Rumo ao Reino Negro

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Maite correu até a mulher caída no chão para acudi-lá.

- Cláudia, acorda. - Disse dando leves tapinhas no rosto da ama de leite.

- Oh minha querida, menina... - Falou despertando aos poucos. - Tive um pesadelo, sonhei que se casaria com o bruxo.

- Mas é a verdade.

Cláudia ia desmaiar de novo, mas Maite a segura.

- Pare de drama, o homem não deve ser tão ruim assim, agora vá para seu quarto, partiremos amanhã.

A mulher ia contestar, porém viu que seria inútil, então saiu do quarto de Maite, indo para seus aposentos.

No dia seguinte Maite acordou com sua ama a cutucando.

- Por que me acordou agora? O dia nem amanheceu ainda.

- Seu tio me obrigou a te acordar de madrugada para arrumar nossas coisas, está tudo pronto para nossa partida rumo a desgraça.

- Te proibo de ficar pronunciando coisas do senhor Levy, nem sabemos se ele é tudo o que dizem, agora por favor prepare meu banho, e arrume qualquer vestido.

A mulher obedeceu, depois de tudo pronto chegou a hora da partida, quando Perroni desceu para tomar o café,  na mesa estavam juntos seu tio e  Tomás.

- Stinder. - Disse se curvando a frente do loiro dos olhos verdes.

- Perroni. - Respondeu ao cumprimento lhe beijando a mão, e puxando a cadeira para a mesma se sentar.

- Obrigada. - Disse e começaram a comer.

- Eu poderia lhe desejar felicidades, mas sei que com um feitiçeiro isso não acontecerá, então a única coisa que rezo para que aconteça é que a senhorita perceba a tempo que ele não é o melhor para ti, e para nenhuma outra mulher. - Falou Tomás.

Maite não disse nada, estava constrangida com todo o ocorrido, nunca se sentiu segura ao lado de Stinder, a coisa que ela mais odiava era pessoas supérfluas, e no caso essa era a palavra que definia aquele homem.

Logo terminaram o café, Maite se despediu de Tomás com um tímido abraço, e para seu tio lhe disse um simples "adeus". A morena se despediu de alguns dos guerreiros do seu tio que sempre lhe trataram muito bem, com alguns até tinha uma bela amizade. Subiu na carruagem junto com Cláudia, e o caminho começou, Maite sempre se sentia muito enjoada nas viagens, e tinha ainda mais náuseas de pensar que ficaria 2 dias viajando.

Conforme a carruagem ia andando Maite não parou de pensar um minuto no seu " marido" será que ele era mesmo tão mau? Será que o Castelo dele tinha criaturas sobrenaturais? Com esses pensamentos logo os 2 dias passaram, e agora a carruagem adentrava o famoso e temido Reino Negro.

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