali. Desceu, tomando café também não estava

- Rosa cadê meu filho?

- No pátio de treinamento com o senhor Levy

- Já tomaram café pelo menos?

- Sim senhora, posso servi-la?

- Não, obrigada

- Perdão senhora, mas ontem também não jantou, vai passar mal

- Vou passar mal se esse embuste do Levy não sair do meu Castelo, da minha vida e da vida do meu filho - Disse saindo furiosa rumo ao pátio de treinamento onde se encontrava apenas William e Willou em uma "disputa". Maite pegou uma espada que tinha ali e disfarçadamente chegou por trás de Levy, jogou longe a espada do mesmo, Willou aproveitando encostou a ponta de sua espada na boca do estômago do homem, e Maite o prendeu pelo pescoço com outra espada

- Tá bom, os Perroni venceram - Disse levantando as mãos em forma de redenção

Willou rindo tirou a espada de perto de Levy, Maite continuou, e lentamente ia apertando a espada contra o mesmo

- Já vi que ganharam Maite - Falou preocupado

Os olhos da mulher foram ficando mais escuros, sua expressão agora era de pura raiva, o menino que olhava para a mãe percebeu isso

- Mamãe, para!

Maite não o ouvia, e continuava apertando, William queria tossir, mas se o fizesse sua cabeça escorregaria pela enorme espada o degolando. Ele sentiu algo escorrendo pelo seu peito, e seu pescoço ardia, ela o mataria na frente do próprio filho, assim como aconteceu com ela quando era pequena, a diferença era que Willou não sabia o que William era dele

- Para, mamãe! Por favor pare! - Pediu entre lágrimas - Vai mata-lo

Reino NegroOnde histórias criam vida. Descubra agora